
No entanto, e ao contrário do seu companheiro no sector mais avançado, Santana não tinha um corpo impressionante. Era baixo e de aspecto franzino, mas dessa fisionomia, apesar da desconfiança de certos treinadores, nunca haveria de emergir qualquer fraqueza. Muito pelo contrário, era no seu físico de ar débil que tinha a maior arma. Era nessa ligeireza que cabia toda a técnica que o caracterizava. Maior do que toda a habilidade, o que mais se destacava nele era a calma com que encarava os lances. Nessa sua tranquilidade, o atacante sabia dar a todas as jogadas, aos passes e a todos os toques na bola uma elegância fenomenal.
Nas competições europeias, já com Béla Guttmann ao comando equipa, lograria estrear-se em Edimburgo. Nessa temporada de 1960/61 brilharia. Durante o desenrolar da mesma, teria um papel deveras preponderante na conquista da Taça dos Clubes Campeões Europeus, marcando presença em todos os jogos da campanha e concretizando 4 golos, um deles na final de Berna, frente ao Barcelona. A chegada de Eusébio ao Benfica tirar-lhe-ia a titularidade. Continuaria, no entanto, a ser muito utilizado e preponderante nos objectivos do colectivo. Era quase sempre a primeira escolha para substituir algum dos seus colegas da linha avançada. Por essa razão, continuaria a marcar presença nos mais importantes momentos vividos pelo conjunto português. A prova da sua relevância sublinhar-se-ia com a presença nas finais europeias seguintes, tanto na vitória em 1962 frente ao Real Madrid, como na derrota de 1963 frente ao AC Milan.
Faltou-lhe no currículo a presença num grande certame para selecções. No entanto, com 5 internacionalizações e 1 golo, deu o seu contributo à "Equipa das Quinas" em algumas das fases de qualificação.
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