794 - RODRIGO FABRI

As boas temporadas feitas pela Portuguesa dos Desportos na segunda metade da década de 90, fariam com que um dos jovens talentos saídos das “escolas” do clube de São Paulo, começasse a ser apontado como um dos grandes craques do futebol brasileiro. Tendo sido considerado, logo nesses primeiros anos, como um dos melhores médios do campeonato “canarinho”, a convocatória para a selecção brasileira seria o resultado dessas boas prestações. Com essa chamada viria o melhor prémio e, em 1997, a sua presença na Taça das Confederações permitir-lhe-ia a conquista do primeiro troféu da sua carreira.
Tamanho destaque, faria com vários clubes na Europa tentassem a sua contratação. Roma, Deportivo La Coruña e Real Madrid seriam, nessa disputa, os nomes mais falados pela comunicação social. A escolha do médio recairia nos da capital espanhola e Rodrigo Fabri passaria a vestir de branco. No entanto, a opção revelar-se-ia desacertada e, tirando na apresentação e pouco mais, seriam raras as vezes que o centrocampista envergaria a camisola “merengue” – “Foi uma decisão errada, pois apesar de jogar a pré-temporada, nunca fui aproveitado na temporada regular. Tinham grandes jogadores no elenco que me tiraram o espaço”*.
Sucessivos empréstimos fariam com que o jogador passasse a andar numa roda-viva entre os dois lados do Atlântico. Flamengo, Santos, Valladolid, Sporting e Grêmio seriam as cores que envergaria durante os anos de contrato com os “madridistas”. Tendo tido, nas colectividades referidas, prestações de bom nível, a sua passagem por Lisboa também revelaria um atleta de fino recorte técnico. A importância que, nessa época de 2000/01, acabaria por ter em Alvalade, levaria os responsáveis do emblema “leonino” a tentar a sua contratação. Contudo, os valores exigidos pelo Real Madrid, insuportáveis para os “Verde e Brancos”, acabariam por fazer com que o clube português recuasse na sua intenção.
É já depois dessa fase de constantes cedências, que surge nova oportunidade em Espanha. Desta feita, vindo do Atlético, o convite feito ao jogador faria com que a esperança de conseguir vingar na Europa renascesse. Ainda assim, o médio atacante falharia mais uma vez nesse seu intuito. Mesmo tendo ainda jogado algumas partidas oficiais pelos “Colchoneros”, coisa que não tinha acontecido na anterior passagem pela cidade, o saldo acabaria também por ser negativo.
O regresso em definitivo ao Brasil, e ao Atlético Mineiro, levaria a que, a partir de 2004, alguns troféus começassem a colorir o seu palmarés. O Campeonato Brasileiro de 2006, vencido ao serviço do São Paulo, ou o “estadual” catarinense, conquistado com a camisola do Figueirense, seriam os títulos conseguidos nessa derradeira fase como profissional. Já em 2009, depois de uma última temporada pelo Santo André, Rodrigo Fabri decide ser a altura certa para pôr um ponto final no seu percurso de futebolista. Sucessivas lesões levariam a que atleta tomasse essa decisão e, apesar de ter continuado a manter a boa forma física em emblemas amadores, a sua actividade mudaria. Tendo decidido investir em diversas áreas de negócios, o antigo médio passaria a apostar na construção civil e na criação de gado.

 
*retirado de http://esporte.band.uol.com.br, publicado a 23/11/2016

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