Nascido na Guiné-Bissau, Samuel António da Silva Tavares Quina, seria descoberto, ainda no país natal, por Cavungi – “Ele tinha ido lá de férias e falou de mim ao treinador do Benfica. Pediram-me para ir lá fazer um treino e fiquei”*. Já em Lisboa, apesar do aspecto franzino, a inteligência apresentada pelo jovem defesa-central, permitir-lhe-ia usar outros atributos de forma bem discernida, com o principal destaque a emergir da velocidade. A revelar um notório crescimento, ainda como capitão dos juniores, as qualidades referidas levá-lo-iam a praticar com a primeira equipa das “Águias”. A atitude demonstrada agradaria aos responsáveis técnicos e numa altura em que ainda treinava nas equipas de formação dos “Encarnados”, Sven-Göran Eriksson chamá-lo-ia à estreia no conjunto principal.
Após o arranque pelos seniores, numa partida a contar para a edição de 1983/84 da Taça de Portugal, Samuel fixar-se-ia definitivamente no grupo principal. No entanto, com nomes como Oliveira, Humberto Coelho e António Bastos Lopes como competidores directos, novas oportunidades não surgiriam de imediato. Por outro lado, a partida frente ao Desportivo de Chaves abriria ao atleta as portas das equipas à guarda da Federação Portuguesa de Futebol. Com a primeira aparição a ocorrer a 15 de Fevereiro de 1984, essa partida a opô-lo aos sub-18 da Bélgica, contenda orientada por José Augusto, permitiria ao atleta encetar uma senda que, para além das pelejas cumpridas por diversos escalões de formação, encaminhá-lo-ia até à principal “camisola das quinas”. Nesse contexto competitivo, seria a 4 de Setembro de 1991, dessa feita pela mão de Carlos Queiroz, que pela primeira vez apareceria em campo. Seguir-se-iam, ao jogo com a congénere da Áustria, outras partidas e uma carreira que chegaria a somar um total de 27 internacionalizações, 5 das quais feitas pelo conjunto “A” de Portugal.
Regressando ao percurso clubístico de Samuel, a campanha a suceder à da sua estreia, já com Pal Csernai como treinador, revelaria o atleta a jogar com uma espantosa frequência. Nessa caminhada, ainda saberia manter o estatuto de titular na primeira época do regresso de John Mortimore à Luz. Todavia, a partir da campanha de 1986/87, primeiro pela chegada de Dito e de Edmundo, para depois enfrentar a concorrência dos internacionais brasileiros Mozer e Ricardo Gomes, o defesa-central voltaria a perder espaço no “onze” do Benfica. Seria, no entanto, com Eriksson de novo à frente as “Águias” que o jogador voltaria a participar com mais frequência nos embates da colectividade “alfacinha”. Porém, numa carreira que ficaria marcada por altos e baixos, 1990/91 marcaria mais uma temporada discreta e ditaria a consequente viagem, por empréstimo, até à cidade do Porto.
Ao serviço do plantel de 1991/92 do Boavista, Samuel edificaria uma campanha brilhante, a qual culminaria com a sua presença na final da Taça de Portugal e com a vitória frente ao FC Porto. Tais sucessos, alcançados pelos “Axadrezados”, abrir-lhe-iam, de novo, as portas da Luz. Contudo, mais uma vez, o jogador claudicaria perante a concorrência. Sem espaço, o final da campanha de 1992/93 marcaria, em definitivo, o termo da ligação entre o atleta e o “Glorioso”. Com o currículo recheado pela conquista de 3 Campeonatos Nacionais, 4 Taças de Portugal, 2 Supertaças e pela presença na final da Taça dos Clubes Campeões Europeus de 1989/90, onde, com o intuito de travar Ruud Gullit, jogaria na lateral esquerda, o defesa voltaria a viajar em direcção ao Norte e assinaria contrato com o Vitória Sport Clube.
Em Guimarães a partir de 1993/94, Samuel entraria na última fase da caminhada como futebolista. Depois de um par de épocas ao serviço dos homens da “Cidade Berço”, onde nunca chegaria a ser um nome habitual no “onze” dos “Conquistadores”, o defesa-central, integrado no plantel de 1995/96 do Tirsense, cumpriria a 13ª campanha consecutiva no escalão máximo luso. Seguir-se-iam as passagens pelo Odivelas, pelo Fanhões e fim da carreira com o termo das provas calendarizadas para 1998/99.
*retirado do artigo de Ricardo Gouveia, publicado a 19/02/2014, em https://maisfutebol.iol.pt
Após o arranque pelos seniores, numa partida a contar para a edição de 1983/84 da Taça de Portugal, Samuel fixar-se-ia definitivamente no grupo principal. No entanto, com nomes como Oliveira, Humberto Coelho e António Bastos Lopes como competidores directos, novas oportunidades não surgiriam de imediato. Por outro lado, a partida frente ao Desportivo de Chaves abriria ao atleta as portas das equipas à guarda da Federação Portuguesa de Futebol. Com a primeira aparição a ocorrer a 15 de Fevereiro de 1984, essa partida a opô-lo aos sub-18 da Bélgica, contenda orientada por José Augusto, permitiria ao atleta encetar uma senda que, para além das pelejas cumpridas por diversos escalões de formação, encaminhá-lo-ia até à principal “camisola das quinas”. Nesse contexto competitivo, seria a 4 de Setembro de 1991, dessa feita pela mão de Carlos Queiroz, que pela primeira vez apareceria em campo. Seguir-se-iam, ao jogo com a congénere da Áustria, outras partidas e uma carreira que chegaria a somar um total de 27 internacionalizações, 5 das quais feitas pelo conjunto “A” de Portugal.
Regressando ao percurso clubístico de Samuel, a campanha a suceder à da sua estreia, já com Pal Csernai como treinador, revelaria o atleta a jogar com uma espantosa frequência. Nessa caminhada, ainda saberia manter o estatuto de titular na primeira época do regresso de John Mortimore à Luz. Todavia, a partir da campanha de 1986/87, primeiro pela chegada de Dito e de Edmundo, para depois enfrentar a concorrência dos internacionais brasileiros Mozer e Ricardo Gomes, o defesa-central voltaria a perder espaço no “onze” do Benfica. Seria, no entanto, com Eriksson de novo à frente as “Águias” que o jogador voltaria a participar com mais frequência nos embates da colectividade “alfacinha”. Porém, numa carreira que ficaria marcada por altos e baixos, 1990/91 marcaria mais uma temporada discreta e ditaria a consequente viagem, por empréstimo, até à cidade do Porto.
Ao serviço do plantel de 1991/92 do Boavista, Samuel edificaria uma campanha brilhante, a qual culminaria com a sua presença na final da Taça de Portugal e com a vitória frente ao FC Porto. Tais sucessos, alcançados pelos “Axadrezados”, abrir-lhe-iam, de novo, as portas da Luz. Contudo, mais uma vez, o jogador claudicaria perante a concorrência. Sem espaço, o final da campanha de 1992/93 marcaria, em definitivo, o termo da ligação entre o atleta e o “Glorioso”. Com o currículo recheado pela conquista de 3 Campeonatos Nacionais, 4 Taças de Portugal, 2 Supertaças e pela presença na final da Taça dos Clubes Campeões Europeus de 1989/90, onde, com o intuito de travar Ruud Gullit, jogaria na lateral esquerda, o defesa voltaria a viajar em direcção ao Norte e assinaria contrato com o Vitória Sport Clube.
Em Guimarães a partir de 1993/94, Samuel entraria na última fase da caminhada como futebolista. Depois de um par de épocas ao serviço dos homens da “Cidade Berço”, onde nunca chegaria a ser um nome habitual no “onze” dos “Conquistadores”, o defesa-central, integrado no plantel de 1995/96 do Tirsense, cumpriria a 13ª campanha consecutiva no escalão máximo luso. Seguir-se-iam as passagens pelo Odivelas, pelo Fanhões e fim da carreira com o termo das provas calendarizadas para 1998/99.
*retirado do artigo de Ricardo Gouveia, publicado a 19/02/2014, em https://maisfutebol.iol.pt
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