Foi logo nos seus primeiros tempos de Bayern de Munique que
o seu treinador, um jugoslavo de nome Cajkovski, o apelidou como o “pequeno
gordo Müller”. Não muito agradado com o baptismo, o jovem futebolista ainda não
se tinha apercebido que seria a sua fisionomia atípica, que haveria de o
favorecer no mundo do futebol.
Ora, num atleta de alta competição, não se está à espera de
ver umas pernas desproporcionalmente curtas; ninguém conta que 1,74m e 70 e
alguns quilos possam fazer um grande adversário. Contudo, aquilo que parecia
estranho aos olhos de muitos, talvez até ao próprio, era o que permitia a
Müller destacar-se. O seu baixo centro de gravidade, aliado a um corpo robusto,
dava ao avançado a habilidade de conseguir baralhar os seus oponentes. Ao mesmo
tempo que ia mostrando alguma vantagem no contacto físico, as fintas curtas e
estonteantes, a facilidade de rodar sobre si próprio, as arrancadas fulminantes
e um pontapé fortíssimo, eram as suas qualidades. Os golos, que sucediam como
resultado de todo o seu trabalho, não deixavam de ser o mais apetecível em si. Mas
apesar dos resultados logo demonstrados no TSV 1861 Nördlingen, a sua
transferência para o emblema de Munique não haveria de ser um “mar de rosas”.
Comparando Müller a um halterofilista, Cajkovski foi
deixando o atacante fora das suas escolhas. Já a temporada de 1964/65 ia a mais
de um terço, quando, dizem que por pressão do presidente, é dada ao atacante a
sua primeira chance. Essa primeira partida de Müller, não digo que marque uma
fase de viragem na história do Bayern. Contudo, é impossível de deixar de
pensar que a mesma haveria de se tornar, pelo menos, num sublinhar daquilo que
estava a acontecer no clube. Ora, numa altura em que os bávaros militavam apenas
no segundo escalão germânico, aquilo que Müller trouxe ao plantel, foi o
poderio atacante que faltava a esse grupo. Num balneário onde despontavam nomes
como Sepp Maier ou Franz Beckenbauer, a contratação de um bom avançado foi o
tónico necessário para fazer renascer o emblema. O primeiro resultado visível
dessa renovação, seria a promoção à “Bundesliga”. A seguir, quase de rompante,
começariam a surgir os títulos – colectivos para o Bayern, individuais para
Gerd Müller.
Quando no início dos anos 80, ao serviço dos Fort Lauderdale
Strikers (Estados Unidos da América), Müller pôs um ponto final na sua vida
profissional, os números da sua carreira mostravam um êxito inequívoco. No seio
de um Bayern de Munique que, na década de 70, dominaria o futebol alemão e
europeu, os títulos acabariam por se suceder em catadupa. 4 Campeonatos, 4
Taças da R.F.A., 1 Taça dos Vencedores da Taças, 1 Taça Intercontinental e 3
(consecutivas) Taças dos Campeões Europeus, fariam do currículo do atacante um
dos mais ricos da história da modalidade. No entanto, também pela selecção o
seu trajecto foi de sucesso. Pela “Mannschaft” ganharia o Euro 72 e o Mundial
de 1974. No dito Europeu, já depois do título de goleador conquistado no
Mundial de 1970, também venceria a disputa para o Melhor Marcador. E se é para
falar de metas individuais, então podemos referir os 7 troféus de goleador na “Bundesliga”,
as 2 Botas d’Ouro, o Ballon d’Or da “France Football” ou, ainda, os 2 títulos
de Melhor Jogador do Ano no Campeonato alemão!!!
Como curiosidade, e para reforçar a ideia da grandeza do jogador, há que dizer que muitos recordes, alguns que ainda se mantêm, foram da sua autoria. Foi, até 2006, o melhor marcador da história dos Mundiais, com 14 golos; a sua marca de 67 golos, prevaleceu até 2012 como a melhor numa só época; e, na agora denominada Liga dos Campeões, os seus golos, para além de o fazerem chegar ao topo da tabela dos melhores marcadores por 4 vezes, mantêm-no, ainda, como o atleta com melhor média de golos por partidas disputadas.
Como curiosidade, e para reforçar a ideia da grandeza do jogador, há que dizer que muitos recordes, alguns que ainda se mantêm, foram da sua autoria. Foi, até 2006, o melhor marcador da história dos Mundiais, com 14 golos; a sua marca de 67 golos, prevaleceu até 2012 como a melhor numa só época; e, na agora denominada Liga dos Campeões, os seus golos, para além de o fazerem chegar ao topo da tabela dos melhores marcadores por 4 vezes, mantêm-no, ainda, como o atleta com melhor média de golos por partidas disputadas.
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