Minuto 84 do jogo frente ao Rio Ave, Graeme Souness põe em campo, para o lugar de Nuno Gomes, um dos mais prometedores atletas das camadas jovens do Benfica. Pouco tempo passado após a sua entrada e o incrível acontece – “Foi um passe do João Pinto. Se tivesse apanhado um fiscal-de-linha que tivesse dormido pouco se calhar tinha assinalado fora-de-jogo, mas eu não estava. Recebi de pé direito, ajeitei com o esquerdo e depois rematei de bico, à Romário”*. Referente à 19ª jornada da temporada de 1999/00, essa partida poderia ter sido o começo de uma história brilhante… mas não foi!
Pepa, que por essa altura tinha apenas 17 anos, era um prodígio. Talvez não tão grande quanto o próprio terá sentido, ou tanto quanto os adeptos quereriam. O avançado haveria de ser traído pela sua imaturidade. A ansiedade, o deslumbramento e, a contenda entre o seu empresário e o Presidente Luís Filipe Vieira, terão destruído o resto.
E o que foi o resto? O resto seria apenas um pequeno resquício daquilo que o jogador poderia ter conseguido, daquilo que tanto havia prometido. Nessas sobras, naquilo que sobejaria do seu trajecto enquanto atleta, restam as passagens por diferentes emblemas, sem que, em nenhuma delas, nada de gratificante dali tirasse.
Primeiro, viria o empréstimo ao Lierse. Problemas burocráticos e dificuldades de adaptação a um contexto bem diferente, fariam com que a estadia do avançado na Bélgica fosse apenas tempo perdido. Depois, Pepa teria a passagem pela equipa “b” do Benfica, uns escassos minutos entre o plantel principal e, como foi referido, a zanga entre o seu representante e o clube “encarnado”. Na resolução desta equação, a saída do atacante seria o resultado. A caminho estaria o ingresso no Varzim e, como muito se especulou por essa altura, a promessa de um lugar nas Antas.
Na Póvoa, com o emblema a disputar o escalão máximo português, o avançado até conseguiria mostrar algumas das suas qualidades. Contudo, a despromoção a que o clube seria vetado no final dessa temporada de 2002/03, como que voltaria a despertar em si os piores momentos. A partir daí, a carreira de Pepa ficaria entregue aos patamares secundários e, já depois de vestir as cores de Paços de Ferreira e Olhanense, uma grave lesão acabaria por pôr um ponto final no seu curto caminho como futebolista.
O seu regresso ao futebol dar-se-ia já depois de uma sincera reflexão sobre os anos despendidos nos relvados. Arrependido pelo percurso escolhido, a atitude que, desde então, haveria de assumir, abrir-lhe-ia diversas portas. Tendo apostado na carreira de treinador, e sendo reconhecido como um árduo e idóneo profissional, as competências que foi ganhando, levá-lo-iam a progredir nessa nova tarefa. Os anos investidos nas camadas jovens de diversos clubes, as funções de adjunto no Tondela ou o papel como coordenador das escolas benfiquistas, prepará-lo-iam para os primeiros trabalhos com técnico principal. Nesse exercício registam-se as passagens pela Sanjoanense e Feirense, que, para o começo desta época de 2016/17, levariam os responsáveis do Moreirense a dar-lhe a primeira oportunidade no universo primodivisionário.
Pepa, que por essa altura tinha apenas 17 anos, era um prodígio. Talvez não tão grande quanto o próprio terá sentido, ou tanto quanto os adeptos quereriam. O avançado haveria de ser traído pela sua imaturidade. A ansiedade, o deslumbramento e, a contenda entre o seu empresário e o Presidente Luís Filipe Vieira, terão destruído o resto.
E o que foi o resto? O resto seria apenas um pequeno resquício daquilo que o jogador poderia ter conseguido, daquilo que tanto havia prometido. Nessas sobras, naquilo que sobejaria do seu trajecto enquanto atleta, restam as passagens por diferentes emblemas, sem que, em nenhuma delas, nada de gratificante dali tirasse.
Primeiro, viria o empréstimo ao Lierse. Problemas burocráticos e dificuldades de adaptação a um contexto bem diferente, fariam com que a estadia do avançado na Bélgica fosse apenas tempo perdido. Depois, Pepa teria a passagem pela equipa “b” do Benfica, uns escassos minutos entre o plantel principal e, como foi referido, a zanga entre o seu representante e o clube “encarnado”. Na resolução desta equação, a saída do atacante seria o resultado. A caminho estaria o ingresso no Varzim e, como muito se especulou por essa altura, a promessa de um lugar nas Antas.
Na Póvoa, com o emblema a disputar o escalão máximo português, o avançado até conseguiria mostrar algumas das suas qualidades. Contudo, a despromoção a que o clube seria vetado no final dessa temporada de 2002/03, como que voltaria a despertar em si os piores momentos. A partir daí, a carreira de Pepa ficaria entregue aos patamares secundários e, já depois de vestir as cores de Paços de Ferreira e Olhanense, uma grave lesão acabaria por pôr um ponto final no seu curto caminho como futebolista.
O seu regresso ao futebol dar-se-ia já depois de uma sincera reflexão sobre os anos despendidos nos relvados. Arrependido pelo percurso escolhido, a atitude que, desde então, haveria de assumir, abrir-lhe-ia diversas portas. Tendo apostado na carreira de treinador, e sendo reconhecido como um árduo e idóneo profissional, as competências que foi ganhando, levá-lo-iam a progredir nessa nova tarefa. Os anos investidos nas camadas jovens de diversos clubes, as funções de adjunto no Tondela ou o papel como coordenador das escolas benfiquistas, prepará-lo-iam para os primeiros trabalhos com técnico principal. Nesse exercício registam-se as passagens pela Sanjoanense e Feirense, que, para o começo desta época de 2016/17, levariam os responsáveis do Moreirense a dar-lhe a primeira oportunidade no universo primodivisionário.
*retirado do artigo de Nuno Travassos, em http://www.maisfutebol.iol.pt, publicado a 31/12/2007
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