Nascido em Aberdeen, no seio de uma família pobre de pescadores, Denis Law, desde cedo, mostraria uma grande paixão pelo “jogo da bola”. Esse gosto pela modalidade levá-lo-ia, em detrimento de outras escolas, a escolher a Powis Academy. Ora, seria enquanto estudante da dita instituição, conhecida pelas suas equipas de futebol, que Law haveria de ser descoberto por um olheiro do Huddersfield.
Franzino e, ainda por cima, sendo estrábico, a primeira impressão que o jovem praticante causou no treinador, não foi a melhor. Contudo, esta desconfiança duraria até ao momento em que a bola começou a rolar. Aí, ele que tinha chegado para treinar “à experiência”, passou de imediato a uma certeza, acabando, aos 15 anos de idade, por assinar contrato.
Com o Huddersfield na 2ª divisão, a estreia de Law na equipa principal, dar-se-ia um ano e meio após a sua chegada. A tenra idade com havia sido promovido aos seniores, em nada parecia afectar as suas qualidades. Logo começaram a surgir ofertas pelo jovem futebolista. O primeiro haveria ser Matt Busby, “manager” do Manchester United. Anos mais tarde, e depois de trocar o Huddersfield pelo Liverpool, Bill Shankly também tentaria a sua sorte. Contudo, as maquias oferecidas em ambos os casos, nunca agradariam aos responsáveis do clube.
Ao fim de 4 anos, condicente com as habilidades do atacante, lá apareceu uma boa proposta. £55 000, montante recorde em Inglaterra, e Law mudar-se-ia para o Manchester City. A chegada ao novo clube, com a transferência a ocorrer numa fase adiantada da época, em nada afectaria o rendimento do jogador. Rápido, com um pé direito fabuloso e um jeito para os golos que punha qualquer defesa em sentido, ninguém dizia que Law estava a fazer a sua estreia na “First Division”.
Os poucos jogos feitos nesse primeiro ano, ainda que suficientes para salvar os “The Citizens” da despromoção, seriam o tónico para uma segunda época de gabarito. Mais de duas dezenas de golos, numa equipa que ficaria abaixo do meio da tabela, seriam o móbil para uma nova transferência. Desta feita, quem apareceria na carreira de Law, seriam os italianos do Torino. Contudo, a adaptação a uma nova realidade seria pouco grata ao atacante. Época volvida e o regresso do escocês consumar-se-ia. Finalmente, Matt Busby, que até já o havia orientado num jogo pela selecção da Escócia, conseguia a sua contratação. Novo recorde para uma transferência em Inglaterra (£115,000) e a vida do avançado iria mudar para sempre.
Itália ficara para trás. Um acidente de carro, quando o seu colega Joe Baker decidiu entrar ao contrário numa rotunda; conflitos com o treinador, a quem acusaria de pedir a sua expulsão a um árbitro; e a fuga para Aberdeen, aquando de uma imposta mudança para a Juventus, tinham sido peripécias a mais!!! Talvez o que Law não adivinharia, é que o seu regresso a Manchester, muito mais do que um resgate, haveria de o elevar à condição de astro.
Para esse estatuto de estrela, muito contribuíram os títulos que foi conseguindo. Curiosamente, seria antes de conquistar a Liga Inglesa, ou qualquer outra competição importante, que Denis Law seria agraciado com uma das mais importantes distinções individuais. Em 1964 o avançado escocês vence o Ballon d’Or. Este facto mostra bem da qualidade do jogador. Claro está que outros factores, muito para além dos troféus, pesaram na escolha da “France Football”. Os 46 golos marcados na temporada de 1963/64, recorde ainda em vigor no Manchester United, terão tido a sua importância. Já a sua chamada, na comemoração do centenário da Federação Inglesa, para jogar pela Selecção do Mundo, haveria de ser mais um incentivo.
Os títulos acabariam por surgir. Sem esquecer a Taça de Inglaterra, ganha logo no seu ano de estreia pelo Manchester United (1962/63), Denis Law ainda haveria de juntar ao seu currículo 2 “Charity Shields” (1965/66; 1967/68) e 2 Ligas Inglesas (1964/65; 1966/67). Claro está, nesta senda de vitórias, é impossível esquecer a Taça dos Campeões Europeus de 1968. Na final, disputada frente ao Benfica, o Manchester United acabaria por sair vencedor. No entanto, para o avançado, esta vitória também teria o seu amargo de boca. Uma grave lesão no joelho impedi-lo-ia de disputar tanto as meias-finais, como a derradeira partida da competição.
Aliás, seria a dita lesão que marcaria o início do seu declínio. Com a saída de Matt Busby, o clube começa, também, a entrar numa fase menos boa. Nisto, com o agravar dos problemas físicos, tudo começa a conjugar-se para que o seu afastamento se concretize. Antes disso, Law jogaria mais um ano no Manchester City. Essa última temporada, com o jogador bem distante do que havia habituado os fãs, acabaria, para si, por ser um misto de emoções. Por um lado, a tristeza de marcar o último golo da época ao Manchester United, confirmando a (impensável) descida do seu antigo emblema. Por outro, é nesse ano de 1974 que Denis Law, pela primeira vez na sua vida profissional, tem o prazer de participar num Mundial de Futebol.
Franzino e, ainda por cima, sendo estrábico, a primeira impressão que o jovem praticante causou no treinador, não foi a melhor. Contudo, esta desconfiança duraria até ao momento em que a bola começou a rolar. Aí, ele que tinha chegado para treinar “à experiência”, passou de imediato a uma certeza, acabando, aos 15 anos de idade, por assinar contrato.
Com o Huddersfield na 2ª divisão, a estreia de Law na equipa principal, dar-se-ia um ano e meio após a sua chegada. A tenra idade com havia sido promovido aos seniores, em nada parecia afectar as suas qualidades. Logo começaram a surgir ofertas pelo jovem futebolista. O primeiro haveria ser Matt Busby, “manager” do Manchester United. Anos mais tarde, e depois de trocar o Huddersfield pelo Liverpool, Bill Shankly também tentaria a sua sorte. Contudo, as maquias oferecidas em ambos os casos, nunca agradariam aos responsáveis do clube.
Ao fim de 4 anos, condicente com as habilidades do atacante, lá apareceu uma boa proposta. £55 000, montante recorde em Inglaterra, e Law mudar-se-ia para o Manchester City. A chegada ao novo clube, com a transferência a ocorrer numa fase adiantada da época, em nada afectaria o rendimento do jogador. Rápido, com um pé direito fabuloso e um jeito para os golos que punha qualquer defesa em sentido, ninguém dizia que Law estava a fazer a sua estreia na “First Division”.
Os poucos jogos feitos nesse primeiro ano, ainda que suficientes para salvar os “The Citizens” da despromoção, seriam o tónico para uma segunda época de gabarito. Mais de duas dezenas de golos, numa equipa que ficaria abaixo do meio da tabela, seriam o móbil para uma nova transferência. Desta feita, quem apareceria na carreira de Law, seriam os italianos do Torino. Contudo, a adaptação a uma nova realidade seria pouco grata ao atacante. Época volvida e o regresso do escocês consumar-se-ia. Finalmente, Matt Busby, que até já o havia orientado num jogo pela selecção da Escócia, conseguia a sua contratação. Novo recorde para uma transferência em Inglaterra (£115,000) e a vida do avançado iria mudar para sempre.
Itália ficara para trás. Um acidente de carro, quando o seu colega Joe Baker decidiu entrar ao contrário numa rotunda; conflitos com o treinador, a quem acusaria de pedir a sua expulsão a um árbitro; e a fuga para Aberdeen, aquando de uma imposta mudança para a Juventus, tinham sido peripécias a mais!!! Talvez o que Law não adivinharia, é que o seu regresso a Manchester, muito mais do que um resgate, haveria de o elevar à condição de astro.
Para esse estatuto de estrela, muito contribuíram os títulos que foi conseguindo. Curiosamente, seria antes de conquistar a Liga Inglesa, ou qualquer outra competição importante, que Denis Law seria agraciado com uma das mais importantes distinções individuais. Em 1964 o avançado escocês vence o Ballon d’Or. Este facto mostra bem da qualidade do jogador. Claro está que outros factores, muito para além dos troféus, pesaram na escolha da “France Football”. Os 46 golos marcados na temporada de 1963/64, recorde ainda em vigor no Manchester United, terão tido a sua importância. Já a sua chamada, na comemoração do centenário da Federação Inglesa, para jogar pela Selecção do Mundo, haveria de ser mais um incentivo.
Os títulos acabariam por surgir. Sem esquecer a Taça de Inglaterra, ganha logo no seu ano de estreia pelo Manchester United (1962/63), Denis Law ainda haveria de juntar ao seu currículo 2 “Charity Shields” (1965/66; 1967/68) e 2 Ligas Inglesas (1964/65; 1966/67). Claro está, nesta senda de vitórias, é impossível esquecer a Taça dos Campeões Europeus de 1968. Na final, disputada frente ao Benfica, o Manchester United acabaria por sair vencedor. No entanto, para o avançado, esta vitória também teria o seu amargo de boca. Uma grave lesão no joelho impedi-lo-ia de disputar tanto as meias-finais, como a derradeira partida da competição.
Aliás, seria a dita lesão que marcaria o início do seu declínio. Com a saída de Matt Busby, o clube começa, também, a entrar numa fase menos boa. Nisto, com o agravar dos problemas físicos, tudo começa a conjugar-se para que o seu afastamento se concretize. Antes disso, Law jogaria mais um ano no Manchester City. Essa última temporada, com o jogador bem distante do que havia habituado os fãs, acabaria, para si, por ser um misto de emoções. Por um lado, a tristeza de marcar o último golo da época ao Manchester United, confirmando a (impensável) descida do seu antigo emblema. Por outro, é nesse ano de 1974 que Denis Law, pela primeira vez na sua vida profissional, tem o prazer de participar num Mundial de Futebol.
Sem comentários:
Enviar um comentário