Tendo começado a prática do futebol em França, país para onde os pais tinham emigrado, o seu regresso a Portugal dar-se-ia pelas portas do Benfica. Contudo, tal como acontece com tantos outros jovens saídos das escolas "encarnadas", Nascimento, na transição para sénior, acabaria por não conseguir garantir um lugar no plantel principal.
Na União de Leiria, o médio faria o seu baptismo na Primeira Divisão (1979/80). Acontece que a prestação da equipa nesse ano, haveria de ficar aquém daquilo que, por certo, seria o esperado pelos seus responsáveis, acabando por cair na despromoção. A descida, negativa como sempre, acabaria, no entanto, por dar um empurrão na carreira de Nascimento. Pouco utilizado nessa sua temporada de estreia, o médio, com a busca de novas soluções desportivas para a equipa, acaba ter um papel importante na recuperação da mesma.
Seria já como o motor do meio-campo leiriense que Nascimento regressa aos maiores palcos do nosso futebol. Possante, combativo e com uma resistência inesgotável, o atleta afirma-se como um dos jogadores mais interessantes do nosso Campeonato. Apesar de mostrar algumas debilidades a nível técnico, a sua postura dentro das quatro linhas permitia disfarçar outro tipo de fraquezas. Ora, essas suas qualidades acabariam por ser determinantes, visto que a União de Leiria voltaria a fazer uma campanha desastrosa (1981/82), para que Nascimento conseguisse manter o seu lugar nos maiores palcos do desporto nacional.
Quem viria a apostar no jovem centrocampista, acabaria por ser o Vitória de Setúbal. No seio de uma equipa que juntava jogadores consagrados (Octávio Machado; Jorge Martins; Jorge Jesus; Baltemar Brito) com um grupo de jovens muito promissores (Edmundo; Sobrinho; Hernâni; Jorge Plácido; Nunes), Nascimento haveria de se mostrar, como para o resto da sua vida desportiva, como uma das peças mais importantes dos "Sadinos".
E se foi na "Cidade do Sado" que Nascimento recebeu o reconhecimento dos seus pares, seria sobre a égide de outro Vitória que atingiria a consagração como futebolista. De malas aviadas para Guimarães, o trajecto do jogador haveria de alcançar os melhores momentos. Seria, então, pelos minhotos que se estrearia nas competições da UEFA; seria, também, durante o tempo que envergou o emblema de D.Afonso Henriques que haveria de ser chamado à selecção "A" portuguesa.
Mas apesar da admiração que conseguiria alcançar entre colegas de equipa e massa adepta, a sua saída acabaria por ficar ensombrada pela polémica. Ora, ao fim de quatro anos como um dos melhores do clube e, ainda por cima, tendo nessa época de 1988/89 envergado a braçadeira de capitão, era lógico que a renovação era uma prioridade para a direcção. O pior é que o atleta, até à data do fim do seu contrato, recusar-se-ia a assinar um novo contrato. Pimenta Machado, o Presidente, considerando tal acto como uma traição ao clube, e acabaria por pô-lo na lista das "personae non gratae" e proibir o seu regresso ao Vitória.
A explicação para este episódio revelar-se-ia pouco tempo depois, quando Nascimento assina pelo FC Porto (1989/90). Mas numa equipa que ainda vivia do brilho da Taça dos Campeões Europeus de 1987, ganhar um lugar no "onze" inicial, não era tarefa fácil. Para Nascimento estas dificuldades reflectir-se-iam na pouca quantidade de jogos em que seria utilizado. Já no final da temporada, o desfecho foi o esperado, com o jogador a ser incluído na lista de dispensas.
Já com 30 anos feitos, e depois da saída das Antas como campeão nacional, Nascimento preparava-se para a última fase da sua vida nos relvados. Ainda na 1ª Divisão, faz ao serviço do Tirsense uma época de bom nível. De seguida vem o escalão secundário, primeiro ainda ao serviço dos "Jesuítas" e, por fim, como uma derradeira "perninha" pelos do Amora.
Foi um curto interregno que separou a sua vida de futebolista com um novo papel no futebol. Daí em diante faria carreira como adjunto. No entanto, ao fim de cerca de duas décadas ao lado de Manuel Cajuda, Nascimento decidiu ser a hora de seguir o seu próprio caminho. Começou nos escalões secundários e, esta temporada (2014/15) abraçou o projecto do Atlético. Na Liga 2, tenta recuperar o emblema lisboeta de uma fase complicada. A nível desportivo, os de Alcântara têm a cabeça à tona da água. Contudo, numa competição tão aguerrida, antevêem-se dificuldades para o antigo internacional.
Na União de Leiria, o médio faria o seu baptismo na Primeira Divisão (1979/80). Acontece que a prestação da equipa nesse ano, haveria de ficar aquém daquilo que, por certo, seria o esperado pelos seus responsáveis, acabando por cair na despromoção. A descida, negativa como sempre, acabaria, no entanto, por dar um empurrão na carreira de Nascimento. Pouco utilizado nessa sua temporada de estreia, o médio, com a busca de novas soluções desportivas para a equipa, acaba ter um papel importante na recuperação da mesma.
Seria já como o motor do meio-campo leiriense que Nascimento regressa aos maiores palcos do nosso futebol. Possante, combativo e com uma resistência inesgotável, o atleta afirma-se como um dos jogadores mais interessantes do nosso Campeonato. Apesar de mostrar algumas debilidades a nível técnico, a sua postura dentro das quatro linhas permitia disfarçar outro tipo de fraquezas. Ora, essas suas qualidades acabariam por ser determinantes, visto que a União de Leiria voltaria a fazer uma campanha desastrosa (1981/82), para que Nascimento conseguisse manter o seu lugar nos maiores palcos do desporto nacional.
Quem viria a apostar no jovem centrocampista, acabaria por ser o Vitória de Setúbal. No seio de uma equipa que juntava jogadores consagrados (Octávio Machado; Jorge Martins; Jorge Jesus; Baltemar Brito) com um grupo de jovens muito promissores (Edmundo; Sobrinho; Hernâni; Jorge Plácido; Nunes), Nascimento haveria de se mostrar, como para o resto da sua vida desportiva, como uma das peças mais importantes dos "Sadinos".
E se foi na "Cidade do Sado" que Nascimento recebeu o reconhecimento dos seus pares, seria sobre a égide de outro Vitória que atingiria a consagração como futebolista. De malas aviadas para Guimarães, o trajecto do jogador haveria de alcançar os melhores momentos. Seria, então, pelos minhotos que se estrearia nas competições da UEFA; seria, também, durante o tempo que envergou o emblema de D.Afonso Henriques que haveria de ser chamado à selecção "A" portuguesa.
Mas apesar da admiração que conseguiria alcançar entre colegas de equipa e massa adepta, a sua saída acabaria por ficar ensombrada pela polémica. Ora, ao fim de quatro anos como um dos melhores do clube e, ainda por cima, tendo nessa época de 1988/89 envergado a braçadeira de capitão, era lógico que a renovação era uma prioridade para a direcção. O pior é que o atleta, até à data do fim do seu contrato, recusar-se-ia a assinar um novo contrato. Pimenta Machado, o Presidente, considerando tal acto como uma traição ao clube, e acabaria por pô-lo na lista das "personae non gratae" e proibir o seu regresso ao Vitória.
A explicação para este episódio revelar-se-ia pouco tempo depois, quando Nascimento assina pelo FC Porto (1989/90). Mas numa equipa que ainda vivia do brilho da Taça dos Campeões Europeus de 1987, ganhar um lugar no "onze" inicial, não era tarefa fácil. Para Nascimento estas dificuldades reflectir-se-iam na pouca quantidade de jogos em que seria utilizado. Já no final da temporada, o desfecho foi o esperado, com o jogador a ser incluído na lista de dispensas.
Já com 30 anos feitos, e depois da saída das Antas como campeão nacional, Nascimento preparava-se para a última fase da sua vida nos relvados. Ainda na 1ª Divisão, faz ao serviço do Tirsense uma época de bom nível. De seguida vem o escalão secundário, primeiro ainda ao serviço dos "Jesuítas" e, por fim, como uma derradeira "perninha" pelos do Amora.
Foi um curto interregno que separou a sua vida de futebolista com um novo papel no futebol. Daí em diante faria carreira como adjunto. No entanto, ao fim de cerca de duas décadas ao lado de Manuel Cajuda, Nascimento decidiu ser a hora de seguir o seu próprio caminho. Começou nos escalões secundários e, esta temporada (2014/15) abraçou o projecto do Atlético. Na Liga 2, tenta recuperar o emblema lisboeta de uma fase complicada. A nível desportivo, os de Alcântara têm a cabeça à tona da água. Contudo, numa competição tão aguerrida, antevêem-se dificuldades para o antigo internacional.
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