253 - BALAKOV

Temos que concordar que só os mais afincados adeptos têm a capacidade para acompanhar o futebol da Bulgária. Foram esses, de certeza, os únicos que, em 1990/91, deram pela surpreendente prestação do FC Etar no Campeonato. Pois bem, quem também parece que estava atento ao evoluir de um internacional búlgaro que, por essa altura, jogava no referido país do leste europeu, foi Sousa Cintra. É verdade que poderá não ter sido o Presidente do Sporting a descobri-lo, mas o que interessa à nossa história é que foi ele que contratou e apresentou o jogador à massa adepta leonina.
O emblema da cidade de Veliko Tarnovo acabou mesmo por ser campeão temporada aludia no parágrafo anterior. No entanto, aquando do cerrar do feito, Balakov, com a mudança a consumar-me em Janeiro de 1991, já estava em Lisboa. Diga-se que em boa hora o fez. Para o médio-ofensivo, que contava 24 anos, foi a maneira de dar um salto qualitativo na carreira. Por outro lado, para o Sporting, a transferência, indubitavelmente, acrescentou muita qualidade ao grupo de trabalho.
A partir do momento da sua chegada, o jogador começou a ganhar fãs. Entre fintas estonteantes, passes cirúrgicos e pontapés bombásticos, Balakov, a cada novo desafio, desvendava novas habilidades. Muitos foram os lances do médio que ficaram na memória dos adeptos. Todavia, por razões que extravasam o futebol, há jogadas que acabam por ser mais curiosas do que outras. Uma delas passou-se no “derby” maior da capital, na época de 1992/93. Com o encontro entre o Sporting e o Benfica ainda no começo, 12 segundos foram mais que suficientes para o atleta desferir um potente remate que inclinou o “placard” para o emblema de Alvalade. O caricato disto tudo, passou-se com a emissão da SIC, naquela que foi a primeira transmissão em directo de uma partida de futebol ao cargo do canal televisivo. Como recordou Rui Miguel Tovar no livro “101 Cromos da Bola” – “o canal privado, que se estreava naquele dia nos jogos televisivos, só mostrou a nuvem de fumo dos petardos que a claque benfiquista tinha lançado".
Balakov deixou o Sporting findos 5 anos. Na bagagem levou apenas a Taça de Portugal conquistada na derradeira temporada passada em Portugal, 1994/95. Numa altura em que o 4º lugar conquistado pela sua selecção no Mundial organizado nos Estado Unidos da América em 1994, já tinha posto o médio, em definitivo, nas "bocas do Mundo", o próximo desafio passou a ser o de vencer troféus ao serviço do Stuttgart. Efectivamente faltaram alguns títulos nessa passagem pela Bundesliga. Ainda assim, ao fim de 8 épocas na aventura germânica, o saldou do jogador foi a vitória numa Taça da Alemanha, em 2 Taças Intertoto e, também com a sua importância, a presença na final da Taça dos Vencedores das Taças de 1998.
Já como treinador a sua carreira não tem sido tão virtuosa quanto a vivida nos relvados. Depois de ter começado como adjunto no Stuttgart, estreou-se como técnico-principal, embora acumulando também as funções de jogador, nos germânicos do VFC Plauen. Após passagens pelos suíços do St. Gallen e do Grasshoppers, pelo seu país natal ao serviço do Chernomorets e pelos croatas do Hajduk Split, Balakov regressou este ano à Alemanha, onde, nem passados 2 meses, foi despedido do Kaiserslautern.

2 comentários:

Anónimo disse...

O nome do jogador está mal escrito no cromo.

cromosemcaderneta@gmail.com disse...

Mas olhe que isto de mal escrito, no caso de Balakov, não é caso único. Muitos foram os cromos deste jogador que vieram com "c". Penso que terá essencialmente a ver com interpretações de como transcrever o nome do alfabeto cirílico!!!