Promissoras exibições no seu percurso de formação, fariam com que o Real Madrid visse nele uma boa aposta para a construção dos seus próximos planteis. Do País Basco para a capital espanhola, a viagem de Lopetegui levá-lo-ia, já que apenas tinha 19 anos, para a equipa "b" dos "Merengues". Mas se o futuro parecia sorrir-lhe, a verdade é que as oportunidades que se lhe perspectivavam ao início, esfumar-se-iam, acabando, pouco ou nada, por aparecer.
Com escassas chamadas à equipa principal "madridista", e já depois de um empréstimo ao Las Palmas, na carreira do jovem guardião urgia a necessidade de jogar ao mais alto nível, e com uma regularidade diferente da, até então, conseguida. A oportunidade de se relançar surgir-lhe-ia vinda do modesto Logroñés. É correcto dizer-se que esta mudança, apesar do clube estar na 1ª divisão, poderia ter sido vista como um passo atrás na sua evolução. Contudo, a qualidade exibicional que acabaria por mostrar, devolvê-lo-ia à ribalta do futebol espanhol. Ora, esta sua ascensão, acabaria por ter reflexo nas chamadas para a selecção. Seria, então, já na campanha de qualificação para o Mundial de 1994, que Lopetegui faria a sua estreia com a camisola do seu país. Faria, também, na sequência dessa sua chamada, parte do lote de atletas que, nesse ano e com o intuito de disputar o já referido torneio, viajaria para os Estados Unidos.
Com o regresso a Espanha, surgir-lhe-ia nova oportunidade de vingar num dos colossos do futebol mundial. Se da primeira vez a chance tinha aparecido de Madrid, já esta segunda, falando de rivalidades desportivas, viria do sentido oposto. Mas, mais uma vez, a história repetir-se-ia. No Barcelona, desta feita na sombra de Busquets, e, mais tarde, na de Vítor Baía, Lopetegui pouco seria utilizado. Apesar de tudo, o guarda-redes, tal como recorda o antigo "nº 1" de Portugal, mostrava-se uma peça fundamental na dinâmica da equipa - "Além de bom colega, transmitia uma boa energia. Apesar de ser o terceiro guarda-redes, que é uma posição sombra, notava-se que tinha espírito de liderança e peso junto da equipa"*.
Terá sido esta sua característica, isto já depois de, em 2002, ter terminado a sua carreira no Rayo Vallecano, que levaria Lopetegui a decidir-se pela vida de treinador. Curiosamente, a sua primeira experiência com técnico seria um autêntico desastre. Depois deste episódio de apenas 10 jogos, ao comando da equipa onde tinha "pendurado as luvas", seguiu-se, 5 anos depois, a passagem pelo Real Madrid Castilla. O sexto lugar aí conseguido, seria suficiente, com um ano de interregno pelo meio, para que a Real Federación Española de Fútbol visse nele um valor seguro para comandar os destinos dos escalões jovens das suas equipas. Apesar do risco que o seu parco currículo apresentava, a verdade é que Lopetegui mostrou-se como uma aposta segura. Os resultados, esses, vieram com as vitórias, primeiro em 2011, do Campeonato Europeu de Sub-19, e depois com a conquista Campeonato da Europa de Sub-21, em 2013.
É com este percurso que Lopetegui chegou, durante este defeso, ao Estádio do Dragão. É certo, muito devido à sua falta de traquejo com equipas seniores, que o antigo internacional espanhol, tem sido visto com alguma desconfiança. No entanto, há também que assumir que o FC Porto atravessa uma fase de renovação. Esta implica a entrada de muitos jogadores, que, com o habitual "poderio" financeiro dos emblemas portugueses, é feito há custa de atletas jovens. Ora, nesse campo, Lopetegui poderá ser visto como o Homem ideal para a função. E se era uma revolução que pretendiam os responsáveis "Azuis e Brancos", então, essa, o técnico espanhol já pôs em marcha. Os resultados??? O tempo logo o dirá...
* Retirado do artigo do "Expresso" (06/05/14), por Isabel Cabral.
Com escassas chamadas à equipa principal "madridista", e já depois de um empréstimo ao Las Palmas, na carreira do jovem guardião urgia a necessidade de jogar ao mais alto nível, e com uma regularidade diferente da, até então, conseguida. A oportunidade de se relançar surgir-lhe-ia vinda do modesto Logroñés. É correcto dizer-se que esta mudança, apesar do clube estar na 1ª divisão, poderia ter sido vista como um passo atrás na sua evolução. Contudo, a qualidade exibicional que acabaria por mostrar, devolvê-lo-ia à ribalta do futebol espanhol. Ora, esta sua ascensão, acabaria por ter reflexo nas chamadas para a selecção. Seria, então, já na campanha de qualificação para o Mundial de 1994, que Lopetegui faria a sua estreia com a camisola do seu país. Faria, também, na sequência dessa sua chamada, parte do lote de atletas que, nesse ano e com o intuito de disputar o já referido torneio, viajaria para os Estados Unidos.
Com o regresso a Espanha, surgir-lhe-ia nova oportunidade de vingar num dos colossos do futebol mundial. Se da primeira vez a chance tinha aparecido de Madrid, já esta segunda, falando de rivalidades desportivas, viria do sentido oposto. Mas, mais uma vez, a história repetir-se-ia. No Barcelona, desta feita na sombra de Busquets, e, mais tarde, na de Vítor Baía, Lopetegui pouco seria utilizado. Apesar de tudo, o guarda-redes, tal como recorda o antigo "nº 1" de Portugal, mostrava-se uma peça fundamental na dinâmica da equipa - "Além de bom colega, transmitia uma boa energia. Apesar de ser o terceiro guarda-redes, que é uma posição sombra, notava-se que tinha espírito de liderança e peso junto da equipa"*.
Terá sido esta sua característica, isto já depois de, em 2002, ter terminado a sua carreira no Rayo Vallecano, que levaria Lopetegui a decidir-se pela vida de treinador. Curiosamente, a sua primeira experiência com técnico seria um autêntico desastre. Depois deste episódio de apenas 10 jogos, ao comando da equipa onde tinha "pendurado as luvas", seguiu-se, 5 anos depois, a passagem pelo Real Madrid Castilla. O sexto lugar aí conseguido, seria suficiente, com um ano de interregno pelo meio, para que a Real Federación Española de Fútbol visse nele um valor seguro para comandar os destinos dos escalões jovens das suas equipas. Apesar do risco que o seu parco currículo apresentava, a verdade é que Lopetegui mostrou-se como uma aposta segura. Os resultados, esses, vieram com as vitórias, primeiro em 2011, do Campeonato Europeu de Sub-19, e depois com a conquista Campeonato da Europa de Sub-21, em 2013.
É com este percurso que Lopetegui chegou, durante este defeso, ao Estádio do Dragão. É certo, muito devido à sua falta de traquejo com equipas seniores, que o antigo internacional espanhol, tem sido visto com alguma desconfiança. No entanto, há também que assumir que o FC Porto atravessa uma fase de renovação. Esta implica a entrada de muitos jogadores, que, com o habitual "poderio" financeiro dos emblemas portugueses, é feito há custa de atletas jovens. Ora, nesse campo, Lopetegui poderá ser visto como o Homem ideal para a função. E se era uma revolução que pretendiam os responsáveis "Azuis e Brancos", então, essa, o técnico espanhol já pôs em marcha. Os resultados??? O tempo logo o dirá...
* Retirado do artigo do "Expresso" (06/05/14), por Isabel Cabral.
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