Foi em plena Serra da Estrela que o avançado, nascido e criado na Beira Baixa, se destacou. Depois de ajudar o Sporting da Covilhã a regressar à Primeira Divisão, numa altura em que os "grandes" ainda olhavam para o mercado interno, viu o Benfica interessar-se pelo seu concurso. Os golos que até então marcara, foram suficientes para convencer os responsáveis da "Luz" na sua contratação, corria o Verão de 1985. Contudo, na sua chegada ao Benfica, e num plantel recheado de estrelas, César Brito haveria de ter algumas dificuldades em impor-se. Duas temporadas depois e com poucas partidas jogadas, o empréstimo aconteceu. No Portimonense, o atacante voltou a mostrar a sua habilidade. Boa utilização, golos, e, principalmente, as 4 chamadas à Selecção Nacional, fizeram com o Benfica o resgatasse dessa passagem pelo Algarve.
De volta a Lisboa, a importância do atacante no seio do plantel "Encarnado" começou a melhorar. No entanto, engane-se quem pensou que o regresso de César Brito era sinónimo de titularidade garantida. Numa equipa onde Magnusson era "rei e senhor", e onde outros nomes, como os de Vata ou Lima, também tinham o seu peso, o avançado nem sempre era a primeira escolha. Aliás, a "segunda linha" seria uma (quase) constante na sua carreira. Mas apesar disto, a qualidade de César Brito era indiscutível. Por essa razão, ano após ano, ao contrário de tantos outros que iam saindo, o seu lugar na equipa estava garantido.
Claro que nenhum jogador gosta de ser suplente. Agora, o engraçado, é que seria esse estatuto que viria a tornar César Brito numa das lendas benfiquistas. A história conta-se depressa e o tal episódio, esse que o tornaria inesquecível, passar-se-ia no antigo Estádio das Antas!!! Ainda não se lembra???!!! Então, vamos recordá-lo... Na jornada 34 o Benfica visitava o FC Porto. Os dois emblemas, com as Águias na dianteira, estavam apenas separados por um ponto. A deslocação à "Invicta" adivinhava-se difícil. Agora, o que ninguém estaria à espera foi o que realmente aconteceu! Depois de terem encontrado o balneário cheio de bagaço, de se terem equipado nos corredores e de terem "visto" os seus dirigentes, por parte de um tal "Guarda Abel", ameaçados de morte, os jogadores do Benfica entraram em campo. Aos 81 minutos de jogo, o zero a zero inicial mantinha-se. É então que, num último folego, Sven-Göran Eriksson faz sair do "banco" a derradeira substituição. Entra César Brito e, segundos depois, marca golo! Não satisfeito com o que se tinha passado, volvidos que estavam 4 minutos, o avançado, com mais um tento dá a estocada final no adversário - "Foi um dia feliz para mim. São momentos que marcam a carreira de qualquer futebolista. Ainda hoje, as pessoas recordam-se desse dia e ainda falam do jogo quando se cruzam comigo na rua"*.
Esse título conquistado pelo Benfica (1990/91), é um dos 4 Campeonatos que fazem parte do currículo do atleta. O último, vencido em 1993/94, marcaria uma revolução no clube. A saída de Toni e a entrada, na temporada seguinte, de Artur Jorge seria sinónimo de muitas dispensas. César Brito ainda se aguentaria mais uma época, mas no rescaldo de 1994/95, a porta de saída abrir-se-ia para o avançado.
Por vezes, um capítulo menos bom dá jus a uma nova chance. Foi isso mesmo que aconteceu a César Brito, aquando da sua contratação pelo Belenenses. A ida para os do Restelo, haveria de mostrar um jogador de qualidades e vontade intacta. Depois de uma temporada de bom nível, e com a partida de João Alves para Salamanca, a oportunidade de jogar no estrangeiro surgiu. Seguiu com o treinador para Espanha e aí, já com 32 anos feitos, fez uma das melhores campanhas da sua carreira.
Os últimos passos da sua vida como profissional, depois de uma temporada no principal escalão da "La Liga" e de mais uma ao serviço do Merida, seriam marcados por algumas lesões. No entanto, ainda havia algo a cumprir. E isso era terminar no emblema que o tinha mostrado ao "mundo" do futebol. E foi isso que aconteceu em 1999/00, com as cores do Sporting da Covilhã.
De volta a Lisboa, a importância do atacante no seio do plantel "Encarnado" começou a melhorar. No entanto, engane-se quem pensou que o regresso de César Brito era sinónimo de titularidade garantida. Numa equipa onde Magnusson era "rei e senhor", e onde outros nomes, como os de Vata ou Lima, também tinham o seu peso, o avançado nem sempre era a primeira escolha. Aliás, a "segunda linha" seria uma (quase) constante na sua carreira. Mas apesar disto, a qualidade de César Brito era indiscutível. Por essa razão, ano após ano, ao contrário de tantos outros que iam saindo, o seu lugar na equipa estava garantido.
Claro que nenhum jogador gosta de ser suplente. Agora, o engraçado, é que seria esse estatuto que viria a tornar César Brito numa das lendas benfiquistas. A história conta-se depressa e o tal episódio, esse que o tornaria inesquecível, passar-se-ia no antigo Estádio das Antas!!! Ainda não se lembra???!!! Então, vamos recordá-lo... Na jornada 34 o Benfica visitava o FC Porto. Os dois emblemas, com as Águias na dianteira, estavam apenas separados por um ponto. A deslocação à "Invicta" adivinhava-se difícil. Agora, o que ninguém estaria à espera foi o que realmente aconteceu! Depois de terem encontrado o balneário cheio de bagaço, de se terem equipado nos corredores e de terem "visto" os seus dirigentes, por parte de um tal "Guarda Abel", ameaçados de morte, os jogadores do Benfica entraram em campo. Aos 81 minutos de jogo, o zero a zero inicial mantinha-se. É então que, num último folego, Sven-Göran Eriksson faz sair do "banco" a derradeira substituição. Entra César Brito e, segundos depois, marca golo! Não satisfeito com o que se tinha passado, volvidos que estavam 4 minutos, o avançado, com mais um tento dá a estocada final no adversário - "Foi um dia feliz para mim. São momentos que marcam a carreira de qualquer futebolista. Ainda hoje, as pessoas recordam-se desse dia e ainda falam do jogo quando se cruzam comigo na rua"*.
Esse título conquistado pelo Benfica (1990/91), é um dos 4 Campeonatos que fazem parte do currículo do atleta. O último, vencido em 1993/94, marcaria uma revolução no clube. A saída de Toni e a entrada, na temporada seguinte, de Artur Jorge seria sinónimo de muitas dispensas. César Brito ainda se aguentaria mais uma época, mas no rescaldo de 1994/95, a porta de saída abrir-se-ia para o avançado.
Por vezes, um capítulo menos bom dá jus a uma nova chance. Foi isso mesmo que aconteceu a César Brito, aquando da sua contratação pelo Belenenses. A ida para os do Restelo, haveria de mostrar um jogador de qualidades e vontade intacta. Depois de uma temporada de bom nível, e com a partida de João Alves para Salamanca, a oportunidade de jogar no estrangeiro surgiu. Seguiu com o treinador para Espanha e aí, já com 32 anos feitos, fez uma das melhores campanhas da sua carreira.
Os últimos passos da sua vida como profissional, depois de uma temporada no principal escalão da "La Liga" e de mais uma ao serviço do Merida, seriam marcados por algumas lesões. No entanto, ainda havia algo a cumprir. E isso era terminar no emblema que o tinha mostrado ao "mundo" do futebol. E foi isso que aconteceu em 1999/00, com as cores do Sporting da Covilhã.
* de "101 Cromos da Bola", Rui Miguel Tovar
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