1615 - TOMÁS

Seria como praticante das “escolas” do Sporting que Luís Tomás Martins Fernandes acabaria chamado aos trabalhos das jovens equipas sob a alçada da Federação Portuguesa de Futebol. A estreia com as cores lusas, no âmbito das disputas agendadas para a equipa de juniores, aconteceria pela mão de Peres Bandeira, a 22 de Março de 1977. Nesse jogo de preparação frente à Finlândia, onde também marcariam presença Zé Beto, Alberto Bastos Lopes, entre outros, o atleta, à altura a posicionar-se em lugares mais avançados do terreno, encetaria um trajecto a levá-lo a diferentes escalões e aos principais certames consignados às camadas de formação. O primeiro desses momentos seria a edição de 1978 do Torneio Internacional de Juniores da UEFA e no ano seguinte, ao dar seguimento a um trajecto no qual somaria 20 internacionalizações, surgiria a convocatória para o grupo arrolado ao Mundial sub-20 disputado no Japão.
Por altura do torneio nipónico, já o atleta tinha feito a estreia como sénior. Sem espaço em Alvalade, a oportunidade surgiria bem a norte, no Vianense. Mesmo a disputar a 2ª divisão de 1978/79, a verdade é que o jogador revelar-se-ia preparado para, na temporada subsequente, aceitar um desafio primodivisionário. No Beira-Mar, inicialmente orientado por Fernando Cabrita para, a partir da 18ª ronda do Campeonato Nacional, começar a trabalhar com Rodrigues Dias, o defesa-direito faria a estreia entre os “grandes”. Contudo, a sua passagem por Aveiro terminaria nos lugares de descida e com os homens do Estádio Mário Duarte a caminho do patamar secundário, Tomás voltaria a mudar de rumo.
A entrada na Académica de Coimbra na temporada de 1980/81 manteria o lateral nas contendas da 1ª divisão. Numa campanha deveras complicada para os “Estudantes”, a chegada de Mário Wilson, já com a época em andamento, não evitaria o último lugar da tabela classificativa e o consequente descalabrado da descida. Tomás, ainda assim, faria por merecer uma utilização com alguma regularidade. Seguir-se-iam 3 campanhas consecutivas nas contendas da 2ª divisão. Já o regresso ao escalão máximo dar-se-ia em 1984/85, com o atleta a apresentar-se como um dos titulares, mas a ser chamado preferencialmente ao sector intermediário. Ainda sob a alçada de Vítor Manuel, a época seguinte elevaria o médio à condição de capitão da “Briosa” e o jogador, daí em diante, passaria a ser aferido como uma das figurais centrais da colectividade beirã.
A temporada de 1987/88, a terminar um ciclo ininterrupto de 4 anos na 1ª divisão, devolveria à carreira de Tomás o cenário do patamar secundário. Após cumprir 2 campanhas no referido contexto competitivo, com 10 épocas ao serviço da “Briosa” e uma soma de 298 partidas disputadas com a camisola negra, sendo 147 a desempenhar as funções capitão, o jogador tomaria a decisão de deixar a agremiação conimbricense. Cimentado como um dos nomes históricos dos “Estudantes”, onde, pela inscrição no ISCAC, também daria corpo à mítica figura do atleta/estudante, seria a vez de o Penafiel surgir na sua carreira. Com o regresso ao convívio com os “grandes” intimamente ligado à escolha de Vítor Manuel para o comando técnico dos “Durienses”, o defesa emergiria como um elemento determinante nas manobras tácticas idealizadas para o clube rubro-negro. Durante a passagem de 3 anos pelo Estádio 25 de Abril, o atleta manter-se-ia como um jogador preponderante e com o fim da caminhada enquanto futebolista à espreita, tempo ainda para, em 1993/94, representar “Os Marialvas”.

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