É incrível como um jogador cuja carreira nunca ultrapassaria os contornos da modéstia, ainda consegue, passados tantos anos e num universo em que tudo é tão fugaz, recolher a simpatia e admiração de ex-colegas e, principalmente, de adeptos. Bem, mas a isso já lá vamos!!!
Tendo nascido na cidade de Sheffield, seria no Wednesday que Rodger Wylde daria os primeiros passos numa equipa de futebol. Aliás, os “Owls” acabariam não só por proporcionar ao avançado a estreia no escalão sénior, como haveriam de se tornar no emblema mais representativo da sua carreira.
Mais de uma década ao serviço do Sheffield Wednesday, poderia representar uma série de sucessos. A realidade é que o clube, pelos anos 70, teimava em militar nas divisões secundárias inglesas. Ainda assim, tirando as primeiras temporadas, em que colegas mais experientes relegariam o avançado para um segundo plano, Rodger Wylde haveria de assumir um papel preponderante no percurso do seu clube.
Para a época de 1976/77, numa altura em que as suas chamadas ao “onze” já eram uma constante, os golos que haveria de conseguir, catapultá-lo-iam para a linha da frente do plantel. Nessa mesma temporada, conseguiria sagrar-se o melhor marcador da equipa. Contudo, os mais de 20 golos que marcaria, seriam insuficientes para ajudar a uma promoção.
Sendo um jogador cuja habilidade aérea era reconhecida, também o seu jogo de pés não era mau de todo. Essas qualidades, nos anos vindouros, haveriam de o manter como a prioridade para o ataque do Sheffield Wednesday. Relativamente aos adeptos, o afecto que estes tinham por ele era inigualável.
Acarinhado por todos, tudo parecia correr bem na vida desportiva de Rodger Wylde. Nem mesmo a chegada de Jack Charlton ao comando do clube (1977/78), parecia querer alterar este contexto. Nesse sentido, a todos iria causar surpresa quando, no decorrer da temporada 1979/80, o papel do ponta-de-lança começa a tornar-se mais secundário.
Afastado dos planos de Jack Charlton, o atacante muda-se para o Oldham. No novo clube, continua a patentear bons resultados e a provar, em campo, que as suas qualidades goleadoras não estavam, de todo, extintas. Esses números, os que alcançaria durante essas 3 temporadas, serviriam para que o Sporting decidisse nele apostar. Contudo, num plantel que contava com os nomes de Manuel Fernandes e Jordão, a vida do britânico estava, logo à partida, em “maus lençóis”.
As dificuldades que se adivinhavam para Rodger Wylde, ele que, com a vinda para Portugal, disputava pela primeira vez um escalão máximo, acabariam por se revelar concretas. Sem grandes feitos a apontar nessa sua passagem pelo campeonato português, o avançado, finda a época de 1983/84, acabaria por voltar ao seu país.
Mesmo não tendo colhido grande glória naquela que haveria de ser a única experiência no estrangeiro, a verdade é que a passagem por Alvalade haveria de alterar algo na sua carreira. Coincidência, ou não, seria após vestir de “verde e branco” que as portas da ”First Division” se abririam ao atleta. O Sunderland acabaria por servir de casa à sua estreia nos grandes palcos ingleses. No entanto, tirando o golo que conseguiria marcar em Anfield, pouco ou nada haveria para registar nessa sua passagem.
A mudança para o Barnsley aconteceria ainda na mesma época do seu regresso a Inglaterra. Muito mais do que os aspectos desportivos, os anos que se seguiriam acabariam por provocar uma grande mudança de paradigmas para Rodger Wylde. Depois de um começo auspicioso, um relatório médico acabaria por destruir todos os planos do jogador. Muito distante das normais lesões que um atleta poderia sofrer, o anúncio acabaria por revelar a existência de um tumor alojado num testículo. Nunca baixando os braços, o avançado, sem que nada fosse divulgado para o público, haveria de conseguir vencer a doença – “Eu prometi que iria combatê-lo, fosse ele o que fosse, e que iria fazer tudo que fosse necessário para o afastar do meu corpo”*.
Ainda não tinha posto um fim à sua carreira desportiva, quando decide dedicar-se aos estudos. Apaixonado pelo futebol, e tendo em mente manter-se ligado à modalidade, acaba por ingressar em Fisioterapia. Seria já com o curso concluído que, após uma última temporada ao serviço do Stockport, Rodger Wylde decide “pendurar as chuteiras”. Com as cores do mesmo clube faz então a transição dos relvados para os “bastidores”. Incrível é que este afastamento nunca o retiraria de baixo das “luzes da ribalta”. A sua simpatia e a maneira optimista como encara tudo e todos, serviriam para conquistar uma legião de fãs. A sua popularidade cresceria tanto que, cada vez que entrava em campo para socorrer algum jogador, os adeptos do Stockport tinham sempre o cântico para ele!!!
Depois de mais de duas décadas no clube, Rodger Wylde acabaria por aceitar um novo desafio. Hoje em dia, é dele a responsabilidade de comandar o departamento médico do Chesterfield. Função que harmoniza com a de músico, numa banda formada com o seu antigo colega no Stockport, Tom Bennett.
Tendo nascido na cidade de Sheffield, seria no Wednesday que Rodger Wylde daria os primeiros passos numa equipa de futebol. Aliás, os “Owls” acabariam não só por proporcionar ao avançado a estreia no escalão sénior, como haveriam de se tornar no emblema mais representativo da sua carreira.
Mais de uma década ao serviço do Sheffield Wednesday, poderia representar uma série de sucessos. A realidade é que o clube, pelos anos 70, teimava em militar nas divisões secundárias inglesas. Ainda assim, tirando as primeiras temporadas, em que colegas mais experientes relegariam o avançado para um segundo plano, Rodger Wylde haveria de assumir um papel preponderante no percurso do seu clube.
Para a época de 1976/77, numa altura em que as suas chamadas ao “onze” já eram uma constante, os golos que haveria de conseguir, catapultá-lo-iam para a linha da frente do plantel. Nessa mesma temporada, conseguiria sagrar-se o melhor marcador da equipa. Contudo, os mais de 20 golos que marcaria, seriam insuficientes para ajudar a uma promoção.
Sendo um jogador cuja habilidade aérea era reconhecida, também o seu jogo de pés não era mau de todo. Essas qualidades, nos anos vindouros, haveriam de o manter como a prioridade para o ataque do Sheffield Wednesday. Relativamente aos adeptos, o afecto que estes tinham por ele era inigualável.
Acarinhado por todos, tudo parecia correr bem na vida desportiva de Rodger Wylde. Nem mesmo a chegada de Jack Charlton ao comando do clube (1977/78), parecia querer alterar este contexto. Nesse sentido, a todos iria causar surpresa quando, no decorrer da temporada 1979/80, o papel do ponta-de-lança começa a tornar-se mais secundário.
Afastado dos planos de Jack Charlton, o atacante muda-se para o Oldham. No novo clube, continua a patentear bons resultados e a provar, em campo, que as suas qualidades goleadoras não estavam, de todo, extintas. Esses números, os que alcançaria durante essas 3 temporadas, serviriam para que o Sporting decidisse nele apostar. Contudo, num plantel que contava com os nomes de Manuel Fernandes e Jordão, a vida do britânico estava, logo à partida, em “maus lençóis”.
As dificuldades que se adivinhavam para Rodger Wylde, ele que, com a vinda para Portugal, disputava pela primeira vez um escalão máximo, acabariam por se revelar concretas. Sem grandes feitos a apontar nessa sua passagem pelo campeonato português, o avançado, finda a época de 1983/84, acabaria por voltar ao seu país.
Mesmo não tendo colhido grande glória naquela que haveria de ser a única experiência no estrangeiro, a verdade é que a passagem por Alvalade haveria de alterar algo na sua carreira. Coincidência, ou não, seria após vestir de “verde e branco” que as portas da ”First Division” se abririam ao atleta. O Sunderland acabaria por servir de casa à sua estreia nos grandes palcos ingleses. No entanto, tirando o golo que conseguiria marcar em Anfield, pouco ou nada haveria para registar nessa sua passagem.
A mudança para o Barnsley aconteceria ainda na mesma época do seu regresso a Inglaterra. Muito mais do que os aspectos desportivos, os anos que se seguiriam acabariam por provocar uma grande mudança de paradigmas para Rodger Wylde. Depois de um começo auspicioso, um relatório médico acabaria por destruir todos os planos do jogador. Muito distante das normais lesões que um atleta poderia sofrer, o anúncio acabaria por revelar a existência de um tumor alojado num testículo. Nunca baixando os braços, o avançado, sem que nada fosse divulgado para o público, haveria de conseguir vencer a doença – “Eu prometi que iria combatê-lo, fosse ele o que fosse, e que iria fazer tudo que fosse necessário para o afastar do meu corpo”*.
Ainda não tinha posto um fim à sua carreira desportiva, quando decide dedicar-se aos estudos. Apaixonado pelo futebol, e tendo em mente manter-se ligado à modalidade, acaba por ingressar em Fisioterapia. Seria já com o curso concluído que, após uma última temporada ao serviço do Stockport, Rodger Wylde decide “pendurar as chuteiras”. Com as cores do mesmo clube faz então a transição dos relvados para os “bastidores”. Incrível é que este afastamento nunca o retiraria de baixo das “luzes da ribalta”. A sua simpatia e a maneira optimista como encara tudo e todos, serviriam para conquistar uma legião de fãs. A sua popularidade cresceria tanto que, cada vez que entrava em campo para socorrer algum jogador, os adeptos do Stockport tinham sempre o cântico para ele!!!
Depois de mais de duas décadas no clube, Rodger Wylde acabaria por aceitar um novo desafio. Hoje em dia, é dele a responsabilidade de comandar o departamento médico do Chesterfield. Função que harmoniza com a de músico, numa banda formada com o seu antigo colega no Stockport, Tom Bennett.
*retirado de “Wylde Man of Football”, Rodger Wylde
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