299 - MINER


O clube que, na segunda metade dos anos de 1990 iniciou a "moda" de importar jogadores do outro lado da fronteira, pelo menos de uma forma mais afincada, foi o Desportivo de Chaves. Um dos primeiros atletas que, nessa leva, veio a juntar-se ao plantel transmontano, preparava a colectividade flaviense a temporada de 1995/96, foi Miner.
O centrocampista, apesar de praticamente desconhecido para o público em geral, já tinha um passado na “La Liga”, a representar o Sporting Gijon. Formado nas escolas do emblema asturiano, onde teve a companhia do irmão mais novo David García, Miner começou por ser um dos elementos mais utilizados durante a época de estreia na equipa principal, a de 1993/94. No entanto, esse cenário acabou por inverter-se na temporada seguinte e, com as poucas presenças em campo, o atleta tomou a decisão de abandonar o “El Molinón” para encetar uma grande aventura pelo futebol luso.
Em Portugal, Miner apresentou-se como um médio-ofensivo com tendência para aparecer em zonas de finalização. Ao cair tanto para a direita, como a jogar a “número 10”, essa propensão mais atacante, mesmo tendo em conta que a sua principal função era a de municiador, valeu-lhe, na época de estreia em Trás-os-Montes, alguns golos. Essa campanha de 1995/96 acabou por ser, provavelmente, a melhor do atleta em provas lusas. Não quero dizer que as temporadas seguintes tivessem sido medíocres. A verdade é que o futebolista nem nos dois anos seguintes, ao fim dos quais e com descida do clube abandonou os flavienses, nem depois quando vestiu a camisola do Alverca ou a do Santa Clara conseguiu fazer má-figura. Há sempre a excepção e os dois últimos anos no emblema açoriano foram uma travessia no deserto e o encetar da fase descendente da sua vida como profissional de futebol. A partir dessa altura o espanhol começou a vogar pelas divisões inferiores, primeiro ao serviço do União Micaelense e, por fim, de volta ao país natal onde, em 2009, pôs um ponto final na carreira.

Sem comentários: