393 - CLINT

Relativamente na mesma altura da chegada de outros atletas de Trinidad e Tobago, casos de Lewis e de Latapy, Clint entraria para o plantel 1990/91 da Académica, como um dos reforços para o ataque. Porém, habituado que estava, pelo United Petrolin, a lutar por títulos, o atacante, inserido nas contendas da divisão de Honra, passaria a enfrentar, com a sua chegada a Coimbra, uma realidade completamente diferente da vivida até essa altura. Nessa lógica, nos anos seguintes ao da sua passagem pela “Briosa”, o jogador manter-se-ia na disputa dos escalões secundários. Seguir-se-ia o Recreio de Águeda e apesar de, na temporada de 1992/93, ter ajudado o Vitória Futebol Clube a regressar ao patamar máximo do futebol luso, só 3 anos depois é que Clint pisaria esses palcos competitivos.
Com a experiência ao serviço do Rio Ave a preceder a entrada no emblema do Tâmega, o atacante, após estrear-se pelo Felgueiras na campanha de 1994/95, veria a época seguinte a dar-lhe a tão almejada estreia primodivisionária. Mais uma vez acompanhado pelo conterrâneo Leonson Lewis, a temporada de 1995/96, não correria de feição para o avançado. Ao não ser uma das escolhas prioritárias do treinador Jorge Jesus, ainda assim, Clint, ao sair maioritariamente do banco de suplentes, acabaria por fazer jogos suficientes para que de Inglaterra reparassem nas suas capacidades. Mesmo não tendo uma estatura imponente, a verdade é que a sua velocidade cativaria os responsáveis do Barnsley e a mudança para “Terras de Sua Majestade” ocorreria na preparação de 1996/97.
A confiança depositada em Clint reflectir-se-ia na constante presença do seu nome no rol de titulares. Rapidamente, resultado da entrega patenteada em jogo, o avançado conquistaria os adeptos. Contudo, o episódio responsável por transformá-lo num dos grandes heróis da colectividade britânica seria um golo conseguido frente ao Bradford e que, no final da temporada de 1996/97, selaria em definitivo a subida à Premier League. Todavia, depois do êxito da promoção e de acompanhar o Barnsley na aventura primodivisionária, o internacional por Trinidad e Tobago, sem deixar o clube, também viveria a tristeza da despromoção. Daí em diante, o atleta entraria numa fase da carreira, digamos, "sui generis" e, entre 1999/00 e 2005/06, a vaguear pelos escalões inferiores ingleses, o atacante representaria 11 clubes diferentes.
Após terminar a carreira de futebolista, Clint, sempre ligado à modalidade, começaria a abraçar outras funções. Como técnico, para além de orientar o North East Stars FC, teria também o prazer de ser chamado para treinador-adjunto da selecção olímpica do seu país, a qual disputaria a Fase de Qualificação para os Jogos de 2012, realizados em Londres. Paralelamente abriria a sua “escola”, a "Clint Marcelle Football Academy".

3 comentários:

RF disse...

Utilizei este cromo do Clint num post no meu blog sobre o Felgueiras de Jeus, creditando-a com um link para o vosso blog. Espero que não haja problema. Se houver, entrem em contacto para retirar a imagem. Obrigado e cumprimentos

cromosemcaderneta@gmail.com disse...

Com certeza que não há problema nenhum... até porque o "cromo" não é nossa pertença.
Para além do mais, tenho que vos agradecer a referência ao nosso trabalho. Aliás, e até porque acabei de o vistar, vou partilhar um link do vosso blog, na página que temos para tal.
Os melhores cumprimentos.

cromosemcaderneta@gmail.com disse...

Para os restantes leitores, este é o link para o artigo que, nos comentários anteriores, se faz referência.

http://quefeito.blogspot.co.uk/2014/11/os-discipulos-de-cruyff-no-felgueiras.html