Tinha 6 anos apenas, quando um terrível acidente o deixa sem pai. O desastre aéreo, que vitimizaria grande parte do plantel do Torino, seria fatal para o capitão Valentino Mazzola. Contudo, o desaparecimento precoce da estrela transalpina, nunca apagaria da memória dos fãs o seu nome de família.
Seria sob peso do seu apelido, que um menino de nome Sandro daria os primeiros passos no futebol. Inevitavelmente, as comparações com o seu progenitor, desde muito cedo, começariam a ser feitas. Apesar da pressão a que estava sujeito, toda a sua formação como jogador seria marcada pela distinção. Finda a mesma, o passo que se impunha, era a passagem para o plantel sénior. Cumprido este objectivo, a meta a perseguir era a estreia pela equipa principal. Se juntarmos a essa ideia, a perspectiva de um começo frente a uma equipa como a Juventus, então, o dito sonho ainda se revestia de uma maior grandeza. Mas, o que Sandro Mazzola não estaria a contar, é que todo este contexto idílico pudesse transformar-se num verdadeiro pesadelo.
Ora, para a 28ª jornada de 1960/61, o encontro entre Juventus e Inter estava marcado para a cidade de Turim. O jogo revestia-se de uma importância crucial, pois, estando ambas as equipas na corrida para o título, esta partida poderia ser o passo decisivo na atribuição do Campeonato. Começa o desafio, e ainda no decorrer do tempo inicial dá-se uma invasão de campo. O jogo é interrompido e o árbitro manda os atletas para o balneário. Pelo regulamento vigente à altura, a equipa da casa deveria ser penalizada com uma derrota. Assim foi. No entanto, os responsáveis pela "Vecchia Signora" entrepõem recurso. É então que o impensável acontece, e alguém de direito decide-se pela anulação da pena inicial, promovendo, a 10 de Junho desse mesmo ano, a repetição da partida. É então que, Helenio Herrera, o treinador do Inter, por certo indignado com tal decisão, faz entrar em campo um "onze" composto apenas por jovens. O resultado de tal decisão era previsível. Agora, o que ninguém estaria à espera, nem mesmo o estreante Sandro Mazzola, é que a provável derrota pudesse acabar numa pesada goleada por 9-1.
Ao contrário do que este começo desastroso poderia agoirar, a carreira de Sandro Mazzola haveria de ser caracterizada pelo sucesso. Com o, já aqui referido, técnico argentino aos comandos da emblema de Milão, o Inter haveria de se tornar, nos anos 60, numa das melhores equipas europeias. Os títulos ganhos, ilustram o poderio de tal grupo. Mas, como é lógico, seriam nomes como os de Suarez, Facchetti, Corso, entre tantos outros, que justificariam tal domínio.
Nesse sentido, tão responsável quanto o foram muitos dos seus colegas, Sandro Mazzola haveria de ser um dos pilares desta equipa. Sem ser fisicamente muito poderoso, era dotado de uma invejável aptidão para o jogo. A sua capacidade de passe, o jeito como conseguia controlar a bola, mas, sobretudo, a maneira instintiva como parecia prever o desenrolar de uma jogada, fazia com que estivesse apto a desempenhar diversas funções no ataque. Brilhante a interior direito, onde se notabilizou, era igualmente eficaz a jogar a extremo, médio ofensivo ou, como prova o prémio de melhor marcador do "Calcio" de 1964/65, a avançado centro.
Tanta classe junta, só poderia resultar em muitas conquistas. Se às 2 Taças dos Campeões Europeus vencidas (1963/64; 1964/65), ligarmos outras duas presenças em finais (1966/67; 1971/72), poderemos ter uma ideia daquilo que falo. Para além disto, há ainda que juntar a estas vitórias, mais duas Taças Intercontinentais e 4 Campeonatos.
Mas não pensem que o sucesso de Sandro Mazzola se deve apenas ao seu clube. Com a camisola da "Squadra Azzurra", as metas alcançadas também enriqueceriam o seu currículo. O Europeu de 1968, vencido numa finalíssima frente à Jugoslávia, seria o auge desse trajecto. Mas o Campeonato do Mundo, também traria ao atleta momentos inesquecíveis. A prová-lo estariam as presenças nas edições de 1966, 1970 e na de 1974, que só não foram coroadas com uma vitória porque, naquele que seria o certame organizado pelo México, Pelé e companhia, haveriam de negar a Mazzola o prazer de erguer a Taça Jules Rimet.
Seria sob peso do seu apelido, que um menino de nome Sandro daria os primeiros passos no futebol. Inevitavelmente, as comparações com o seu progenitor, desde muito cedo, começariam a ser feitas. Apesar da pressão a que estava sujeito, toda a sua formação como jogador seria marcada pela distinção. Finda a mesma, o passo que se impunha, era a passagem para o plantel sénior. Cumprido este objectivo, a meta a perseguir era a estreia pela equipa principal. Se juntarmos a essa ideia, a perspectiva de um começo frente a uma equipa como a Juventus, então, o dito sonho ainda se revestia de uma maior grandeza. Mas, o que Sandro Mazzola não estaria a contar, é que todo este contexto idílico pudesse transformar-se num verdadeiro pesadelo.
Ora, para a 28ª jornada de 1960/61, o encontro entre Juventus e Inter estava marcado para a cidade de Turim. O jogo revestia-se de uma importância crucial, pois, estando ambas as equipas na corrida para o título, esta partida poderia ser o passo decisivo na atribuição do Campeonato. Começa o desafio, e ainda no decorrer do tempo inicial dá-se uma invasão de campo. O jogo é interrompido e o árbitro manda os atletas para o balneário. Pelo regulamento vigente à altura, a equipa da casa deveria ser penalizada com uma derrota. Assim foi. No entanto, os responsáveis pela "Vecchia Signora" entrepõem recurso. É então que o impensável acontece, e alguém de direito decide-se pela anulação da pena inicial, promovendo, a 10 de Junho desse mesmo ano, a repetição da partida. É então que, Helenio Herrera, o treinador do Inter, por certo indignado com tal decisão, faz entrar em campo um "onze" composto apenas por jovens. O resultado de tal decisão era previsível. Agora, o que ninguém estaria à espera, nem mesmo o estreante Sandro Mazzola, é que a provável derrota pudesse acabar numa pesada goleada por 9-1.
Ao contrário do que este começo desastroso poderia agoirar, a carreira de Sandro Mazzola haveria de ser caracterizada pelo sucesso. Com o, já aqui referido, técnico argentino aos comandos da emblema de Milão, o Inter haveria de se tornar, nos anos 60, numa das melhores equipas europeias. Os títulos ganhos, ilustram o poderio de tal grupo. Mas, como é lógico, seriam nomes como os de Suarez, Facchetti, Corso, entre tantos outros, que justificariam tal domínio.
Nesse sentido, tão responsável quanto o foram muitos dos seus colegas, Sandro Mazzola haveria de ser um dos pilares desta equipa. Sem ser fisicamente muito poderoso, era dotado de uma invejável aptidão para o jogo. A sua capacidade de passe, o jeito como conseguia controlar a bola, mas, sobretudo, a maneira instintiva como parecia prever o desenrolar de uma jogada, fazia com que estivesse apto a desempenhar diversas funções no ataque. Brilhante a interior direito, onde se notabilizou, era igualmente eficaz a jogar a extremo, médio ofensivo ou, como prova o prémio de melhor marcador do "Calcio" de 1964/65, a avançado centro.
Tanta classe junta, só poderia resultar em muitas conquistas. Se às 2 Taças dos Campeões Europeus vencidas (1963/64; 1964/65), ligarmos outras duas presenças em finais (1966/67; 1971/72), poderemos ter uma ideia daquilo que falo. Para além disto, há ainda que juntar a estas vitórias, mais duas Taças Intercontinentais e 4 Campeonatos.
Mas não pensem que o sucesso de Sandro Mazzola se deve apenas ao seu clube. Com a camisola da "Squadra Azzurra", as metas alcançadas também enriqueceriam o seu currículo. O Europeu de 1968, vencido numa finalíssima frente à Jugoslávia, seria o auge desse trajecto. Mas o Campeonato do Mundo, também traria ao atleta momentos inesquecíveis. A prová-lo estariam as presenças nas edições de 1966, 1970 e na de 1974, que só não foram coroadas com uma vitória porque, naquele que seria o certame organizado pelo México, Pelé e companhia, haveriam de negar a Mazzola o prazer de erguer a Taça Jules Rimet.
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