Depois da estreia pelo Barreirense, seria já como atleta do Luso que João Azevedo acabaria a prestar provas no Benfica. Apesar de ter agradado, um desentendimento com o treinador Vítor Gonçalves por causa do dinheiro para a viagem de regresso a casa, levá-lo-ia a prometer que não vestiria mais a camisola das “Águias”. Pouco tempo após esse episódio, o guardião assinaria pelo Sporting. Mesmo com Jaguaré e Artur Dyson à sua frente na disputa por um lugar à baliza, o jovem atleta não deixaria intimidar-se. Começaria essa temporada de 1935/36 na sombra dos outros dois colegas, mas para o fim da referida campanha já tinha conquistado a titularidade.
Manter-se-ia como elemento do “onze” leonino praticamente a carreira toda. Apesar de não ter uma estatura impressionante, a habilidade que demonstrava na defesa das redes vinha muito da atitude destemida, sentido de abnegação e de uma agilidade felina. “Hércules do Barreiro”, “O violino das balizas”, “Gato de Frankfurt” ou “Tigre Português”, seriam alguns dos epítetos que ganharia durante o percurso desportivo, tanto com a camisola do Sporting, como com as cores de Portugal. Muitas dessas alcunhas surgiriam de outros tantos episódios vividos durante as pelejas competitivas. Ao serviço do colectivo nacional luso, com exibições brilhantes frente à Alemanha e à Espanha, ganharia, respectivamente, os dois últimos títulos acima aludidos. Muitos mais circunstâncias contribuiriam para outros tantos “baptismos”. Conta-se que num “derby” frente ao Benfica, para decidir o desfecho do Campeonato de Lisboa, Azevedo haveria de contrair uma grave lesão. Numa altura em que as substituições ainda não existiam, a sua saída acabaria por ser colmatada pelos colegas de campo. Porém, com as “Águias” a acercar-se cada vez mais do último reduto “verde e branco”, o guardião tomaria a decisão de regressar ao jogo e, de braço ao peito, continuar a dar o seu contributo. No fim veria o seu colectivo a erguer o troféu e, louvado como um herói, sairia do rectângulo carregado em ombros.
Como já foi dado a entender, Azevedo também conseguiria destacar-se como um valioso elemento da selecção portuguesa. Nesse sentido, a primeira partida disputada com a principal “camisola das quinas” aconteceria a 28 de Novembro de 1937. Em Vigo, no Estádio dos Balaídos, o guarda-redes seria chamado à estreia pelo mítico Cândido de Oliveira. O “particular” frente à Espanha, numa altura em que os jogos entre equipas nacionais eram bem escassos, marcaria um trajecto de praticamente uma década a representar o país. Apesar de Portugal, durante esse período, nunca ter conseguido uma qualificação para um dos principais torneios de futebol, o guarda-redes, com exibições soberbas, conseguiria destacar-se, também aos olhos da imprensa estrangeira, como um grande intérprete. Na caminhada a defender os interesses lusos acabaria aferido como um dos melhores jogadores e, nesse sentido, terminaria a carreira com 19 internacionalizações a abrilhantarem o seu currículo.
Mas em termos de palmarés, nada melhor para avaliar o seu valor do que aquilo que conseguiria ganhar ao serviço do Sporting. Ao andar de “Leão ao peito” durante a fase mais prolífera da história do clube, época coincidente com a linha avançada dos “cinco violinos”, só em Campeonatos Nacionais ajudaria à vitória de 7 edições. Já Taças de Portugal seriam 4 e, para colorir um pouco mais a caminhada, surgiriam ainda 2 Campeonatos de Portugal e 8 “regionais” de Lisboa. Ora, como é fácil de calcular, amealharia para o seu trajecto 21 títulos. Tal número, por altura da sua saída da colectividade “alfacinha”, transformá-lo-ia no futebolista mais premiado do clube. Todavia, o fim de ligação com os “Verde e Branco” acabaria por não ter o “glamour” merecido. Ultrapassado por Carlos Gomes, e tendo praticamente deixado de ser chamado à ficha de jogo, chegaria a pedir para integrar a equipa técnica. Para além de ver recusada a pretensão de manter-se ao serviço do emblema lisboeta, a maneira como veria chegar o anúncio da “separação”, tornaria tudo um pouco mais dramático. Diz-se que a carta de rescisão terá sido entregue, sem a pompa, aviso ou a devida homenagem ao atleta e “capitão” de equipa, no dia em que terá ido receber aquele que viria a tornar-se no seu último salário leonino.
Ainda faria a temporada de 1953/54 ao serviço do Oriental, ao fim da qual decidiria pôr termo à vida desportiva. No Barreiro passaria a investir na compra de um Táxi. Anos mais tarde, sem conseguir grande retorno no negócio escolhido, viajaria para Londres, onde, sem que nunca ninguém soubesse da sua história, trabalharia durante vários como motorista de um colégio.
Manter-se-ia como elemento do “onze” leonino praticamente a carreira toda. Apesar de não ter uma estatura impressionante, a habilidade que demonstrava na defesa das redes vinha muito da atitude destemida, sentido de abnegação e de uma agilidade felina. “Hércules do Barreiro”, “O violino das balizas”, “Gato de Frankfurt” ou “Tigre Português”, seriam alguns dos epítetos que ganharia durante o percurso desportivo, tanto com a camisola do Sporting, como com as cores de Portugal. Muitas dessas alcunhas surgiriam de outros tantos episódios vividos durante as pelejas competitivas. Ao serviço do colectivo nacional luso, com exibições brilhantes frente à Alemanha e à Espanha, ganharia, respectivamente, os dois últimos títulos acima aludidos. Muitos mais circunstâncias contribuiriam para outros tantos “baptismos”. Conta-se que num “derby” frente ao Benfica, para decidir o desfecho do Campeonato de Lisboa, Azevedo haveria de contrair uma grave lesão. Numa altura em que as substituições ainda não existiam, a sua saída acabaria por ser colmatada pelos colegas de campo. Porém, com as “Águias” a acercar-se cada vez mais do último reduto “verde e branco”, o guardião tomaria a decisão de regressar ao jogo e, de braço ao peito, continuar a dar o seu contributo. No fim veria o seu colectivo a erguer o troféu e, louvado como um herói, sairia do rectângulo carregado em ombros.
Como já foi dado a entender, Azevedo também conseguiria destacar-se como um valioso elemento da selecção portuguesa. Nesse sentido, a primeira partida disputada com a principal “camisola das quinas” aconteceria a 28 de Novembro de 1937. Em Vigo, no Estádio dos Balaídos, o guarda-redes seria chamado à estreia pelo mítico Cândido de Oliveira. O “particular” frente à Espanha, numa altura em que os jogos entre equipas nacionais eram bem escassos, marcaria um trajecto de praticamente uma década a representar o país. Apesar de Portugal, durante esse período, nunca ter conseguido uma qualificação para um dos principais torneios de futebol, o guarda-redes, com exibições soberbas, conseguiria destacar-se, também aos olhos da imprensa estrangeira, como um grande intérprete. Na caminhada a defender os interesses lusos acabaria aferido como um dos melhores jogadores e, nesse sentido, terminaria a carreira com 19 internacionalizações a abrilhantarem o seu currículo.
Mas em termos de palmarés, nada melhor para avaliar o seu valor do que aquilo que conseguiria ganhar ao serviço do Sporting. Ao andar de “Leão ao peito” durante a fase mais prolífera da história do clube, época coincidente com a linha avançada dos “cinco violinos”, só em Campeonatos Nacionais ajudaria à vitória de 7 edições. Já Taças de Portugal seriam 4 e, para colorir um pouco mais a caminhada, surgiriam ainda 2 Campeonatos de Portugal e 8 “regionais” de Lisboa. Ora, como é fácil de calcular, amealharia para o seu trajecto 21 títulos. Tal número, por altura da sua saída da colectividade “alfacinha”, transformá-lo-ia no futebolista mais premiado do clube. Todavia, o fim de ligação com os “Verde e Branco” acabaria por não ter o “glamour” merecido. Ultrapassado por Carlos Gomes, e tendo praticamente deixado de ser chamado à ficha de jogo, chegaria a pedir para integrar a equipa técnica. Para além de ver recusada a pretensão de manter-se ao serviço do emblema lisboeta, a maneira como veria chegar o anúncio da “separação”, tornaria tudo um pouco mais dramático. Diz-se que a carta de rescisão terá sido entregue, sem a pompa, aviso ou a devida homenagem ao atleta e “capitão” de equipa, no dia em que terá ido receber aquele que viria a tornar-se no seu último salário leonino.
Ainda faria a temporada de 1953/54 ao serviço do Oriental, ao fim da qual decidiria pôr termo à vida desportiva. No Barreiro passaria a investir na compra de um Táxi. Anos mais tarde, sem conseguir grande retorno no negócio escolhido, viajaria para Londres, onde, sem que nunca ninguém soubesse da sua história, trabalharia durante vários como motorista de um colégio.
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