Tendo chegado de Angola, de onde é natural, Gil acabaria por integrar as camadas jovens do Benfica. Mesmo muito jovem, bem depressa se entendeu que a aposta das “Águias” haveria de tornar-se numa certeza. Rápido e excelente com a bola nos pés, o atacante passaria a ser um dos destaques nos níveis de formação “encarnados”.
Com ascendência portuguesa, a sua naturalização levaria a que a Federação Portuguesa de Futebol olhasse para ele como um atleta a ter em conta. Nesse sentido, Gil começa um trajecto que o levaria a jogar em quase todos os escalões. Tal como pelo clube, com a “camisola das quinas” o avançado conseguiria ter grande sucesso. Logo nos S-16, alcança o seu primeiro grande título, ao sagrar-se campeão no Europeu da categoria (1989). Nesse torneio disputado na Dinamarca, Gil merece todas as distinções. Para além da referida vitória colectiva, o avançado arrecada ainda o título de Melhor Marcador e de Melhor Jogador do certame.
O grande destaque da sua carreira viria com o Mundial S-20 de 1991. Organizado em Portugal, o torneio acabaria por merecer honras de destaque por parte da imprensa e, mais importante, por parte do público. Com tanto mediatismo, Gil acabaria por ver os holofotes incidirem sobre as suas exibições. Mas se neste campo, até com a vitória da nossa selecção, tudo parecia correr bem, aquilo que poucos sabiam é que, fisicamente, o avançado andava debilitado. Tendo tido uma grave lesão no ano que antecederia o dito Campeonato do Mundo, Gil veria as mazelas mudar-lhe o rumo da carreira – “Para mim, é simples explicar o que correu mal. Parti a perna esquerda em 1990, estive três meses de fora e olhando para trás vejo que nunca tive o apoio necessário, a lesão foi mal curada no Benfica e as infiltrações, que começaram a partir daí, prejudicaram-me”*.
Com o fim do Mundial, a vida desportiva de Gil começa a entrar num surpreendente contraciclo. Os empréstimos que se seguiriam, Ovarense e Tours (França), nada de palpável trariam. Depois, seguir-se-iam, fazendo o atleta a estreia na 1ª divisão portuguesa, as passagens pelo Sp. Braga e Estrela da Amadora. No entanto, o prometedor atacante parecia ter desaparecido. É nisto que Gil decide, em definito, relançar a sua carreira no estrangeiro. Passa pela Suiça, tenta os Estados Unidos da América, regressa à Europa para jogar em Itália e, finalmente, acaba por fixar-se em Inglaterra.
No “País de Sua Majestade”, muito mais do que a série de anos em que jogaria pelas divisões amadoras, Gil começa a mudar o seu papel dentro do futebol. Pela mão de Carlos Queiroz, chega ao Manchester United. Aí, acompanhando os jovens do clube, dá continuidade ao seu trajecto como técnico. Ele, que na passagem pelos clubes britânicos já cumpria as tarefas de treinador/jogador, veria também José Mourinho recebê-lo no Chelsea. Todavia, o antigo jogador haveria de interessar-se por outra área. No âmbito do “management”, Gil, depois de se tornar num Agente FIFA, começa agora a dar os primeiros passos na gestão de carreiras.
*retirado do artigo de www.maisfutebol.iol.pt, a 24/11/05
Com ascendência portuguesa, a sua naturalização levaria a que a Federação Portuguesa de Futebol olhasse para ele como um atleta a ter em conta. Nesse sentido, Gil começa um trajecto que o levaria a jogar em quase todos os escalões. Tal como pelo clube, com a “camisola das quinas” o avançado conseguiria ter grande sucesso. Logo nos S-16, alcança o seu primeiro grande título, ao sagrar-se campeão no Europeu da categoria (1989). Nesse torneio disputado na Dinamarca, Gil merece todas as distinções. Para além da referida vitória colectiva, o avançado arrecada ainda o título de Melhor Marcador e de Melhor Jogador do certame.
O grande destaque da sua carreira viria com o Mundial S-20 de 1991. Organizado em Portugal, o torneio acabaria por merecer honras de destaque por parte da imprensa e, mais importante, por parte do público. Com tanto mediatismo, Gil acabaria por ver os holofotes incidirem sobre as suas exibições. Mas se neste campo, até com a vitória da nossa selecção, tudo parecia correr bem, aquilo que poucos sabiam é que, fisicamente, o avançado andava debilitado. Tendo tido uma grave lesão no ano que antecederia o dito Campeonato do Mundo, Gil veria as mazelas mudar-lhe o rumo da carreira – “Para mim, é simples explicar o que correu mal. Parti a perna esquerda em 1990, estive três meses de fora e olhando para trás vejo que nunca tive o apoio necessário, a lesão foi mal curada no Benfica e as infiltrações, que começaram a partir daí, prejudicaram-me”*.
Com o fim do Mundial, a vida desportiva de Gil começa a entrar num surpreendente contraciclo. Os empréstimos que se seguiriam, Ovarense e Tours (França), nada de palpável trariam. Depois, seguir-se-iam, fazendo o atleta a estreia na 1ª divisão portuguesa, as passagens pelo Sp. Braga e Estrela da Amadora. No entanto, o prometedor atacante parecia ter desaparecido. É nisto que Gil decide, em definito, relançar a sua carreira no estrangeiro. Passa pela Suiça, tenta os Estados Unidos da América, regressa à Europa para jogar em Itália e, finalmente, acaba por fixar-se em Inglaterra.
No “País de Sua Majestade”, muito mais do que a série de anos em que jogaria pelas divisões amadoras, Gil começa a mudar o seu papel dentro do futebol. Pela mão de Carlos Queiroz, chega ao Manchester United. Aí, acompanhando os jovens do clube, dá continuidade ao seu trajecto como técnico. Ele, que na passagem pelos clubes britânicos já cumpria as tarefas de treinador/jogador, veria também José Mourinho recebê-lo no Chelsea. Todavia, o antigo jogador haveria de interessar-se por outra área. No âmbito do “management”, Gil, depois de se tornar num Agente FIFA, começa agora a dar os primeiros passos na gestão de carreiras.
*retirado do artigo de www.maisfutebol.iol.pt, a 24/11/05
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