1607 - PARENTE

Nascido a 8 de Abril de 1961, o destaque merecido às suas qualidades fariam com que Carlos Alberto Bastos Parente, ainda numa idade deveras precoce, fosse chamado aos trabalhos da equipa sénior do Sintrense. No entanto, essa temporada de 1977/78 não acabaria marcada apenas por esse fantástico feito. Mesmo a competir na 2ª divisão, também da Federação Portuguesa de Futebol haveriam de reparar no seu talento e o jovem médio, a 4 de Fevereiro de 1978 e no âmbito dos actuais sub-16, participaria, convocado por Peres Bandeira, numa partida de Portugal frente à Bélgica.
Ao evidenciar-se pelos passos relatados no parágrafo anterior, Parente teria na equipa de juniores do Benfica o passo seguinte da carreira. Porém, depois de um ano nas “escolas” dos “Encarnados”, na época de 1979/80 o médio-centro apareceria, treinado por José Torres, ao serviço do conjunto principal do Estoril Praia. Seguir-se-ia, mantendo-se o atleta nas pelejas da 1ª divisão, a Académica de Coimbra. Para infelicidade do jogador, a temporada de estreia na “Cidade dos Estudantes”, tal como tinha acontecido na agremiação da Linha de Cascais, terminaria com a descida do conjunto por si defendido. Na sequência do aludido desaire, as 3 campanhas subsequentes seriam passadas no 2º escalão e tal cenário só viria a modificar-se com nova mudança de clube.
Na chegada ao Boavista, Parente voltaria a trabalhar sob a alçada de Mário Wilson, o seu primeiro treinador na Académica de Coimbra. A justificar a contratação dos “Axadrezados”, essa temporada de 1984/85, muito mais do que devolver o centrocampista às contendas primodivisionárias, levá-lo-ia a ser tido como um dos grandes destaques do conjunto portuense. Contudo, contrariamente à evolução revelada até aí, a época seguinte, por razões que não consegui aferir, transformar-se-ia num autêntico ocaso para o jogador. Aliás, a titularidade, de forma inquestionável, recuperá-la-ia apenas em 1987/88, mas ainda a tempo de proporcionar para a sua carreira outro feito de contornos inolvidáveis.
Ao dar seguimento a uma série de chamadas às mais diversas selecções portuguesas, incluindo, nessas convocatórias, a participação no Mundial sub-20 de 1979, o jogador, a 11 de Novembro de 1987, teria a oportunidade de fazer a estreia com a principal “camisola das quinas”. Nessa partida frente à Suíça, a contar para a Fase de Apuramento do Euro 88, o médio-centro entraria em campo pela mão de Juca. Seguir-se-ia, ainda no âmbito da mesma qualificação, a contenda frente à Itália e, como resultado da última partida mencionada, num total de 25 internacionalizações, Parente ficaria também a contar com 2 jogos efectuados pelos “AA” de Portugal.
No que diz respeito ao percurso clubístico, Parente teria no Boavista o emblema mais representativo da sua caminhada profissional. Com os “Axadrezados” a lutar pelos lugares cimeiros das diferentes competições internas, os grandes destaques desse trajecto de 7 temporadas ao serviço das “Panteras Negras”, viriam com as várias participações nas competições sob a intendência da UEFA e com o 3º lugar, conquistado no termo da campanha de 1988/89, no Campeonato Nacional. Depois, sempre nas pelejas da 1ª divisão, surgiriam os 3 anos com as cores do Salgueiros. Por fim, como o derradeiro capítulo de um trajecto com laivos de enorme brilhantismo, emergiria a época de 1994/95 cumprida ao serviço do Marco.

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