Tendo, para a temporada de 1988/89, chegado ao Desportivo de Chaves como um dos reforços da equipa, Filgueira, por essa altura, ainda era um perfeito desconhecido do futebol português. Contratado ao Brasília, o currículo que o atleta apresentava, em nada fazia adivinhar que o seu futuro profissional acabasse por ser tão brilhante. Contudo, o defesa rapidamente haveria de encaminhar o seu percurso na direcção do sucesso.
Com 21 anos e, ainda por cima, vindo de uma realidade futebolística um tanto diferente, por certo, poucos esperariam que Filgueira conseguisse afirmar-se de uma forma tão convicta. A verdade é que a estreia na Primeira Divisão portuguesa em nada amedrontou o central. Fazendo dupla com jogadores mais experientes, tal como Manuel Correia ou o brasileiro Jorginho, a presença no "onze" flaviense torna-se, rapidamente, numa constante. A sua capacidade defensiva, sinónimo de uma maneira abnegada de encarar o jogo, faziam dele uma das pedras basilares dos transmontanos. Essa solidez acabaria por ser um dos segredos para que o emblema, na pós-presença nas competições europeias, conseguisse completar aquele que seria o melhor ciclo da sua história.
No entanto, com o Desportivo de Chaves a descer de divisão em 1993/94, Filgueira, já com a época a decorrer, decide trocar de morada. A mudança que o levaria à cidade de Setúbal, faria com que o atleta conseguisse manter-se no escalão máximo do futebol nacional. Aliás, essa seria uma (quase) constante da sua carreira. Tanto nos sadinos, como já depois no Funchal, com as cores do Marítimo, Filgueira consolidar-se-ia como um atleta de "Primeira" e, justamente, um dos melhores do nosso campeonato.
Outro aspecto que o acompanharia durante a sua carreira, seria a maneira como, em qualquer dos clubes por onde passou, conseguiu, de uma forma inequívoca, impor o seu jogo. Indiscutível nos emblemas que já referi, seria também com o estatuto de titular que conquistaria aqueles que, de alguma forma, estão ligados ao Belenenses. Admirado tanto pelos corpos técnicos, como por todos os adeptos da "Cruz de Cristo", Filgueira, servir-se-ia das 8 temporadas que passou no Restelo, para se tornar num dos ídolos "azuis". Esse seu carisma, que, da mesma forma, era sentido no seio do balneário, entregá-lo-iam a um dos lugares de maior prestigio como futebolista. Eleito pelos seus colegas, Filgueira acabaria por ostentar, para a época de 1999/00 a almejada braçadeira de "Capitão".
Como já deu para entender, a regularidade que conseguiu apresentar ano após ano, fez dele um dos atletas mais apreciados do campeonato. Essa sua característica levá-lo-ia a outra meta sensacional. Com 15 temporadas na maior divisão portuguesa, atingiria, naquele que seria o seu derradeiro ano nos relvados (2003/04), as 400 partidas disputadas no referido escalão - "É um orgulho, pois é uma marca que poucos conseguiram, mesmo sendo portugueses"*.
Já depois de "pendurar as chuteiras", manteve-se ligado ao futebol. Desempenhando diversas tarefas como treinador, ou, ainda, na função de Director da Secção de Futebol Feminino, Filgueira continua a ser um dos maiores símbolos do Belenenses.
* Artigo de Sheila Figueiredo, para o jornal "Record"
Com 21 anos e, ainda por cima, vindo de uma realidade futebolística um tanto diferente, por certo, poucos esperariam que Filgueira conseguisse afirmar-se de uma forma tão convicta. A verdade é que a estreia na Primeira Divisão portuguesa em nada amedrontou o central. Fazendo dupla com jogadores mais experientes, tal como Manuel Correia ou o brasileiro Jorginho, a presença no "onze" flaviense torna-se, rapidamente, numa constante. A sua capacidade defensiva, sinónimo de uma maneira abnegada de encarar o jogo, faziam dele uma das pedras basilares dos transmontanos. Essa solidez acabaria por ser um dos segredos para que o emblema, na pós-presença nas competições europeias, conseguisse completar aquele que seria o melhor ciclo da sua história.
No entanto, com o Desportivo de Chaves a descer de divisão em 1993/94, Filgueira, já com a época a decorrer, decide trocar de morada. A mudança que o levaria à cidade de Setúbal, faria com que o atleta conseguisse manter-se no escalão máximo do futebol nacional. Aliás, essa seria uma (quase) constante da sua carreira. Tanto nos sadinos, como já depois no Funchal, com as cores do Marítimo, Filgueira consolidar-se-ia como um atleta de "Primeira" e, justamente, um dos melhores do nosso campeonato.
Outro aspecto que o acompanharia durante a sua carreira, seria a maneira como, em qualquer dos clubes por onde passou, conseguiu, de uma forma inequívoca, impor o seu jogo. Indiscutível nos emblemas que já referi, seria também com o estatuto de titular que conquistaria aqueles que, de alguma forma, estão ligados ao Belenenses. Admirado tanto pelos corpos técnicos, como por todos os adeptos da "Cruz de Cristo", Filgueira, servir-se-ia das 8 temporadas que passou no Restelo, para se tornar num dos ídolos "azuis". Esse seu carisma, que, da mesma forma, era sentido no seio do balneário, entregá-lo-iam a um dos lugares de maior prestigio como futebolista. Eleito pelos seus colegas, Filgueira acabaria por ostentar, para a época de 1999/00 a almejada braçadeira de "Capitão".
Como já deu para entender, a regularidade que conseguiu apresentar ano após ano, fez dele um dos atletas mais apreciados do campeonato. Essa sua característica levá-lo-ia a outra meta sensacional. Com 15 temporadas na maior divisão portuguesa, atingiria, naquele que seria o seu derradeiro ano nos relvados (2003/04), as 400 partidas disputadas no referido escalão - "É um orgulho, pois é uma marca que poucos conseguiram, mesmo sendo portugueses"*.
Já depois de "pendurar as chuteiras", manteve-se ligado ao futebol. Desempenhando diversas tarefas como treinador, ou, ainda, na função de Director da Secção de Futebol Feminino, Filgueira continua a ser um dos maiores símbolos do Belenenses.
* Artigo de Sheila Figueiredo, para o jornal "Record"
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