Com os amigos do Prior Velho, zona na periferia da cidade de Lisboa, Francisco Barão começa a jogar à bola. Sobre a égide de "Os Guadianas" e treinado pelo seu pai, é numa dessas partidas que acaba por ser descoberto pelos "olheiros" do Sporting. Entra para as camadas jovens do clube de Alvalade e ainda com a idade de júnior, faz a sua estreia pela equipa principal.
É esse jogo da Taça de Portugal (1975/76), frente ao Sesimbra, que acaba por marcar o início de um percurso inesquecível de "Leão" ao peito. Contudo, e apesar de todos os adeptos o recordarem como um bom jogador, a sua vida no Sporting vestir-se-ia de alguma irregularidade. Alternando algumas temporadas de muita utilização, com outras em que parecia vetado ao esquecimento, ainda assim, Barão era um elemento importante dentro do plantel. Uma das características que lhe assegurava esse estatuto, para além da forma incansável como disputava cada lance, era a sua polivalência. Tanto no meio campo, onde começou a ser mais utilizado, como nas laterias da defesa, posições onde se consagraria, Barão era, como já o mencionei, um símbolo de combatividade. Essa sua grande arma acabaria por ser uma mais-valia para o Sporting, entre os finais dos anos 70 e o começo dos anos 80. 2 Campeonatos Nacionais (1979/80; 1981/82), 2 Taças de Portugal (1977/78; 1981/82) e 1 Supertaça (1982/83) seriam o saldo, no que a títulos diz respeito, da ligação de Barão com emblema leonino.
Apesar da sua, aqui referida, inconstante utilização, o começo da época de 1983/84, não deixaria de trazer uma pequena surpresa, quando o defesa decide trocar de clube - "Com a entrada do Manuel José como treinador, no Portimonense foi elaborada uma lista de jogadores como possíveis reforços, dessa lista constava o meu nome. Após várias reuniões chegámos a acordo"*. No Algarve encontrar-se-ia com atletas como Cadorin, Vítor Damas, Skoda, Simões, Coelho, Rui Águas, entre outros. Ora, num grupo tão forte, onde pontuavam tantos internacionais, o triunfo da equipa era algo inevitável. Esse mesmo sucesso acabaria por ser conquistado na temporada de 1984/85, quando o Portimonense, depois de atingir o 5º lugar na tabela classificativa, consegue a qualificação para as provas organizadas pela UEFA. Ironicamente, e se para a equipa tudo corria de feição, para o jogador, principalmente no plano físico, algo havia de assombrar este êxito. Uma grave lesão nos ligamentos e, depois de esta estar sanada, uma outra a nível do menisco, haveriam de o manter afastado dos relvados, nessa mesma temporada de 1984/85, por mais de um ano.
Recuperaria ainda a tempo de, na época seguinte, disputar as duas partidas da eliminatória frente ao Partizan de Belgrado. No entanto, as marcas deixadas por este episódio, fariam com que o atleta, no Verão de 1988, e com apenas 31 anos, acabasse por "pendurar as chuteiras".
Seguiu-se, ainda no Portimonense, a passagem para a vida de treinador. Hoje em dia, já com uma longa carreira na função, feita, essencialmente, de passagens por equipas dos escalões secundários, tem no trabalho o seu maior valor. Apesar de apresentar um trajecto discreto, o reconhecimento como técnico acabaria por no ano passado (2013/14), garantir o regresso ao seu clube de sempre - "Voltar ao Sporting era algo que há muito estava no meu pensamento, pois o meu coração é verde"**. Foi também pela porta dos "bb" leoninos que Barão, já esta temporada, acabaria por se assumir como o timoneiro principal da dita equipa. Contudo, e apesar da inegável paixão com que se entregou à tarefa, o atribulado começo do Campeonato, valeu-lhe nova "despromoção", ocupando, mais uma vez, as funções de adjunto.
* retirado da entrevista ao "Blog do Portimonense" (http://blogdoportimonense.blogspot.com/)
** retirado do "Jornal do Sporting"; a 31/10/2013
É esse jogo da Taça de Portugal (1975/76), frente ao Sesimbra, que acaba por marcar o início de um percurso inesquecível de "Leão" ao peito. Contudo, e apesar de todos os adeptos o recordarem como um bom jogador, a sua vida no Sporting vestir-se-ia de alguma irregularidade. Alternando algumas temporadas de muita utilização, com outras em que parecia vetado ao esquecimento, ainda assim, Barão era um elemento importante dentro do plantel. Uma das características que lhe assegurava esse estatuto, para além da forma incansável como disputava cada lance, era a sua polivalência. Tanto no meio campo, onde começou a ser mais utilizado, como nas laterias da defesa, posições onde se consagraria, Barão era, como já o mencionei, um símbolo de combatividade. Essa sua grande arma acabaria por ser uma mais-valia para o Sporting, entre os finais dos anos 70 e o começo dos anos 80. 2 Campeonatos Nacionais (1979/80; 1981/82), 2 Taças de Portugal (1977/78; 1981/82) e 1 Supertaça (1982/83) seriam o saldo, no que a títulos diz respeito, da ligação de Barão com emblema leonino.
Apesar da sua, aqui referida, inconstante utilização, o começo da época de 1983/84, não deixaria de trazer uma pequena surpresa, quando o defesa decide trocar de clube - "Com a entrada do Manuel José como treinador, no Portimonense foi elaborada uma lista de jogadores como possíveis reforços, dessa lista constava o meu nome. Após várias reuniões chegámos a acordo"*. No Algarve encontrar-se-ia com atletas como Cadorin, Vítor Damas, Skoda, Simões, Coelho, Rui Águas, entre outros. Ora, num grupo tão forte, onde pontuavam tantos internacionais, o triunfo da equipa era algo inevitável. Esse mesmo sucesso acabaria por ser conquistado na temporada de 1984/85, quando o Portimonense, depois de atingir o 5º lugar na tabela classificativa, consegue a qualificação para as provas organizadas pela UEFA. Ironicamente, e se para a equipa tudo corria de feição, para o jogador, principalmente no plano físico, algo havia de assombrar este êxito. Uma grave lesão nos ligamentos e, depois de esta estar sanada, uma outra a nível do menisco, haveriam de o manter afastado dos relvados, nessa mesma temporada de 1984/85, por mais de um ano.
Recuperaria ainda a tempo de, na época seguinte, disputar as duas partidas da eliminatória frente ao Partizan de Belgrado. No entanto, as marcas deixadas por este episódio, fariam com que o atleta, no Verão de 1988, e com apenas 31 anos, acabasse por "pendurar as chuteiras".
Seguiu-se, ainda no Portimonense, a passagem para a vida de treinador. Hoje em dia, já com uma longa carreira na função, feita, essencialmente, de passagens por equipas dos escalões secundários, tem no trabalho o seu maior valor. Apesar de apresentar um trajecto discreto, o reconhecimento como técnico acabaria por no ano passado (2013/14), garantir o regresso ao seu clube de sempre - "Voltar ao Sporting era algo que há muito estava no meu pensamento, pois o meu coração é verde"**. Foi também pela porta dos "bb" leoninos que Barão, já esta temporada, acabaria por se assumir como o timoneiro principal da dita equipa. Contudo, e apesar da inegável paixão com que se entregou à tarefa, o atribulado começo do Campeonato, valeu-lhe nova "despromoção", ocupando, mais uma vez, as funções de adjunto.
* retirado da entrevista ao "Blog do Portimonense" (http://blogdoportimonense.blogspot.com/)
** retirado do "Jornal do Sporting"; a 31/10/2013
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