Se quiséssemos sumariar a sua passagem pelo futebol, poderíamos dizer o seguinte: indivíduo de posições bem vincadas, cujas inconstâncias desportivas e tantas outras irreverências de cariz pessoal, acabariam por prejudicar um enorme talento. Verdade? Talvez! No entanto, houve sempre um pouco mais em José Ribeiro…
Ao despontar nas camadas jovens do Vitória Futebol Clube, o atacante, na altura da transição para o patamar sénior haveria de tomar uma decisão que, para todos, emergiria como uma surpresa enorme. Apesar do convite de Fernando Vaz para que o promissor atleta assumisse um lugar no plantel principal, a resposta à chamada do treinador seria a de abandonar a modalidade!
Após arranjar um emprego numa afamada cimenteira da zona de Setúbal, a verdade é que a sua paixão pelo “jogo da bola” acabaria por levar a melhor. Depois da inopinada decisão, o desafio de vestir as cores dos amadores do Águas de Moura seria aceite. Para a sua sorte, pouco tempo passaria até que novo convite surgisse. Mais uma vez, o Vitória voltaria à carga. Fernando Vaz, na tentativa de resgatar aquele que tinha sido visto como um dos grandes valores em evolução nas “escolas” sadinas, lançar-lhe-ia novo repto. Anuída a provocação, e após alguns jogos de treino, José Ribeiro voltaria ao famoso listado verde e branco da cidade que, ainda em tenra idade, o tinha acolhido.
Depois da temporada de 1977/78, com desempenhos modestos por parte do recuperado extremo, o serviço militar haveria de atirá-lo para um novo desafio. Com o União de Tomar, em termos de conveniência geográfica, a posicionar-se como o clube mais próximo do quartel para o qual tinha sido convocado, a chegada às margens do Rio Nabão daria um sério empurrão aos intuitos de Ribeiro em vingar no futebol. Apesar de ter passado a disputar a 2ª divisão, a verdade é que o assumido passo atrás tornar-se-ia vital para o seu crescimento. Seria ainda nesse escalão, com a ligação a um novo emblema, que o esquerdino veria ratificado o grande engenho futebolístico. Na União de Coimbra, para onde transitaria na campanha de 1979/80, os seus desempenhos levariam a que diversas colectividades primodivisionárias reconhecessem nele um bom reforço. Com a aferição positiva, chegaria também a oportunidade de mudar a morada para o Minho e de envergar a insígnia de um outro Vitória.
As duas temporadas passadas na cidade de Guimarães seriam importantes para sua afirmação no patamar máximo do nosso futebol. Todavia, a sua alicerçagem como um atleta de topo viria com o regresso ao Distrito de Setúbal. Depois de nunca ter conseguido mostrar-se como um titular no Vitória Sport Clube – dizem que chocava muito com José Maria Pedroto –, ao vestir a camisola do Amora na época de 1982/83, Ribeiro sublinharia os seus excepcionais dotes. A estadia na Medideira salientaria o canhoto como um intérprete de uma técnica e de um ritmo de execução superiores. Essas características, volvido um ano, levá-lo-iam de novo a Coimbra. Já com camisola da Académica, o atleta continuaria a mostrar-se a um nível que, aos olhos de todos, prometia novos horizontes. Após ajudar na subida da “Briosa”, com a conclusão da temporada seguinte começaria a veicular-se a sua mudança de clube. Falar-se-ia do Benfica, do Sporting, do Salamanca e até de uma possível ligação à Liga norte-americana. No entanto, o destino levá-lo-ia a outras paragens.
Já como internacional “A”, por razão do “amigável” disputado em Abril de 1985, Ribeiro ingressaria no Boavista. A primeira época passada no Bessa, a de 1985/86, tornar-se-ia mítica no percurso profissional do atleta. Avaliado como uma das “estrelas” do Campeonato Nacional e ao manter-se no grupo de convocados por José Torres, o fim da referida temporada premiaria o esquerdino com a presença na lista de atletas arrolados para o Campeonato do Mundo de 1986. No certame disputado no México, muito badalado pelos episódios de bastidores, o “Bom Gigante” acabaria por nunca chamar o extremo a jogo. Ainda assim, a falta de presenças em campo e a eliminação de Portugal na fase de grupos em nada beliscariam a imagem desportiva do atacante. Já no rescaldo do “Caso Saltillo”, o jogador, a par de outros colegas, ver-se-ia castigado e afastado da selecção.
De regresso ao Boavista, a sua longevidade com o “axadrezado” portuense seria muito prejudicada por arreliantes lesões. Daí em diante, a sua carreira acabaria mesmo por entrar num precoce declínio. Ainda na 1ª divisão, o Farense e o Estádio de São Luís, com Ribeiro um pouco distante das habituais e exuberantes exibições, tornar-se-iam no cenário para mais alguns contributos do extremo. Seguir-se-iam, já longe dos palcos maiores do futebol luso, o Olhanense e os modestos Alcacerense e a UCRD Praiense.
Ao despontar nas camadas jovens do Vitória Futebol Clube, o atacante, na altura da transição para o patamar sénior haveria de tomar uma decisão que, para todos, emergiria como uma surpresa enorme. Apesar do convite de Fernando Vaz para que o promissor atleta assumisse um lugar no plantel principal, a resposta à chamada do treinador seria a de abandonar a modalidade!
Após arranjar um emprego numa afamada cimenteira da zona de Setúbal, a verdade é que a sua paixão pelo “jogo da bola” acabaria por levar a melhor. Depois da inopinada decisão, o desafio de vestir as cores dos amadores do Águas de Moura seria aceite. Para a sua sorte, pouco tempo passaria até que novo convite surgisse. Mais uma vez, o Vitória voltaria à carga. Fernando Vaz, na tentativa de resgatar aquele que tinha sido visto como um dos grandes valores em evolução nas “escolas” sadinas, lançar-lhe-ia novo repto. Anuída a provocação, e após alguns jogos de treino, José Ribeiro voltaria ao famoso listado verde e branco da cidade que, ainda em tenra idade, o tinha acolhido.
Depois da temporada de 1977/78, com desempenhos modestos por parte do recuperado extremo, o serviço militar haveria de atirá-lo para um novo desafio. Com o União de Tomar, em termos de conveniência geográfica, a posicionar-se como o clube mais próximo do quartel para o qual tinha sido convocado, a chegada às margens do Rio Nabão daria um sério empurrão aos intuitos de Ribeiro em vingar no futebol. Apesar de ter passado a disputar a 2ª divisão, a verdade é que o assumido passo atrás tornar-se-ia vital para o seu crescimento. Seria ainda nesse escalão, com a ligação a um novo emblema, que o esquerdino veria ratificado o grande engenho futebolístico. Na União de Coimbra, para onde transitaria na campanha de 1979/80, os seus desempenhos levariam a que diversas colectividades primodivisionárias reconhecessem nele um bom reforço. Com a aferição positiva, chegaria também a oportunidade de mudar a morada para o Minho e de envergar a insígnia de um outro Vitória.
As duas temporadas passadas na cidade de Guimarães seriam importantes para sua afirmação no patamar máximo do nosso futebol. Todavia, a sua alicerçagem como um atleta de topo viria com o regresso ao Distrito de Setúbal. Depois de nunca ter conseguido mostrar-se como um titular no Vitória Sport Clube – dizem que chocava muito com José Maria Pedroto –, ao vestir a camisola do Amora na época de 1982/83, Ribeiro sublinharia os seus excepcionais dotes. A estadia na Medideira salientaria o canhoto como um intérprete de uma técnica e de um ritmo de execução superiores. Essas características, volvido um ano, levá-lo-iam de novo a Coimbra. Já com camisola da Académica, o atleta continuaria a mostrar-se a um nível que, aos olhos de todos, prometia novos horizontes. Após ajudar na subida da “Briosa”, com a conclusão da temporada seguinte começaria a veicular-se a sua mudança de clube. Falar-se-ia do Benfica, do Sporting, do Salamanca e até de uma possível ligação à Liga norte-americana. No entanto, o destino levá-lo-ia a outras paragens.
Já como internacional “A”, por razão do “amigável” disputado em Abril de 1985, Ribeiro ingressaria no Boavista. A primeira época passada no Bessa, a de 1985/86, tornar-se-ia mítica no percurso profissional do atleta. Avaliado como uma das “estrelas” do Campeonato Nacional e ao manter-se no grupo de convocados por José Torres, o fim da referida temporada premiaria o esquerdino com a presença na lista de atletas arrolados para o Campeonato do Mundo de 1986. No certame disputado no México, muito badalado pelos episódios de bastidores, o “Bom Gigante” acabaria por nunca chamar o extremo a jogo. Ainda assim, a falta de presenças em campo e a eliminação de Portugal na fase de grupos em nada beliscariam a imagem desportiva do atacante. Já no rescaldo do “Caso Saltillo”, o jogador, a par de outros colegas, ver-se-ia castigado e afastado da selecção.
De regresso ao Boavista, a sua longevidade com o “axadrezado” portuense seria muito prejudicada por arreliantes lesões. Daí em diante, a sua carreira acabaria mesmo por entrar num precoce declínio. Ainda na 1ª divisão, o Farense e o Estádio de São Luís, com Ribeiro um pouco distante das habituais e exuberantes exibições, tornar-se-iam no cenário para mais alguns contributos do extremo. Seguir-se-iam, já longe dos palcos maiores do futebol luso, o Olhanense e os modestos Alcacerense e a UCRD Praiense.
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