562 - JOHN GREIG

Tendo nascido em Edinburgh, o jovem John era fã de um dos emblemas da capital escocesa, o Hearts. Um dia, quando um olheiro do Rangers foi falar com os seus progenitores, no sentido de o levar para Glasgow, ele recusou. A ideia que tinha, como apaixonado que era pela modalidade, era a de fazer carreira pela equipa de qual era devoto. O seu pai, entendendo a oportunidade que ali se apresentava, tentou convencer o rapaz a mudar de ideias. Conseguiu! E foi assim que John Greig deu o primeiro passo para se tornar numa das lendas do Ibrox Stadium.
Tal como muitos, Greig começaria nas escolas do clube para, em 1961, fazer a estreia na categoria principal. Nessa partida, que contava para a Taça da Liga, o atleta, que por essa altura deambulava por zonas mais avançadas do terreno, acabaria também por marcar o seu primeiro golo.
Com o avançar da sua carreira, os técnicos que o iam orientando, começaram a considerar a hipótese de o fazer recuar no campo. Forte fisicamente, disciplinado e de uma entrega abnegada, o jogador começou a ser utilizado em zonas que requerem mais sacrifícios. Primeiro adaptado a médio e depois como defesa, John Greig moldaria a sua vida profissional de forma incontestável.
A acompanhar uma carreira promissora, os títulos até chegaram depressa. Em 1961/62 ganha o seu primeiro Campeonato, para, logo no ano seguinte, conseguir com os seus companheiros, um pleno no panorama interno. Mas ao contrário do que isto poderia dar a entender, os anos 60 haveriam de ser dominados pelos rivais do Celtic. Tudo começou a mudar quando o Rangers consegue, depois de, frente ao Bayern Munique, ter perdido a Taça das Taças de 1966/67, vencer o primeiro troféu europeu da sua existência. A Taça dos Vencedores das Taças de 1971/72, conquistada frente ao Dinamo de Kiev, acabaria por ser um ponto de consagração, para aquele que era o capitão de equipa e uma estrela no futebol europeu.
5 Campeonatos, 6 Taças da Escócia e 5 Taças da Liga, ilustram o currículo daquele que viria a ser, por duas vezes (1965/66; 1975/76), considerado como o Jogador do Ano na Escócia. Mas apesar do rol invejável de títulos a nível do clube, a sua vida com a equipa nacional nunca seria condizente com este sucesso. Muito para além de, neste campo, mencionar a ausência de troféus, a John Greig acabaria também por faltar uma presença num dos grandes certames de selecções. Contudo, e apesar desta "falha", o defesa não deixaria de carimbar a sua marca na selecção da Escócia. De personalidade forte e sempre pronto a ajudar os seus colegas, a Greig, por enumeras vezes, seria entregue a braçadeira de capitão.
Com as únicas camisolas que envergou durante a sua vida de profissional, o lateral esquerdo seria um exemplo. O seu carácter de líder, acabaria por fazer com que, já depois de “penduradas as chuteiras”, enveredasse pelas tarefas de treinador. Nesse posto, tal como nas funções de dirigente, nunca abandonou a equipa da cidade de Glasgow. Essa dedicação faz com que hoje, tanto por antigas estrelas do clube, como pela totalidade da massa adepta, seja tido como a maior figura da longa história do Rangers. O reconhecimento do seu trabalho, nesses anos em que passou ligado ao clube, chegariam sob diversas formas. De destacar, refiro a estátua erguida em seu nome e, acima de tudo, aa vitória para a eleição do "Greatest Ever Ranger".

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