Com o apuramento a começar numa aparatosa derrota caseira frente à Albânia, muitos ficaram a pensar que, com aquela amostra, a chegada à fase final do Euro 2016 estava seriamente transformada numa miragem. A primeira vítima do desastroso 0-1 de Aveiro, acabaria por ser Paulo Bento. Após um Mundial também ele nada pomposo, o acidente frente a tão modesta congénere transformar-se-ia na óbvia razão para o despedimento do treinador. Porém, Portugal tinha ainda 7 jogos para inverter o mau agoiro da 1ª jornada. Para tal, era necessário um novo timoneiro e, para ocupar o lugar vago, a escolha do Presidente Fernando Gomes recairia em Fernando Santos.
A mudança de seleccionador haveria de alterar o destino da equipa portuguesa. Uma das primeiras medidas do “Engenheiro do Penta”, seria a recuperação de alguns nomes que, para Paulo Bento, já eram cartas fora do baralho. Ricardo Carvalho, Danny e Ricardo Quaresma, acabariam por ser três dos atletas reintegrados. Mesmo numa altura em que a necessidade apontava para uma renovação, a verdade é que a inclusão de jogadores com uma maior experiência traria ao grupo um pragmatismo evidente. Esse acréscimo ficaria bem patente nas jornadas seguintes. Mesmo com algumas exibições menos convincentes, Portugal passaria a ter resultados positivos. Aliás, daí em diante a selecção nacional, no que restaria da fase de qualificação, não conheceria nada mais do que vitórias. Já na conclusão do apuramento, o Grupo I, onde estavam também Arménia, Sérvia e Dinamarca, terminaria com os dois primeiros lugares respectivamente entregues à “Equipa das Quinas” e à surpreendente Albânia.
Passando para o sorteio da fase final, nada melhor para nutrir o ânimo das hostes portuguesas do que, no mesmo grupo, colocar a nossa selecção, Islândia, Hungria e Áustria. Contudo, e contrariamente ao que seria espectável, os jogos tornar-se-iam numa desagradável surpresa. Após 2 partidas, apenas 2 pontos somados. Quem, contudo, não perderia a esperança, seria Fernando Santos. Numa conferência de imprensa dada após o embate com a equipa austríaca, o seleccionador deixaria o seguinte aviso – “eu já disse à minha família que sou vou dia 11 (…) e vou lá e vou ser recebido em festa”. O 3º jogo, com o 3º empate, deixaria Portugal com 3 pontos apenas. Não acredito que, projectado esse cenário antes de terminada a 1ª fase, alguém tivesse a coragem de afirmar que tais resultados seriam suficientes para que a equipa lusa passasse à fase seguinte. O certo é que a obra, quase do foro sobrenatural, aconteceria mesmo e, apesar dos magros números, a repescagem dos melhores 3ºs lugares salvaria a “equipa de todos nós” de um regresso prematuro.
Já a fase a eliminar não seria, em quase nada, diferente da anterior. Nos oitavos-de-final, frente à Croácia, mais um empate no fim do tempo regulamentar. Só no prolongamento é que um golo de Ricardo Quaresma poria o “placard” a nosso favor. Nos quartos-de-final, com a Polónia, o 1-1 levar-nos-ia para os penalties. Depois de 120 minutos, a “roleta” de tal desempate, mais uma vez sorriria às cores lusas. Curiosamente, só na meia-final é que Portugal conseguiria, pela primeira vez em todo o certame, vencer uma partida em apenas 90 minutos. Na disputa de um lugar no derradeiro jogo do torneio, o País de Gales, com Gareth Bale como figura maior, seria incapaz de travar a previsão de Fernando Santos. Cristiano Ronaldo e Nani ajudariam a materializar a premonição do “Míster” e, com 1 golo cada, levariam todo o grupo para Saint-Denis.
Para adversário na final, marcada para o Stade de France a 10 de Julho de 2016, nada mais do que a equipa da casa. Todas as probabilidades dariam como certa a vitória francesa. Veiculadas na comunicação social e redes sociais, começariam a circular algumas notícias que até o autocarro para os festejos gauleses estaria pronto. Começado o encontro, Portugal, numa constância louvável, parecia encaminhar o jogo para mais um empate. Aos 25 minutos, um grande revés para o conjunto luso. Cristiano Ronaldo, após uma entrada dura de Dimitri Payet, sairia lesionado. Mesmo sem o principal artista, o conjunto nacional continuaria a enfrentar a peleja com bravura. Na adversidade de perder o “capitão”, erguer-se-iam outros heróis. Rui Patrício, em felinas estiradas, transformar-se-ia numa barreira para as ofensivas adversárias. Porém, e com os primeiros 90 minutos cumpridos, mais um 0-0. Curiosamente, e sem que ninguém desconfiasse, em campo já estava aquele que viria a transformar-se na figura maior do espectáculo. Aos 79 minutos, e para o lugar de Renato Sanches, entraria no relvado o avançado Éder. Muitos, por certo, questionariam a validade de tal substituição. A verdade é que o ponta-de-lança, tantas vezes criticado e ridicularizado pela falta de golos, haveria de pôr toda uma nação em polvorosa.
Depois de Raphael Guerreiro, na cobrança de um livre, ter feito a bola embater na barra, chegaria a inverosímil hora do “patinho feio”. Com Portugal a acercar-se da baliza contrária, João Moutinho entregaria o esférico a Éder. Pressionado por Laurent Koscielny, mas dando jus ao seu poderio físico, o atacante conseguiria desenvencilhar-se do defesa francês e continuaria a correr paralelamente à linha frontal da grande área. Ainda longe de entrar no último reduto gaulês, e conseguindo afastar-se das azuladas camisolas contrárias, Éder transformaria o minuto 109 no instante perfeito para desferir um forte remate. Afastada a bola para longe de Hugo Lloris, a flamejante coragem de um protagonista improvável transmutar-se-ia num faustoso… golooooooooooooo!!!!
A mudança de seleccionador haveria de alterar o destino da equipa portuguesa. Uma das primeiras medidas do “Engenheiro do Penta”, seria a recuperação de alguns nomes que, para Paulo Bento, já eram cartas fora do baralho. Ricardo Carvalho, Danny e Ricardo Quaresma, acabariam por ser três dos atletas reintegrados. Mesmo numa altura em que a necessidade apontava para uma renovação, a verdade é que a inclusão de jogadores com uma maior experiência traria ao grupo um pragmatismo evidente. Esse acréscimo ficaria bem patente nas jornadas seguintes. Mesmo com algumas exibições menos convincentes, Portugal passaria a ter resultados positivos. Aliás, daí em diante a selecção nacional, no que restaria da fase de qualificação, não conheceria nada mais do que vitórias. Já na conclusão do apuramento, o Grupo I, onde estavam também Arménia, Sérvia e Dinamarca, terminaria com os dois primeiros lugares respectivamente entregues à “Equipa das Quinas” e à surpreendente Albânia.
Passando para o sorteio da fase final, nada melhor para nutrir o ânimo das hostes portuguesas do que, no mesmo grupo, colocar a nossa selecção, Islândia, Hungria e Áustria. Contudo, e contrariamente ao que seria espectável, os jogos tornar-se-iam numa desagradável surpresa. Após 2 partidas, apenas 2 pontos somados. Quem, contudo, não perderia a esperança, seria Fernando Santos. Numa conferência de imprensa dada após o embate com a equipa austríaca, o seleccionador deixaria o seguinte aviso – “eu já disse à minha família que sou vou dia 11 (…) e vou lá e vou ser recebido em festa”. O 3º jogo, com o 3º empate, deixaria Portugal com 3 pontos apenas. Não acredito que, projectado esse cenário antes de terminada a 1ª fase, alguém tivesse a coragem de afirmar que tais resultados seriam suficientes para que a equipa lusa passasse à fase seguinte. O certo é que a obra, quase do foro sobrenatural, aconteceria mesmo e, apesar dos magros números, a repescagem dos melhores 3ºs lugares salvaria a “equipa de todos nós” de um regresso prematuro.
Já a fase a eliminar não seria, em quase nada, diferente da anterior. Nos oitavos-de-final, frente à Croácia, mais um empate no fim do tempo regulamentar. Só no prolongamento é que um golo de Ricardo Quaresma poria o “placard” a nosso favor. Nos quartos-de-final, com a Polónia, o 1-1 levar-nos-ia para os penalties. Depois de 120 minutos, a “roleta” de tal desempate, mais uma vez sorriria às cores lusas. Curiosamente, só na meia-final é que Portugal conseguiria, pela primeira vez em todo o certame, vencer uma partida em apenas 90 minutos. Na disputa de um lugar no derradeiro jogo do torneio, o País de Gales, com Gareth Bale como figura maior, seria incapaz de travar a previsão de Fernando Santos. Cristiano Ronaldo e Nani ajudariam a materializar a premonição do “Míster” e, com 1 golo cada, levariam todo o grupo para Saint-Denis.
Para adversário na final, marcada para o Stade de France a 10 de Julho de 2016, nada mais do que a equipa da casa. Todas as probabilidades dariam como certa a vitória francesa. Veiculadas na comunicação social e redes sociais, começariam a circular algumas notícias que até o autocarro para os festejos gauleses estaria pronto. Começado o encontro, Portugal, numa constância louvável, parecia encaminhar o jogo para mais um empate. Aos 25 minutos, um grande revés para o conjunto luso. Cristiano Ronaldo, após uma entrada dura de Dimitri Payet, sairia lesionado. Mesmo sem o principal artista, o conjunto nacional continuaria a enfrentar a peleja com bravura. Na adversidade de perder o “capitão”, erguer-se-iam outros heróis. Rui Patrício, em felinas estiradas, transformar-se-ia numa barreira para as ofensivas adversárias. Porém, e com os primeiros 90 minutos cumpridos, mais um 0-0. Curiosamente, e sem que ninguém desconfiasse, em campo já estava aquele que viria a transformar-se na figura maior do espectáculo. Aos 79 minutos, e para o lugar de Renato Sanches, entraria no relvado o avançado Éder. Muitos, por certo, questionariam a validade de tal substituição. A verdade é que o ponta-de-lança, tantas vezes criticado e ridicularizado pela falta de golos, haveria de pôr toda uma nação em polvorosa.
Depois de Raphael Guerreiro, na cobrança de um livre, ter feito a bola embater na barra, chegaria a inverosímil hora do “patinho feio”. Com Portugal a acercar-se da baliza contrária, João Moutinho entregaria o esférico a Éder. Pressionado por Laurent Koscielny, mas dando jus ao seu poderio físico, o atacante conseguiria desenvencilhar-se do defesa francês e continuaria a correr paralelamente à linha frontal da grande área. Ainda longe de entrar no último reduto gaulês, e conseguindo afastar-se das azuladas camisolas contrárias, Éder transformaria o minuto 109 no instante perfeito para desferir um forte remate. Afastada a bola para longe de Hugo Lloris, a flamejante coragem de um protagonista improvável transmutar-se-ia num faustoso… golooooooooooooo!!!!
Sem comentários:
Enviar um comentário