Nascido no seio de uma família modesta, e órfão de pai desde tenra idade, António Feliciano entraria para a Casa Pia, ainda criança. Aí, ganharia paixão pelo futebol. Começaria por jogar nas equipas escolares para, com apenas 17 anos, passar à categoria principal do Casa Pia Atlético Clube.
Ainda no decorrer da sua primeira temporada como sénior, Alejandro Scopelli endereça-lhe um convite. Após assistir a um jogo para a Taça de Portugal, onde o Casa Pia defrontaria o Benfica, o antigo internacional argentino e uma das estrelas do Belenenses, pede a António Feliciano para ir treinar às Salésias. Nisto, através de Siska, o defesa recebe um convite do FC Porto – “Cheguei a estar hospedado na Pensão Alegria uns 15 dias. Mas senti-me deslocado, muito pequenino ao pé de jogadores como Carlos Pereira, Pinga, Guilhar, Pocas, Novas e, por isso, sem dar cavaco, meti-me no comboio e voltei para Lisboa”*. O regresso à capital, leva Feliciano a aceitar a primeira proposta. Contrato assinado numa das mesas da “Brasileira” e a “Cruz de Cristo”, daí em diante, passaria a ser a seu emblema.
A ligação do atleta com o Belenenses acabaria por durar quase década e meia. Como é óbvio, em tão longa união, muitos seriam os momentos que Feliciano guardaria na sua memória. Incontornavelmente, teremos que falar dos troféus. Nesse rol, também cabem a Taça de Portugal de 1941/42, e o Campeonato “Alfacinha” de 1943/44. Todavia, a melhor temporada do defesa ainda estava para vir. Em 1945/46, e já depois de vencer o “Regional” de Lisboa, o Belenenses parte para a disputa do Campeonato Nacional. Numa equipa recheada de internacionais, o jogador era parte integrante do melhor sector defensivo da altura. As “Torres de Belém”, como ficariam conhecidos Feliciano, Vasco e Serafim, acabariam por ser a base do maior sucesso da história do clube. Afrontando a hegemonia dos habituais candidatos, o Belenenses conseguiria ultrapassar Benfica, Sporting e FC Porto, acabando por erguer o troféu de campeões.
Como uma das figuras dos êxitos do Belenenses, Feliciano acabaria também por tornar-se, a nível nacional, num dos futebolistas de maior destaque. As constantes chamadas à selecção portuguesa seriam, disso mesmo, a prova. No entanto, ainda mais extraordinário, seriam os convites que passaria a receber. O primeiro, acabaria por chegar pela mão do mítico Zamora. O guarda-redes espanhol, numa altura em que os jogadores “lusos” rareavam no estrangeiro, proporia a Feliciano a passagem para o Celta de Vigo. A proposta incluía um contrato bem apetecível. Ainda assim, a resposta seria negativa. Depois, ao que consta, seguir-se-ia a vez do Vasco da Gama e, mais uma vez, o atleta negar-se-ia a uma mudança
Feliciano e o Belenenses terminariam a sua ligação no final da época de 1953/54. Numa altura em que o atleta já entrava nos derradeiros anos da sua carreira, o convite do Desportivo de Chaves fá-lo-ia mudar-se para Trás-Os-Montes. No emblema flaviense, emprestaria os seus conhecimentos sobre a modalidade e desempenharia as funções de treinador-jogador.
Também nos “bancos” a carreira de António Feliciano seria recheada de bons momentos. Com ligação ao Desportivo de Chaves, por onde ainda passaria mais algumas vezes, seria no FC Porto que viveria grande parte dos seus anos como treinador. Com uma pequena presença, interina, no plantel principal dos “Dragões”, o seu papel na “formação” do clube seria de enorme importância. Tendo visto reconhecido o mérito do seu trabalho, há que destacar, na lista de jogadores que passaram pela sua alçada, os nomes de Fernando Gomes ou Rodolfo Reis.
Ainda no decorrer da sua primeira temporada como sénior, Alejandro Scopelli endereça-lhe um convite. Após assistir a um jogo para a Taça de Portugal, onde o Casa Pia defrontaria o Benfica, o antigo internacional argentino e uma das estrelas do Belenenses, pede a António Feliciano para ir treinar às Salésias. Nisto, através de Siska, o defesa recebe um convite do FC Porto – “Cheguei a estar hospedado na Pensão Alegria uns 15 dias. Mas senti-me deslocado, muito pequenino ao pé de jogadores como Carlos Pereira, Pinga, Guilhar, Pocas, Novas e, por isso, sem dar cavaco, meti-me no comboio e voltei para Lisboa”*. O regresso à capital, leva Feliciano a aceitar a primeira proposta. Contrato assinado numa das mesas da “Brasileira” e a “Cruz de Cristo”, daí em diante, passaria a ser a seu emblema.
A ligação do atleta com o Belenenses acabaria por durar quase década e meia. Como é óbvio, em tão longa união, muitos seriam os momentos que Feliciano guardaria na sua memória. Incontornavelmente, teremos que falar dos troféus. Nesse rol, também cabem a Taça de Portugal de 1941/42, e o Campeonato “Alfacinha” de 1943/44. Todavia, a melhor temporada do defesa ainda estava para vir. Em 1945/46, e já depois de vencer o “Regional” de Lisboa, o Belenenses parte para a disputa do Campeonato Nacional. Numa equipa recheada de internacionais, o jogador era parte integrante do melhor sector defensivo da altura. As “Torres de Belém”, como ficariam conhecidos Feliciano, Vasco e Serafim, acabariam por ser a base do maior sucesso da história do clube. Afrontando a hegemonia dos habituais candidatos, o Belenenses conseguiria ultrapassar Benfica, Sporting e FC Porto, acabando por erguer o troféu de campeões.
Como uma das figuras dos êxitos do Belenenses, Feliciano acabaria também por tornar-se, a nível nacional, num dos futebolistas de maior destaque. As constantes chamadas à selecção portuguesa seriam, disso mesmo, a prova. No entanto, ainda mais extraordinário, seriam os convites que passaria a receber. O primeiro, acabaria por chegar pela mão do mítico Zamora. O guarda-redes espanhol, numa altura em que os jogadores “lusos” rareavam no estrangeiro, proporia a Feliciano a passagem para o Celta de Vigo. A proposta incluía um contrato bem apetecível. Ainda assim, a resposta seria negativa. Depois, ao que consta, seguir-se-ia a vez do Vasco da Gama e, mais uma vez, o atleta negar-se-ia a uma mudança
Feliciano e o Belenenses terminariam a sua ligação no final da época de 1953/54. Numa altura em que o atleta já entrava nos derradeiros anos da sua carreira, o convite do Desportivo de Chaves fá-lo-ia mudar-se para Trás-Os-Montes. No emblema flaviense, emprestaria os seus conhecimentos sobre a modalidade e desempenharia as funções de treinador-jogador.
Também nos “bancos” a carreira de António Feliciano seria recheada de bons momentos. Com ligação ao Desportivo de Chaves, por onde ainda passaria mais algumas vezes, seria no FC Porto que viveria grande parte dos seus anos como treinador. Com uma pequena presença, interina, no plantel principal dos “Dragões”, o seu papel na “formação” do clube seria de enorme importância. Tendo visto reconhecido o mérito do seu trabalho, há que destacar, na lista de jogadores que passaram pela sua alçada, os nomes de Fernando Gomes ou Rodolfo Reis.
*retirado de “100 figuras do futebol português”, Jornal “A Bola”
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