201 - MADUREIRA

Filho de Matosinhos, Jorge Madureira foi um dos bons produtos que a “cantera” do Leixões deu às provas nacionais. Foi nas “escolas” do Estádio do Mar que o guardião terminou a formação. Sem mudar de emblema, deu também os primeiros passos no futebol sénior. No entanto, “para mal dos seus pecados”, a segunda metade dos anos de 1970 trouxe um Leixões enfraquecido e a afastar-se das lides do escalão maior do Campeonato.
Logicamente, o lugar de um jogador com o currículo preenchido por diversas chamadas às jovens selecções nacionais – entre os sub-16 e os sub-18, conseguiu 18 internacionalizações – não era, de certeza, a 2ª divisão. Por isso, não foi de estranhar que o Boavista, à altura sob o comando de Mário Lino, fosse resgatar o guarda-redes à equipa sediada nos arredores do Porto, trazendo-o, em 1979/80, para os palcos principais do futebol português. No entanto, o “dono e senhor” da baliza “axadrezada” era Matos e a jovem promessa, durante os anos que andou de “Pantera” ao peito, pouco mais fez do que marcar presença no banco dos suplentes.
Sem conseguir conquistar a titularidade, a previsão de uma nova transferência veio a concretizar-se. Depois do Académico de Viseu em 1983/84, Madureira tomou a decisão que veio a mudar toda a sua vida desportiva. Com a ida para o Salgueiros, as 12 épocas que passou em Paranhos serviram para demonstrar que, entre os postes, como nas arrojadas saídas da pequena-área, era um atleta cheio de destreza. As suas exibições deram à defesa salgueirista uma segurança nunca vista. Em 1990/91 contribuiu para o 5º lugar na tabela final do Campeonato Nacional e para levar o emblema do Estádio Vidal Pinheiro aos jogos organizados pela UEFA. A sua entrega e ambição transformaram-no num exemplo dentro e fora do balneário e, ainda hoje, é recordado como uma das figuras míticas da “Alma Salgueirista”.

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