Foi no antigo Campo da Constituição que Bandeirinha, juntamente com o irmão mais velho, decide ir a um treino de captação. Faz os testes, agrada aos responsáveis e fica a jogar nas camadas jovens do emblema “Azul e Branco”. Curiosamente, e já depois de abandonar o desporto por uns tempos, um recado transmitido pelo seu irmão fá-lo regressar. Nas Antas, os treinadores lá o convencem a voltar à prática do futebol e o jovem atleta torna-se numa das principais estrelas das “escolas” do FC Porto.
Com um percurso exemplar nas camadas jovens dos “Dragões” e com passagem por todos os patamares da selecção portuguesa, foi com naturalidade que a sua promoção à equipa principal aconteceu na temporada de 1981/82. Contudo, a sua falta de experiência acabaria por ser preponderante no desenrolar dessa época e Bandeirinha, tapado por Gabriel, teria apenas uma oportunidade para demonstrar o seu valor.
Já a temporada seguinte ficaria marcada pela troca de treinadores. Com a entrada de José Maria Pedroto e a saída de Hermann Stessl para o Estádio do Bessa, surgiria a chance do defesa também mudar de clube. O convite do técnico austríaco, solicitando a ida de Bandeirinha para os “Axadrezados”, iria, no entanto, esbarrar na intransigência do novo responsável pelos portistas – “Para o Boavista? Nem penses nisso! Tu já viste se vens jogar aqui e fazes um bom jogo… Já viste, esta gente toda contra mim! Não. Ou ficas aqui ou vais para 2ª Liga”*. Empurrado para esse dilema, a escolha de Bandeirinha recairia pela opção que dava mais garantias de poder ser mais utilizado. No Paços de Ferreira, cujo Presidente mantinha uma relação estreita com Pedroto, o lateral acabaria por ficar durante duas temporadas. Depois, e já ao serviço de emblemas primodivisionários, seria cedido ao Varzim e Académica.
É no final da temporada passada em Coimbra, que Bandeirinha é convocado para o Campeonato do Mundo de 1986. Depois de António Veloso ser afastado por pretenso uso de substâncias dopantes, o defesa é chamado ao grupo orientado por José Torres, acabando por viajar para o México. Engraçado é que, apesar de contar no seu percurso com a presença no maior certame mundial de futebol, o atleta nunca chegaria a estrear-se com a principal “camisola das quinas”.
Depois dos sucessivos empréstimos, o regresso ao FC Porto aconteceria numa altura em que o emblema estava à beira de conquistar o seu primeiro troféu internacional. Na Taça dos Campeões Europeus, e apesar de apenas ter participado nos dois encontros da 1ª ronda, o defesa ajudaria os seus companheiros a vencer a edição de 1986/87. É claro que, tendo envergado as cores do clube durante um período tão prolífero, a sua lista de conquistas não ficou por aqui. Ganha no ano seguinte, a Supertaça da UEFA também faria parte do seu currículo. Já no plano nacional, as vitórias suceder-se-iam a um ritmo ainda maior. 6 Campeonatos (2 deles na caminhada para o “Penta”), 3 Taças de Portugal e 2 Supertaças acabariam por completar o seu palmarés.
Talvez a única contrariedade na sua carreira, tenha sido a presença de outro grande jogador. Obrigado a competir com João Pinto por um lugar no “onze” portista, o número de jogos por si disputados acabariam por ficar aquém da sua real capacidade. Ainda assim, o mérito do seu trabalho haveria de manter-se inabalável e a entrega ao FC Porto elevá-lo-ia à condição de histórico.
Já depois de deixar o Estádio das Antas, uma derradeira temporada ao serviço do Felgueiras põe fim ao percurso de Bandeirinha como futebolista. Apesar de afastado dos relvados, a sua ligação ao futebol manter-se-ia. No FC Porto desempenharia diversas tarefas, nas quais podemos destacar a sua presença como técnico da equipa “b”, o trabalho feito no departamento de prospecção e a coordenação das “escolas” do clube.
Com um percurso exemplar nas camadas jovens dos “Dragões” e com passagem por todos os patamares da selecção portuguesa, foi com naturalidade que a sua promoção à equipa principal aconteceu na temporada de 1981/82. Contudo, a sua falta de experiência acabaria por ser preponderante no desenrolar dessa época e Bandeirinha, tapado por Gabriel, teria apenas uma oportunidade para demonstrar o seu valor.
Já a temporada seguinte ficaria marcada pela troca de treinadores. Com a entrada de José Maria Pedroto e a saída de Hermann Stessl para o Estádio do Bessa, surgiria a chance do defesa também mudar de clube. O convite do técnico austríaco, solicitando a ida de Bandeirinha para os “Axadrezados”, iria, no entanto, esbarrar na intransigência do novo responsável pelos portistas – “Para o Boavista? Nem penses nisso! Tu já viste se vens jogar aqui e fazes um bom jogo… Já viste, esta gente toda contra mim! Não. Ou ficas aqui ou vais para 2ª Liga”*. Empurrado para esse dilema, a escolha de Bandeirinha recairia pela opção que dava mais garantias de poder ser mais utilizado. No Paços de Ferreira, cujo Presidente mantinha uma relação estreita com Pedroto, o lateral acabaria por ficar durante duas temporadas. Depois, e já ao serviço de emblemas primodivisionários, seria cedido ao Varzim e Académica.
É no final da temporada passada em Coimbra, que Bandeirinha é convocado para o Campeonato do Mundo de 1986. Depois de António Veloso ser afastado por pretenso uso de substâncias dopantes, o defesa é chamado ao grupo orientado por José Torres, acabando por viajar para o México. Engraçado é que, apesar de contar no seu percurso com a presença no maior certame mundial de futebol, o atleta nunca chegaria a estrear-se com a principal “camisola das quinas”.
Depois dos sucessivos empréstimos, o regresso ao FC Porto aconteceria numa altura em que o emblema estava à beira de conquistar o seu primeiro troféu internacional. Na Taça dos Campeões Europeus, e apesar de apenas ter participado nos dois encontros da 1ª ronda, o defesa ajudaria os seus companheiros a vencer a edição de 1986/87. É claro que, tendo envergado as cores do clube durante um período tão prolífero, a sua lista de conquistas não ficou por aqui. Ganha no ano seguinte, a Supertaça da UEFA também faria parte do seu currículo. Já no plano nacional, as vitórias suceder-se-iam a um ritmo ainda maior. 6 Campeonatos (2 deles na caminhada para o “Penta”), 3 Taças de Portugal e 2 Supertaças acabariam por completar o seu palmarés.
Talvez a única contrariedade na sua carreira, tenha sido a presença de outro grande jogador. Obrigado a competir com João Pinto por um lugar no “onze” portista, o número de jogos por si disputados acabariam por ficar aquém da sua real capacidade. Ainda assim, o mérito do seu trabalho haveria de manter-se inabalável e a entrega ao FC Porto elevá-lo-ia à condição de histórico.
Já depois de deixar o Estádio das Antas, uma derradeira temporada ao serviço do Felgueiras põe fim ao percurso de Bandeirinha como futebolista. Apesar de afastado dos relvados, a sua ligação ao futebol manter-se-ia. No FC Porto desempenharia diversas tarefas, nas quais podemos destacar a sua presença como técnico da equipa “b”, o trabalho feito no departamento de prospecção e a coordenação das “escolas” do clube.
*retirado da entrevista no programa “45 minutos à Porto”, Porto Canal (25/05/2015)
1 comentário:
Lembra-me bem deste jogador no FC do Porto.
Um abraço.
Autografos Futebol
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