Jogava nos juniores do Lusitano do Lobito quando um antigo atleta do Belenenses assiste a uma das suas partidas. Sambinha, alcunha posta por outro adepto do emblema angolano, é de imediato recomendado ao clube lisboeta. Contudo, os da “Cruz de Cristo” não aceitariam prontamente a sugestão. Com uma digressão marcada para o país africano, os responsáveis da colectividade sediada em Belém, tomariam a decisão de estudar o jovem jogador por essa altura. Porém, e no dia de fazerem a tal aferição, o lateral direito não é chamado a jogo. Mesmo perdida a oportunidade, os dirigentes “azuis” decidiriam arriscar na avaliação do fortuito “observador” e a transferência acabaria acordada.
A sua chegada a Lisboa dá-se no seu último ano de júnior. As dificuldades de adaptação a uma realidade completamente diferente fariam com que o atleta pensasse, muitas vezes, em desistir. No entanto, as suas qualidades futebolísticas apontariam em sentido contrário. Sorrateiro e rápido nos movimentos, Sambinha era um jogador que, sem ter um grande físico, conseguia cumprir as tarefas defensivas muito pelo poder de antecipação e marcação. Com tais características, que agradariam aos responsáveis técnicos do Belenenses, ser-lhe-ia oferecida a oportunidade de, na equipa principal, dar seguimento ao seu percurso desportivo. Para sua surpresa, que recorrentemente subavaliava as suas exibições, ao lateral é oferecido novo contrato. O acordo, sem que na altura fosse possível sabê-lo, transformar-se-ia num dos primeiros passos para fazer de Raúl Ferreira dos Santos um dos históricos da “Cruz de Cristo”.
Seriam 13 as épocas que o lateral cumpriria ao serviço dos seniores do Belenenses. Em tão grande número de temporadas, muitos também seriam os momentos vivenciados pelo atleta. A sua participação nas provas nacionais, com mais de 200 jogos disputados só na 1ª divisão, seria apenas superada pela importância das competições continentais. O ponto alto nessa parte da sua carreira seria passado na campanha de 1976/77. Depois de, na temporada anterior, o 3º lugar na tabela classificativa ter posto o clube na senda da Taça UEFA, o sorteio levaria os “Azuis” até Camp Nou. Depois do surpreendente empate a 2 bolas no Estádio do Restelo, a viagem até à Catalunha serviria para exaltar Sambinha. Mesmo tendo perdido por 3-2, os portugueses seriam louvados pelo empenho posto na eliminatória. Destaque maior acabaria por merecer o lateral direito do conjunto nacional, que, segundo os relatos da altura, tornar-se-ia numa dor de cabeça para Johan Cruijff.
A verdade é que a relação que o jogador haveria de construir com o clube extravasaria os deveres desportivos. Sambinha assumiria um compromisso com o Belenenses que iria muito além daquilo que seriam as suas exibições. Se dentro de campo a sua postura, brava e arrebatadora, seria tida como exemplar, também fora do rectângulo de jogo a gratidão que mostrava pelo emblema seria vista como fora do vulgar. Um bom exemplo passar-se-ia com a presença na 2ª divisão, a primeira na história dos “Azuis”, na temporada de 1982/83. Para além de nunca ter querido sair do clube, apesar dos convites de Sporting, ou dos espanhóis Sporting de Gijon e Racing de Santander, o amor por aquele que era o emblema da sua infância, levá-lo-ia a ter uma postura abnegada. Perante o infortúnio da descida de escalão, o lateral, na altura de renovar o contracto, exigiria uma verba bem abaixo do espectável. Contrariamente ao pedido, a direcção recusaria tal proposta e, tendo em conta o que o jogador representava, oferecer-lhe-ia muito mais.
Com o fim da carreira a aproximar-se, Sambinha acabaria por exaltar duas mágoas. A primeira, e mesmo tendo jogado nos “BB” e sub-21, o facto de nunca ter vestido a principal camisola da selecção portuguesa. A outra teria a ver com o Belenenses. Dispensado no final da temporada de 1985/86, o defesa veria esfumar-se o desejo de terminar a sua caminhada de futebolista com a “Cruz de Cristo” ao peito. Na sequência da separação e, antes ainda de em 1989 tomar a decisão de aposentar-se, o lateral passaria por Trofense e Valenciano.
A sua chegada a Lisboa dá-se no seu último ano de júnior. As dificuldades de adaptação a uma realidade completamente diferente fariam com que o atleta pensasse, muitas vezes, em desistir. No entanto, as suas qualidades futebolísticas apontariam em sentido contrário. Sorrateiro e rápido nos movimentos, Sambinha era um jogador que, sem ter um grande físico, conseguia cumprir as tarefas defensivas muito pelo poder de antecipação e marcação. Com tais características, que agradariam aos responsáveis técnicos do Belenenses, ser-lhe-ia oferecida a oportunidade de, na equipa principal, dar seguimento ao seu percurso desportivo. Para sua surpresa, que recorrentemente subavaliava as suas exibições, ao lateral é oferecido novo contrato. O acordo, sem que na altura fosse possível sabê-lo, transformar-se-ia num dos primeiros passos para fazer de Raúl Ferreira dos Santos um dos históricos da “Cruz de Cristo”.
Seriam 13 as épocas que o lateral cumpriria ao serviço dos seniores do Belenenses. Em tão grande número de temporadas, muitos também seriam os momentos vivenciados pelo atleta. A sua participação nas provas nacionais, com mais de 200 jogos disputados só na 1ª divisão, seria apenas superada pela importância das competições continentais. O ponto alto nessa parte da sua carreira seria passado na campanha de 1976/77. Depois de, na temporada anterior, o 3º lugar na tabela classificativa ter posto o clube na senda da Taça UEFA, o sorteio levaria os “Azuis” até Camp Nou. Depois do surpreendente empate a 2 bolas no Estádio do Restelo, a viagem até à Catalunha serviria para exaltar Sambinha. Mesmo tendo perdido por 3-2, os portugueses seriam louvados pelo empenho posto na eliminatória. Destaque maior acabaria por merecer o lateral direito do conjunto nacional, que, segundo os relatos da altura, tornar-se-ia numa dor de cabeça para Johan Cruijff.
A verdade é que a relação que o jogador haveria de construir com o clube extravasaria os deveres desportivos. Sambinha assumiria um compromisso com o Belenenses que iria muito além daquilo que seriam as suas exibições. Se dentro de campo a sua postura, brava e arrebatadora, seria tida como exemplar, também fora do rectângulo de jogo a gratidão que mostrava pelo emblema seria vista como fora do vulgar. Um bom exemplo passar-se-ia com a presença na 2ª divisão, a primeira na história dos “Azuis”, na temporada de 1982/83. Para além de nunca ter querido sair do clube, apesar dos convites de Sporting, ou dos espanhóis Sporting de Gijon e Racing de Santander, o amor por aquele que era o emblema da sua infância, levá-lo-ia a ter uma postura abnegada. Perante o infortúnio da descida de escalão, o lateral, na altura de renovar o contracto, exigiria uma verba bem abaixo do espectável. Contrariamente ao pedido, a direcção recusaria tal proposta e, tendo em conta o que o jogador representava, oferecer-lhe-ia muito mais.
Com o fim da carreira a aproximar-se, Sambinha acabaria por exaltar duas mágoas. A primeira, e mesmo tendo jogado nos “BB” e sub-21, o facto de nunca ter vestido a principal camisola da selecção portuguesa. A outra teria a ver com o Belenenses. Dispensado no final da temporada de 1985/86, o defesa veria esfumar-se o desejo de terminar a sua caminhada de futebolista com a “Cruz de Cristo” ao peito. Na sequência da separação e, antes ainda de em 1989 tomar a decisão de aposentar-se, o lateral passaria por Trofense e Valenciano.
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