Com certeza, por influência do seu progenitor, Matthias Sammer haveria de começar a praticar futebol no Dynamo de Dresden. Passando por todas as categorias de formação do clube, o atleta, alguns anos mais tarde, chegaria à equipa principal. A sua estreia, numa altura em que o treinador era o seu pai, dar-se-ia na temporada de 1985/86. Contudo, desenganem-se aqueles que pensam que, nesta promoção, terá havido algum favorecimento. Não! Klaus Sammer sabia que o seu filho era um craque. A prová-lo, sensivelmente um ano após a sua chegada aos seniores, a estreia pela Alemanha de Leste.
Apesar desta rápida ascensão, o sucesso em que imprimia o seu percurso, não era nenhuma surpresa. No mês anterior à primeira chamada aos “AA”, o jogador tinha feito um brilharete no Europeu de S-18. Tendo em Sammer um dos principais impulsionadores, a jovem selecção da RDA acabaria por bater o pé a equipas como a Jugoslávia ou à Republica Federal Alemã. Na final, derrotaria mais uma candidata e, com essa vitória frente à Itália, acabaria por conquistar o título.
A evolução de Sammer também era sentida no clube. Tendo começado a avançado, rapidamente foi recuando no terreno de jogo. Primeiro passaria para a ala esquerda, para, mais tarde, fixar o seu jogo no centro do campo. Como médio, Sammer começou a mostrar as suas melhores qualidades. Cerebral, o jogador começou a ser fulcral para a dinâmica da sua equipa. A sua visão de jogo, aliada à maneira como, com os seus passes, pautava e distribuía as ofensivas, faziam dele um dos pilares do Dynamo de Dresden. Os títulos não demorariam a chegar. E, se a temporada de 1988/89 traria o Campeonato, a época que se seguiria brindaria o atleta, e os seus companheiros, com uma “dobradinha”!
Tendo estas conquistas o seu peso, aquilo que realmente mudaria o sentido da sua carreira, haveria de ser uma campanha europeia. A Taça UEFA de 1988/89, acabaria por desempenhar um papel muito importante na sua vida profissional. Sem que bem se tenha apercebido de tal, a qualificação para as meias-finais da dita prova, acabaria por mudar o seu rumo. Nessa eliminatória, ao Dynamo de Dresden calharia em sorte o Stuttgart. Na suma dos dois encontros, os de Leste acabariam excluídos da prova. Sorte bem diferente haveriam de ter alguns jogadores. Nomes como os de Sammer ou do avançado Ulf Kirsten, chamariam a atenção… e, numa altura em que permissividade do SED (Sozialistische Einheitspartei Deutschlands) era bem maior, ambos os jogadores conseguiriam transferir-se para o emblema que os havia eliminado!
A estreia pelo Stuttgart, numa altura em que os dois campeonatos (RDA e RFA) ainda estavam separados, dar-se-ia em Agosto de 1990. Todo o contexto político vivido nessa altura, também estava a mudar o desporto germânico. Nesse sentido, em Setembro desse mesmo ano, Sammer haveria de capitanear a selecção da Alemanha Democrática, na sua última partida. A 3 de Outubro, a unificação da Alemanha, é o preâmbulo para a estreia do médio, tendo sido o primeiro nascido na RDA a fazê-lo na renascida “Mannschaft”.
A temporada de 1991/92, mostra uma “Bundesliga” resultado da unificação de uma nação. Para primeiro campeão, o Stuttgart! Ora, para Sammer, este título acaba por pô-lo, logo no ano seguinte, às portas do “Calcio”! Contudo, a transferência para o Inter de Milão acaba por não sortir o resultado esperado e, meia época volvida, o alemão volta ao seu país.
Contudo, “há males que vêm por bem”!!! O regresso à Liga Alemã, agora pela mão do Borussia de Dortmund, iria dar a Sammer os melhores momentos da sua vida profissional. Pode dizer-se que tudo começa pela mudança perpetrada por Ottmar Hitzfeld. Entendendo que o atleta renderia mais noutra posição, recua Sammer para o eixo da defesa. A líbero, a maneira batalhadora e abnegada como encarava os jogos começa a dar os seus frutos. Torna-se num dos melhores jogadores alemães e numa referência tanto a nível do clube, como nas convocatórias para a selecção.
É com a camisola germânica que disputa o Mundial de 1994. Nos Estado Unidos da América, apesar de não ter conseguido chegar além dos quartos-de-final, Sammer haveria de ser considerado como um dos melhores a actuar no torneio. Mas a glória com as cores da Alemanha, já depois de, na edição de 1992 ter perdido a final, consegui-la-ia no Euro 96. Após ter obtido o bicampeonato pelo Borussia de Dortmund (1994/95; 1995/96) e de, consequentemente, em ambas as temporadas, ter sido eleito o Melhor Jogador da Bundesliga, Sammer parte para Inglaterra. A campanha feita pela sua selecção, sem qualquer derrota, levá-lo-ia a disputar o derradeiro jogo. Nesse embate frente à República Checa, a grande surpresa do torneio, a Alemanha cumpriria o seu papel de favorita e, com a conquista da taça, daria a Sammer o único troféu conquistado, enquanto sénior, pelo seu país.
Esta sucessão de títulos, ao qual se junta o prémio de Melhor Jogador do Euro 96, encaminhá-lo-ia para outra distinção individual. O “Ballon d’Or”, atribuído pela revista France Football, é concedido ao Alemão, nesse mesmo ano. Melhor, pouco haveria para conseguir! Ainda assim, não tardou muito para que Sammer conseguisse abrilhantar, ainda mais, o seu currículo. Com Paulo Sousa na equipa, o Borussia de Dortmund conseguiria, para a temporada de 1996/97, atingir o derradeiro jogo da Liga dos Campeões! No Estádio Olímpico de Munique, o defesa, envergando a braçadeira de capitão, conduziria os seus companheiros para mais uma vitória. Desta feita, a vítima seria a Juventus e, aos fim de 90 minutos, e com o marcador a assinalar 3-1, Sammer haveria de erguer o troféu.
Este sucesso como que anunciaria a recta final na carreira de Sammer. Assolado por lesões, o internacional alemão acabaria por pôr um ponto final na vida de futebolista em 1999. Pouco tempo depois, tomava as rédeas da equipa, estreando-se nas tarefas de treinador. Já depois de, também nas mesmas funções, ter estado à frente do Stuttgart, Sammer deixaria o banco dos suplentes. É, agora (2015/16), Director Desportivo de outro colosso alemão, os bávaros do Bayern de Munique.
Apesar desta rápida ascensão, o sucesso em que imprimia o seu percurso, não era nenhuma surpresa. No mês anterior à primeira chamada aos “AA”, o jogador tinha feito um brilharete no Europeu de S-18. Tendo em Sammer um dos principais impulsionadores, a jovem selecção da RDA acabaria por bater o pé a equipas como a Jugoslávia ou à Republica Federal Alemã. Na final, derrotaria mais uma candidata e, com essa vitória frente à Itália, acabaria por conquistar o título.
A evolução de Sammer também era sentida no clube. Tendo começado a avançado, rapidamente foi recuando no terreno de jogo. Primeiro passaria para a ala esquerda, para, mais tarde, fixar o seu jogo no centro do campo. Como médio, Sammer começou a mostrar as suas melhores qualidades. Cerebral, o jogador começou a ser fulcral para a dinâmica da sua equipa. A sua visão de jogo, aliada à maneira como, com os seus passes, pautava e distribuía as ofensivas, faziam dele um dos pilares do Dynamo de Dresden. Os títulos não demorariam a chegar. E, se a temporada de 1988/89 traria o Campeonato, a época que se seguiria brindaria o atleta, e os seus companheiros, com uma “dobradinha”!
Tendo estas conquistas o seu peso, aquilo que realmente mudaria o sentido da sua carreira, haveria de ser uma campanha europeia. A Taça UEFA de 1988/89, acabaria por desempenhar um papel muito importante na sua vida profissional. Sem que bem se tenha apercebido de tal, a qualificação para as meias-finais da dita prova, acabaria por mudar o seu rumo. Nessa eliminatória, ao Dynamo de Dresden calharia em sorte o Stuttgart. Na suma dos dois encontros, os de Leste acabariam excluídos da prova. Sorte bem diferente haveriam de ter alguns jogadores. Nomes como os de Sammer ou do avançado Ulf Kirsten, chamariam a atenção… e, numa altura em que permissividade do SED (Sozialistische Einheitspartei Deutschlands) era bem maior, ambos os jogadores conseguiriam transferir-se para o emblema que os havia eliminado!
A estreia pelo Stuttgart, numa altura em que os dois campeonatos (RDA e RFA) ainda estavam separados, dar-se-ia em Agosto de 1990. Todo o contexto político vivido nessa altura, também estava a mudar o desporto germânico. Nesse sentido, em Setembro desse mesmo ano, Sammer haveria de capitanear a selecção da Alemanha Democrática, na sua última partida. A 3 de Outubro, a unificação da Alemanha, é o preâmbulo para a estreia do médio, tendo sido o primeiro nascido na RDA a fazê-lo na renascida “Mannschaft”.
A temporada de 1991/92, mostra uma “Bundesliga” resultado da unificação de uma nação. Para primeiro campeão, o Stuttgart! Ora, para Sammer, este título acaba por pô-lo, logo no ano seguinte, às portas do “Calcio”! Contudo, a transferência para o Inter de Milão acaba por não sortir o resultado esperado e, meia época volvida, o alemão volta ao seu país.
Contudo, “há males que vêm por bem”!!! O regresso à Liga Alemã, agora pela mão do Borussia de Dortmund, iria dar a Sammer os melhores momentos da sua vida profissional. Pode dizer-se que tudo começa pela mudança perpetrada por Ottmar Hitzfeld. Entendendo que o atleta renderia mais noutra posição, recua Sammer para o eixo da defesa. A líbero, a maneira batalhadora e abnegada como encarava os jogos começa a dar os seus frutos. Torna-se num dos melhores jogadores alemães e numa referência tanto a nível do clube, como nas convocatórias para a selecção.
É com a camisola germânica que disputa o Mundial de 1994. Nos Estado Unidos da América, apesar de não ter conseguido chegar além dos quartos-de-final, Sammer haveria de ser considerado como um dos melhores a actuar no torneio. Mas a glória com as cores da Alemanha, já depois de, na edição de 1992 ter perdido a final, consegui-la-ia no Euro 96. Após ter obtido o bicampeonato pelo Borussia de Dortmund (1994/95; 1995/96) e de, consequentemente, em ambas as temporadas, ter sido eleito o Melhor Jogador da Bundesliga, Sammer parte para Inglaterra. A campanha feita pela sua selecção, sem qualquer derrota, levá-lo-ia a disputar o derradeiro jogo. Nesse embate frente à República Checa, a grande surpresa do torneio, a Alemanha cumpriria o seu papel de favorita e, com a conquista da taça, daria a Sammer o único troféu conquistado, enquanto sénior, pelo seu país.
Esta sucessão de títulos, ao qual se junta o prémio de Melhor Jogador do Euro 96, encaminhá-lo-ia para outra distinção individual. O “Ballon d’Or”, atribuído pela revista France Football, é concedido ao Alemão, nesse mesmo ano. Melhor, pouco haveria para conseguir! Ainda assim, não tardou muito para que Sammer conseguisse abrilhantar, ainda mais, o seu currículo. Com Paulo Sousa na equipa, o Borussia de Dortmund conseguiria, para a temporada de 1996/97, atingir o derradeiro jogo da Liga dos Campeões! No Estádio Olímpico de Munique, o defesa, envergando a braçadeira de capitão, conduziria os seus companheiros para mais uma vitória. Desta feita, a vítima seria a Juventus e, aos fim de 90 minutos, e com o marcador a assinalar 3-1, Sammer haveria de erguer o troféu.
Este sucesso como que anunciaria a recta final na carreira de Sammer. Assolado por lesões, o internacional alemão acabaria por pôr um ponto final na vida de futebolista em 1999. Pouco tempo depois, tomava as rédeas da equipa, estreando-se nas tarefas de treinador. Já depois de, também nas mesmas funções, ter estado à frente do Stuttgart, Sammer deixaria o banco dos suplentes. É, agora (2015/16), Director Desportivo de outro colosso alemão, os bávaros do Bayern de Munique.
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