Ainda era um adolescente quando assina pelo Wolverhampton Wanderers. Com uma evolução positiva ao serviço do seu clube, Peter Eastoe começa ser chamado às selecções jovens de Inglaterra. No entanto, e apesar de tudo indicar sucesso, após a chegada à idade sénior o cenário haveria de mudar um pouco. Com o sector ofensivo do “Wolves” povoado por jogadores mais experientes, caso do ex-maritimista John Richards, as oportunidades dadas a Eastoe eram poucas. Esta escassez, que ainda duraria os três primeiros anos da sua imberbe carreira, levá-lo-ia, primeiro por empréstimo e de seguida a título definitivo, a tentar a sua sorte no Swindon Town.
A mudança de um clube do primeiro escalão e que, por aquela altura, era “habitué” nas competições europeias, por outro de uma divisão inferior, ao invés de se tornar num passo atrás, acabaria por revelar-se positiva. A sua estreia, no entanto, acabaria por ser um misto de emoções. Por um lado, Eastoe haveria de marcar dois golos. Contudo, o avançado terminaria esse seu primeiro encontro com o maxilar partido!!!
Nesta questão dos golos, como o próprio haveria de afirmar, Peter Eastoe não era um especialista. É certo que durante a sua carreira, muitas foram as vezes, até pela posição que ocupava no terreno, em que fez a bola entrar nas balizas adversárias. Ainda assim, e essa era a sua grande apetência, o que melhor fazia dentro de campo era assistir os seus companheiros do ataque. Essas qualidades levariam a que, do patamar máximo, outros emblemas voltassem a requerer os seus préstimos.
Tendo sido na temporada anterior (1975/76), ao atingir a segunda posição na tabela classificativa, a maior surpresa da Liga Inglesa, o Queens Park Rangers (QPR) projectava-se como o clube certo para Peter Eastoe. A transferência, ele que, ainda com as cores do “Wolves”, tinha tido a sua estreia frente ao Belenenses (1973/74), levaria o atacante, desde logo, de regresso à Taça UEFA. Mas muito mais do que as competições europeias, o que esta mudança traria para o jogador, seria o acréscimo de prestígio em Inglaterra.
Apesar do sucesso com a equipa londrina, a última época que por lá passaria, por razão de não ser tão utilizado, levá-lo-ia a procurar uma nova solução para a sua vida profissional. Numa altura em que, literalmente, já ia a caminho de Sunderland, recebe uma chamada avisando-o do interesse concreto do Everton. Peter Eastoe, que ia acompanhado pelo seu pai, decide então mudar de rota e dirige-se a Goodison Park. Ora, seria já nos últimos meses da temporada de 1978/79, que o atacante faria a mudança para a cidade de Liverpool. Esta nova realidade tornar-se-ia de tal forma positiva que, acho que o posso afirmar, seria ao serviço do Everton que Eastoe viveria os anos mais prolíferos.
Ao aproximar-se dos 30 anos de idade, Peter Eastoe, pensando que era o melhor para as derradeiras temporadas da sua carreira, toma a decisão de trocar o Everton pelo West Bromwich Albion. A opção mostrar-se-ia errada e, ao invés de se afirmar no seio do plantel, o avançado acabaria por passar o tempo do seu contrato em sucessivas cedências.
Já depois, sempre na senda dos empréstimos, ter passado por Leicester, Huddersfield, Walsall e “Wolves”, o avançado chega a Portugal. No Farense passa dois anos e tem a surpresa de, já no final da sua carreira, ter o prazer de partilhar o balneário com os dois melhores atletas com quem haveria de jogar – “Havia um moço que jogou comigo em Portugal, que tinha vindo do Barcelona, que se chamava Paco Fortes. Ele era muito pequeno, mas que conseguia fazer coisas com a bola, conseguia. Também lá estava um brasileiro nesse tempo, do qual não me consigo lembrar do nome, um avançado, que também era inteligente com a bola”*.
Peter Eastoe ainda regressaria a Inglaterra, para terminar a sua carreira nos amadores do Atherstone Town.
*Retirado da entrevista em www.bluekipper.com, a 18 de Agosto de 2013
*Penso que o jogador brasileiro a que se refere será Gil, podendo também ser César, ambos internacionais e que partilhariam o balneário com Peter Eastoe.
A mudança de um clube do primeiro escalão e que, por aquela altura, era “habitué” nas competições europeias, por outro de uma divisão inferior, ao invés de se tornar num passo atrás, acabaria por revelar-se positiva. A sua estreia, no entanto, acabaria por ser um misto de emoções. Por um lado, Eastoe haveria de marcar dois golos. Contudo, o avançado terminaria esse seu primeiro encontro com o maxilar partido!!!
Nesta questão dos golos, como o próprio haveria de afirmar, Peter Eastoe não era um especialista. É certo que durante a sua carreira, muitas foram as vezes, até pela posição que ocupava no terreno, em que fez a bola entrar nas balizas adversárias. Ainda assim, e essa era a sua grande apetência, o que melhor fazia dentro de campo era assistir os seus companheiros do ataque. Essas qualidades levariam a que, do patamar máximo, outros emblemas voltassem a requerer os seus préstimos.
Tendo sido na temporada anterior (1975/76), ao atingir a segunda posição na tabela classificativa, a maior surpresa da Liga Inglesa, o Queens Park Rangers (QPR) projectava-se como o clube certo para Peter Eastoe. A transferência, ele que, ainda com as cores do “Wolves”, tinha tido a sua estreia frente ao Belenenses (1973/74), levaria o atacante, desde logo, de regresso à Taça UEFA. Mas muito mais do que as competições europeias, o que esta mudança traria para o jogador, seria o acréscimo de prestígio em Inglaterra.
Apesar do sucesso com a equipa londrina, a última época que por lá passaria, por razão de não ser tão utilizado, levá-lo-ia a procurar uma nova solução para a sua vida profissional. Numa altura em que, literalmente, já ia a caminho de Sunderland, recebe uma chamada avisando-o do interesse concreto do Everton. Peter Eastoe, que ia acompanhado pelo seu pai, decide então mudar de rota e dirige-se a Goodison Park. Ora, seria já nos últimos meses da temporada de 1978/79, que o atacante faria a mudança para a cidade de Liverpool. Esta nova realidade tornar-se-ia de tal forma positiva que, acho que o posso afirmar, seria ao serviço do Everton que Eastoe viveria os anos mais prolíferos.
Ao aproximar-se dos 30 anos de idade, Peter Eastoe, pensando que era o melhor para as derradeiras temporadas da sua carreira, toma a decisão de trocar o Everton pelo West Bromwich Albion. A opção mostrar-se-ia errada e, ao invés de se afirmar no seio do plantel, o avançado acabaria por passar o tempo do seu contrato em sucessivas cedências.
Já depois, sempre na senda dos empréstimos, ter passado por Leicester, Huddersfield, Walsall e “Wolves”, o avançado chega a Portugal. No Farense passa dois anos e tem a surpresa de, já no final da sua carreira, ter o prazer de partilhar o balneário com os dois melhores atletas com quem haveria de jogar – “Havia um moço que jogou comigo em Portugal, que tinha vindo do Barcelona, que se chamava Paco Fortes. Ele era muito pequeno, mas que conseguia fazer coisas com a bola, conseguia. Também lá estava um brasileiro nesse tempo, do qual não me consigo lembrar do nome, um avançado, que também era inteligente com a bola”*.
Peter Eastoe ainda regressaria a Inglaterra, para terminar a sua carreira nos amadores do Atherstone Town.
*Retirado da entrevista em www.bluekipper.com, a 18 de Agosto de 2013
*Penso que o jogador brasileiro a que se refere será Gil, podendo também ser César, ambos internacionais e que partilhariam o balneário com Peter Eastoe.
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