Apesar de doidos, mas ainda não varridos de todo, hoje decidimos fazer-vos uma pequena partida e trazer à nossa "caderneta" dois grandes heróis do atletismo nacional… "Este blog não é sobre futebol?!", perguntarão. É. No entanto, Abril foi prometido aos irmãos e, para aqueles que não sabem ainda, os gémeos Castro também estão ligados ao "universo" da bola... mas a isso já lá vamos.
Nascidos no Minho, cedo cresceu neles a paixão pelo atletismo. Foi nesse contexto competitivo, numa prova da modalidade disputada em Vigo, que o Prof. Mário Moniz Pereira veio a descobri-los. Inseparáveis, a notícia de que o Sporting não ia contratar Dionísio, pois a sua marca era inferior à do irmão, caiu que nem uma bomba no seio dos gémeos. Domingos lá seguiu para Alvalade, enquanto Dionísio permaneceu no antigo emblema, o Lameirinho. Contudo, as saudades e a distância a separá-los, ao invés de desmoralizar Dionísio, levou-o a aprimorar-se nos treinos, perseguindo, também ele, o objectivo de chegar a Lisboa. Tal sonho veio a materializar-se já depois de uma passagem pela equipa da Grundig e em meados da década de 1980.
Juntos, trilharam um caminho de sucessos. Muitos desses êxitos deveram-se à maneira abnegada como encararam o desporto e também como resultado da vontade de aprender. Tanto pelos "Leões", como com o dorsal da selecção nacional, muitas foram as conquistas de ambos. Nessa caminhada, o primeiro grande sucesso, e que acabou por pô-los nas "bocas do Mundo", foram os Jogos da Boa Vontade, disputados em Moscovo e em que Domingos e Dionísio, na prova de 10.000m, conseguiram, respectivamente, o lugar cimeiro e o terceiro posto do pódio.
Para Domingos seguiu-se a medalha de ouro nos Campeonatos do Mundo de 1987 e uma participação na prova de 5.000m nos Jogos Olímpicos que, ao deixar fugir o Bronze nos derradeiros instantes, tornou a viagem até Seoul um pouco frustrante. Também Dionísio, não deixou os créditos por mãos alheias e, num palmarés invejável, o maior destaque terá de ir, sem qualquer dúvida, para o recorde do mundo nos 20.000m, alcançado em 1990.
Apesar de uma hipotética, e normal, rivalidade nas corridas, a verdade é que o espírito competitivo de ambos nuca extravasou para fora das pistas. A prova dessa incontestável amizade pode contar-se num episódio caricato. Ora, quando foram chamados à tropa, costume à altura habitual para os gémeos, a tradição ditou apenas a incorporação do mais velho. Todavia, Domingos, chamado a cumprir o Serviço Militar Obrigatório, já estava numa fase mais adiantada da carreira. Então, Dionísio sacrificou-se, dizendo ter sido o primeiro a nascer e acabando ele por ser o eleito pelo exército.
Depois de abandonarem as sapatilhas de corrida, os irmãos Castro decidiram continuar ligados ao desporto. Fundaram a "Castro Brothers" e agora dedicam-se, para além de outras actividades relacionadas com o universo desportivo, à prospecção de jogadores de futebol e à gestão das suas carreiras.
Nascidos no Minho, cedo cresceu neles a paixão pelo atletismo. Foi nesse contexto competitivo, numa prova da modalidade disputada em Vigo, que o Prof. Mário Moniz Pereira veio a descobri-los. Inseparáveis, a notícia de que o Sporting não ia contratar Dionísio, pois a sua marca era inferior à do irmão, caiu que nem uma bomba no seio dos gémeos. Domingos lá seguiu para Alvalade, enquanto Dionísio permaneceu no antigo emblema, o Lameirinho. Contudo, as saudades e a distância a separá-los, ao invés de desmoralizar Dionísio, levou-o a aprimorar-se nos treinos, perseguindo, também ele, o objectivo de chegar a Lisboa. Tal sonho veio a materializar-se já depois de uma passagem pela equipa da Grundig e em meados da década de 1980.
Juntos, trilharam um caminho de sucessos. Muitos desses êxitos deveram-se à maneira abnegada como encararam o desporto e também como resultado da vontade de aprender. Tanto pelos "Leões", como com o dorsal da selecção nacional, muitas foram as conquistas de ambos. Nessa caminhada, o primeiro grande sucesso, e que acabou por pô-los nas "bocas do Mundo", foram os Jogos da Boa Vontade, disputados em Moscovo e em que Domingos e Dionísio, na prova de 10.000m, conseguiram, respectivamente, o lugar cimeiro e o terceiro posto do pódio.
Para Domingos seguiu-se a medalha de ouro nos Campeonatos do Mundo de 1987 e uma participação na prova de 5.000m nos Jogos Olímpicos que, ao deixar fugir o Bronze nos derradeiros instantes, tornou a viagem até Seoul um pouco frustrante. Também Dionísio, não deixou os créditos por mãos alheias e, num palmarés invejável, o maior destaque terá de ir, sem qualquer dúvida, para o recorde do mundo nos 20.000m, alcançado em 1990.
Apesar de uma hipotética, e normal, rivalidade nas corridas, a verdade é que o espírito competitivo de ambos nuca extravasou para fora das pistas. A prova dessa incontestável amizade pode contar-se num episódio caricato. Ora, quando foram chamados à tropa, costume à altura habitual para os gémeos, a tradição ditou apenas a incorporação do mais velho. Todavia, Domingos, chamado a cumprir o Serviço Militar Obrigatório, já estava numa fase mais adiantada da carreira. Então, Dionísio sacrificou-se, dizendo ter sido o primeiro a nascer e acabando ele por ser o eleito pelo exército.
Depois de abandonarem as sapatilhas de corrida, os irmãos Castro decidiram continuar ligados ao desporto. Fundaram a "Castro Brothers" e agora dedicam-se, para além de outras actividades relacionadas com o universo desportivo, à prospecção de jogadores de futebol e à gestão das suas carreiras.
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