Amigo de infância de Franz Beckenbauer, diz-se que, certo dia, foi desafiado pelo antigo defesa para ir jogar à bola. Queria participar na partida como avançado, mas a falta de habilidade levaria os seus companheiros a fazer uma nova sugestão. Aceitou o convite e, daí em diante, passaria a ocupar um lugar à baliza!
Em que medida esta história é verdadeira, provavelmente nunca o saberemos. O que é certo é que Sepp Maier, que residia na área suburbana de Munique, terá entrado para o Bayern ainda em idade juvenil. Sendo um fervoroso adepto do clube bávaro, o guardião completaria aí a sua formação. Todavia, o emblema alemão, que hoje reconhecemos como um dos melhores do mundo, era, por essa altura, um clube sem grande palmarés. Ainda assim, Maier mostrava grande valor. A qualidade que patenteava, levá-lo-ia a ser chamado às selecções jovens da República Federal Alemã. Seria pela equipa do seu país que o guarda-redes, em 1961, participaria no Torneio Internacional de Juniores da UEFA. Em Portugal, a jovem “Mannschaft”, ao bater a Espanha por 2-1, ficaria no 3º lugar. Melhor que o “bronze” alcançado, as prestações de Meier seriam muito elogiadas e testemunho inicial de uma carreira extraordinária.
Foi também no início dos anos 60 que Sepp Maier chegou à categoria principal do Bayern Munique. Curiosamente, seria com a presença do guarda-redes e, alguns anos mais tarde, com a promoção Beckenbauer que o espírito do clube começou a mudar. A partir da segunda metade dessa década, o pragmatismo em que o grupo até aí vivia altera-se. A conquista da Taça da Alemanha e as boas prestações nas competições europeias, serviriam de preâmbulo às vitórias na Liga germânica. Por fim, e a forma de coroar essa época dourada, chegaria o triunfo na Taça dos Campeões Europeus.
A todos esses brilharetes, nos quais estão incluídos 4 “DFB-Pokal”, 4 “Bundesliga”, 1 Taça dos Vencedores das Taças, 1 Taça Intercontinental e 3 Taça dos Campeões Europeus, é impossível subtrair a importância de Sepp Maier. O jogador que, entre 1967 e 1979, não falharia um único jogo para a Liga, tornar-se-ia num dos pilares dessa hegemonia. Também pela selecção, o seu percurso coincidiria com importantes conquistas. Tendo sido convocado para diferentes Mundiais e Europeus, seriam as edições do Euro 72 e do Campeonato do Mundo de 1974 que mais peso teriam no seu percurso profissional. As vitórias nos referidos certames serviriam para aclamar toda uma geração de futebolistas e, de igual modo, para certificar Maier como um dos melhores de sempre na sua posição.
Apesar de ser conhecido pela sua competência e profissionalismo inabalável, o atleta também tinha outras facetas. Tido como um dos mais corajosos dentro de campo, fora dele o carácter de Maier era igualmente estimado. Diz-se ser um homem muito alegre e que raramente perdia uma oportunidade para fazer umas partidas aos colegas. Um bom exemplo, terá acontecido na preparação para o Mundial de 1978. Antes da partida para a Argentina, durante uma conferência de imprensa realizada no Brasil, alguém terá perguntado ao avançado Klaus Fischer qualquer coisa parecida com: “Como é que um futebolista tão mau pode jogar pela Alemanha?!”. O atleta, visivelmente irritado, procura saber quem é o autor de tal desfaçatez. É então que, por entre grandes gargalhadas, Maier revela o disfarce que tinha permitido infiltrar-se como jornalista.
Outro episódio passado com o guarda-redes, também afere muito da sua personalidade. Na 1ª mão da Taça Intercontinental de 1976, estava a nevar muito. Apercebendo-se que o colega do Cruzeiro de Belo Horizonte não vinha preparado para aquelas condições, Maier tem um gesto de enorme bem-querer. A Raul Plassmann oferece um par das suas luvas, pois as que ele trazia seriam menos apropriadas para um bom desempenho naquele clima.
A sua carreira acabaria por ter um fim abrupto. Resultado de um acidente de viação, as mazelas sofridas pelo jogador levá-lo-iam, prematuramente, a deixar a defesa das balizas. Afastando-se do futebol, ao cobro de alguns anos o antigo internacional regressaria à modalidade. Começando pelo Bayern de Munique e, mais tarde, em simultâneo na selecção alemã, Maier aceitaria o cargo de treinador de guarda-redes. No desempenho dessas funções, passariam pelas suas mãos muitos dos futuros craques germânicos. Jogadores como Oliver Khan, Jens Lehmann ou Andreas Köpke muito têm a agradecer os ensinamentos daquele que ficaria conhecido como “Die Katze”.
Em que medida esta história é verdadeira, provavelmente nunca o saberemos. O que é certo é que Sepp Maier, que residia na área suburbana de Munique, terá entrado para o Bayern ainda em idade juvenil. Sendo um fervoroso adepto do clube bávaro, o guardião completaria aí a sua formação. Todavia, o emblema alemão, que hoje reconhecemos como um dos melhores do mundo, era, por essa altura, um clube sem grande palmarés. Ainda assim, Maier mostrava grande valor. A qualidade que patenteava, levá-lo-ia a ser chamado às selecções jovens da República Federal Alemã. Seria pela equipa do seu país que o guarda-redes, em 1961, participaria no Torneio Internacional de Juniores da UEFA. Em Portugal, a jovem “Mannschaft”, ao bater a Espanha por 2-1, ficaria no 3º lugar. Melhor que o “bronze” alcançado, as prestações de Meier seriam muito elogiadas e testemunho inicial de uma carreira extraordinária.
Foi também no início dos anos 60 que Sepp Maier chegou à categoria principal do Bayern Munique. Curiosamente, seria com a presença do guarda-redes e, alguns anos mais tarde, com a promoção Beckenbauer que o espírito do clube começou a mudar. A partir da segunda metade dessa década, o pragmatismo em que o grupo até aí vivia altera-se. A conquista da Taça da Alemanha e as boas prestações nas competições europeias, serviriam de preâmbulo às vitórias na Liga germânica. Por fim, e a forma de coroar essa época dourada, chegaria o triunfo na Taça dos Campeões Europeus.
A todos esses brilharetes, nos quais estão incluídos 4 “DFB-Pokal”, 4 “Bundesliga”, 1 Taça dos Vencedores das Taças, 1 Taça Intercontinental e 3 Taça dos Campeões Europeus, é impossível subtrair a importância de Sepp Maier. O jogador que, entre 1967 e 1979, não falharia um único jogo para a Liga, tornar-se-ia num dos pilares dessa hegemonia. Também pela selecção, o seu percurso coincidiria com importantes conquistas. Tendo sido convocado para diferentes Mundiais e Europeus, seriam as edições do Euro 72 e do Campeonato do Mundo de 1974 que mais peso teriam no seu percurso profissional. As vitórias nos referidos certames serviriam para aclamar toda uma geração de futebolistas e, de igual modo, para certificar Maier como um dos melhores de sempre na sua posição.
Apesar de ser conhecido pela sua competência e profissionalismo inabalável, o atleta também tinha outras facetas. Tido como um dos mais corajosos dentro de campo, fora dele o carácter de Maier era igualmente estimado. Diz-se ser um homem muito alegre e que raramente perdia uma oportunidade para fazer umas partidas aos colegas. Um bom exemplo, terá acontecido na preparação para o Mundial de 1978. Antes da partida para a Argentina, durante uma conferência de imprensa realizada no Brasil, alguém terá perguntado ao avançado Klaus Fischer qualquer coisa parecida com: “Como é que um futebolista tão mau pode jogar pela Alemanha?!”. O atleta, visivelmente irritado, procura saber quem é o autor de tal desfaçatez. É então que, por entre grandes gargalhadas, Maier revela o disfarce que tinha permitido infiltrar-se como jornalista.
Outro episódio passado com o guarda-redes, também afere muito da sua personalidade. Na 1ª mão da Taça Intercontinental de 1976, estava a nevar muito. Apercebendo-se que o colega do Cruzeiro de Belo Horizonte não vinha preparado para aquelas condições, Maier tem um gesto de enorme bem-querer. A Raul Plassmann oferece um par das suas luvas, pois as que ele trazia seriam menos apropriadas para um bom desempenho naquele clima.
A sua carreira acabaria por ter um fim abrupto. Resultado de um acidente de viação, as mazelas sofridas pelo jogador levá-lo-iam, prematuramente, a deixar a defesa das balizas. Afastando-se do futebol, ao cobro de alguns anos o antigo internacional regressaria à modalidade. Começando pelo Bayern de Munique e, mais tarde, em simultâneo na selecção alemã, Maier aceitaria o cargo de treinador de guarda-redes. No desempenho dessas funções, passariam pelas suas mãos muitos dos futuros craques germânicos. Jogadores como Oliver Khan, Jens Lehmann ou Andreas Köpke muito têm a agradecer os ensinamentos daquele que ficaria conhecido como “Die Katze”.
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