Após a estreia no Botafogo e da passagem pelo Cruzeiro, Fabiano Soares sagrar-se-ia campeão "estadual" de São Paulo, ao serviço do São José. Com o título conquistado, o médio, com tendências ofensivas, começaria a ser cobiçado por clubes europeus. A verdade é que a colectividade a afigurar-se como a principal candidata à sua contratação, não era um “colosso”. Ainda assim, o Celta de Vigo, como um dos habituais emblemas na luta pela permanência, não deixava de ser um dos participantes de uma das melhores ligas mundiais. Tal facto transformaria a proposta em algo muito tentador e o jogador, na campanha de 1989/90, acabaria por deixar o Brasil em direcção à Galiza.
Apesar da experiência acumulada, a adaptação do brasileiro não seria nada fácil. Por um lado, surgiriam os problemas pessoais resultantes da recente morte do progenitor. Por outro, as questões desportivas, onde o Celta emergiria com uma tremenda incapacidade para cumprir os objectivos propostos – “Não me correu nada bem, o meu pai tinha falecido e tive que deixar a minha mãe sozinha no Brasil; a equipa não avançava e passaram vários treinadores, desde Novoa até Maguregui, o que fez com que me custasse bastante adaptar-me ao futebol espanhol”*.
Porém, depois da despromoção com o termo da temporada de 1989/90, o Celta e Fabiano pareciam estar encontrar o rumo certo. O clube, ao ficar em primeiro lugar na 2ª divisão de 1991/92, conseguiria, novamente, garantir um lugar no patamar maior do futebol espanhol. Para Fabiano tudo também aparentava correr bem, com uma proposta de renovação de contrato a ser apresentada pela direcção dos galegos. No entanto, para o jogador o desfecho acabaria por ser diferente do esperado - "Eu queria ficar (…) falei com Salvador González [vice-presidente] e chegámos a um acordo para renovar por três temporadas. Mas logo o presidente [Núñez] disse-me para esperar umas semanas e que, mais tarde, no final da temporada decidiria. Núñez faltou à sua palavra e eu disse-lhe que não iria esperar até Junho"*.
Após esse episódio, Fabiano decidiria, em 1992/93, assinar pelo Compostela. Durante as 10 temporadas a representar o emblema de Santiago – com um intervalo entre 2001 e 2002, onde voltaria a vestir a camisola do Botafogo – o médio tornar-se-ia num dos maiores símbolos da colectividade galega. Subiria à 1ª Liga; viveria, nesse escalão, os melhores anos da história do clube; e pela maneira inteligente como, em cada desafio, faria passar pelos seus pés o jogo da equipa, o atleta transformar-se-ia num dos favoritos da massa adepta. Nesse contexto, o forte laço construído, mesmo com uma grave crise financeira a afectar o emblema espanhol, alimentaria a ligação entre o jogador e o clube, a qual duraria até 2002/03. Seguir-se-ia, como a derradeira época da sua careira de futebolista, a transferência para o plantel de 2003/04 do Racing Ferrol.
Claro está que o "bichinho" pela modalidade não morreria. Ao continuar ligado ao futebol, Fabiano Freitas haveria de começar a sua actividade como treinador, a qual, em 2009/10, haveria de pô-lo de novo, dessa feita como responsável máximo técnico pela equipa, no rumo do Compostela. Já a partir de 2011/12, o antigo médio passaria a fazer parte da equipa técnica do Estoril Praia. Como adjunto de Marco Silva, tornar-se-ia num dos responsáveis pelas boas campanhas do emblema da Linha de Cascais nos últimos anos, nomeadamente, a subida à 1ª divisão e, mais recentemente, a qualificação para as provas sob a alçada da UEFA.
*retirado do artigo de Marcos L. Bacariza, publicado em http://www.yojugueenelcelta.com, a 01/05/2008
Apesar da experiência acumulada, a adaptação do brasileiro não seria nada fácil. Por um lado, surgiriam os problemas pessoais resultantes da recente morte do progenitor. Por outro, as questões desportivas, onde o Celta emergiria com uma tremenda incapacidade para cumprir os objectivos propostos – “Não me correu nada bem, o meu pai tinha falecido e tive que deixar a minha mãe sozinha no Brasil; a equipa não avançava e passaram vários treinadores, desde Novoa até Maguregui, o que fez com que me custasse bastante adaptar-me ao futebol espanhol”*.
Porém, depois da despromoção com o termo da temporada de 1989/90, o Celta e Fabiano pareciam estar encontrar o rumo certo. O clube, ao ficar em primeiro lugar na 2ª divisão de 1991/92, conseguiria, novamente, garantir um lugar no patamar maior do futebol espanhol. Para Fabiano tudo também aparentava correr bem, com uma proposta de renovação de contrato a ser apresentada pela direcção dos galegos. No entanto, para o jogador o desfecho acabaria por ser diferente do esperado - "Eu queria ficar (…) falei com Salvador González [vice-presidente] e chegámos a um acordo para renovar por três temporadas. Mas logo o presidente [Núñez] disse-me para esperar umas semanas e que, mais tarde, no final da temporada decidiria. Núñez faltou à sua palavra e eu disse-lhe que não iria esperar até Junho"*.
Após esse episódio, Fabiano decidiria, em 1992/93, assinar pelo Compostela. Durante as 10 temporadas a representar o emblema de Santiago – com um intervalo entre 2001 e 2002, onde voltaria a vestir a camisola do Botafogo – o médio tornar-se-ia num dos maiores símbolos da colectividade galega. Subiria à 1ª Liga; viveria, nesse escalão, os melhores anos da história do clube; e pela maneira inteligente como, em cada desafio, faria passar pelos seus pés o jogo da equipa, o atleta transformar-se-ia num dos favoritos da massa adepta. Nesse contexto, o forte laço construído, mesmo com uma grave crise financeira a afectar o emblema espanhol, alimentaria a ligação entre o jogador e o clube, a qual duraria até 2002/03. Seguir-se-ia, como a derradeira época da sua careira de futebolista, a transferência para o plantel de 2003/04 do Racing Ferrol.
Claro está que o "bichinho" pela modalidade não morreria. Ao continuar ligado ao futebol, Fabiano Freitas haveria de começar a sua actividade como treinador, a qual, em 2009/10, haveria de pô-lo de novo, dessa feita como responsável máximo técnico pela equipa, no rumo do Compostela. Já a partir de 2011/12, o antigo médio passaria a fazer parte da equipa técnica do Estoril Praia. Como adjunto de Marco Silva, tornar-se-ia num dos responsáveis pelas boas campanhas do emblema da Linha de Cascais nos últimos anos, nomeadamente, a subida à 1ª divisão e, mais recentemente, a qualificação para as provas sob a alçada da UEFA.
*retirado do artigo de Marcos L. Bacariza, publicado em http://www.yojugueenelcelta.com, a 01/05/2008
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