568 - BARRY WELLINGS

Produto das escolas do Everton, Barry Wellings, tal como tantos que saem da "formação" dos clubes, não conseguiria as chances que, por certo, ele pensaria merecer. Ao fim de algum tempo a jogar pelas "reservas" de Goodison Park, o atacante, sem conseguir um lugar no plantel principal, decide avançar para uma aposta arriscada.
É assim que, no Verão de 1978, o futebolista deixa a cidade de Liverpool. Assina pelo modesto York e, deixando o sonho primodivisionário para trás, passa a alinhar no quarto escalão inglês. Com esta mudança, Barry, acima de tudo, procurava relançar a sua vida profissional. Começa a jogar com mais regularidade e, como é pedido a alguém da sua posição, até vai marcando alguns golos. Contudo, e ao invés do que seria normal para as ambições de alguém vindo de um "histórico", as metas do seu novo emblema mantê-lo-iam afastado de demandas mais vitoriosas.
Talvez à procura de outros objectivos, o atacante, ao fim de duas temporadas, muda-se para o Rochdale. Ainda que na mesma divisão, não lhe faltariam oportunidades para que conseguisse catapultar a sua carreira. Ainda assim, e mesmo com a regularidade com que passa a ser chamado ao alinhamento inicial, os números que apresentava acabariam por não abonar muito em seu favor.
Com fama de perdulário, Barry Wellings vê o seu espaço a reduzir-se. Deixa o clube e, durante os tempos seguintes, começa a deambular por uma série de diferentes emblemas. Seria nesta senda, e já depois de vestir as cores de Tranmere Rovers, Northwich Victoria, Oswestry Town e Swansea, que a melhor oportunidade da sua vida chegaria.
Sendo um completo desconhecido do futebol português, terá sido com espanto que os adeptos da Académica de Coimbra, ia adiantada a temporada de 1984/85, vêem, como reforço para o sector mais ofensivo da equipa, ser anunciado o seu nome. Depois de um resto de época não muito esplendoroso, é já na campanha seguinte que o avançado nascido em Liverpool, vê o seu estatuto mudar. Raçudo, sem nunca virar a cara a um lance, Barry (por esta altura já tinha perdido o sobrenome!) começa a ser estimado pela sua faceta batalhadora. E se entre a massa adepta da briosa, a sua fama crescia exponencialmente, entre os responsáveis pelo departamento técnico, a sua cotação também era a melhor.
Aproveitando as suas características guerreiras, alguns dos treinadores começam a chamá-lo para posições mais recuadas do terreno. Tanto no ataque, como no centro do terreno, as suas exibições eram dignas da titularidade. Sendo um dos mais utilizados, muito haveria de contribuir para as temporadas que os “Estudantes” passariam na Primeira Divisão.
Seria já depois deste seu período em Portugal, onde, também experimentaria o sabor da despromoção, que Barry voltaria ao seu país natal. Numa fase descente da sua carreira, e depois de um ano, aparentemente, sabático, o avançado assina pelo Southport. Joga durante mais uns tempos nos patamares amadores de Inglaterra, e, já nos anos 90, acaba por decidir-se pela reforma.

1 comentário:

Anónimo disse...

Grande Barry...
ainda me lembro da sua cabeleira loura a andar por coimbra num Escort XR3i...