1054 - JAIRO

Com um currículo assente nas campanhas feitas ao serviço do Olaria, equipa brasileira sediada nos arredores do Rio de Janeiro, Jairo despertaria a curiosidade dos dirigentes do Rio Ave. Chegaria na temporada de 1987/88 e para reforçar o sector intermédio da equipa vilacondense. No entanto, e apesar de ser um jogador com uma boa experiência no futebol sénior, a sua adaptação à realidade primodivisionária portuguesa revelaria algumas debilidades.
Sem conseguir impor-se como titular e empurrado pela despromoção do Rio Ave, o médio, finda a campanha da sua chegada a Portugal, acabaria por mudar de clube. Já no União da Madeira, a sua caminhada revelar-se-ia bem diferente. Com o emblema funchalense a disputar a 2ª divisão, mas com a ambição apontada à subida de patamar, Jairo tornar-se-ia num dos pilares da época de 1988/89. Com a promoção garantida, o regresso à divisão máxima não amedrontaria o jogador. Manter-se-ia, naquela que viria a ser a primeira temporada dos “Unionistas” no escalão principal, como uma das apostas mais firmes do grupo. O contexto histórico faria o resto e o atleta, ainda hoje, é recordado como um dos nomes icónicos da colectividade madeirense.
Tendo tudo um fim, também a ligação do médio ao União da Madeira acabaria por conhecer o seu término. Após 4 temporadas, e sem que nada conseguisse beliscar o seu estatuto de titular, Jairo deixaria o conjunto insular. Manter-se-ia por Portugal, durante mais alguns anos. Todavia, as escolhas feitas nos anos vindouros afastá-lo-iam dos palcos principais. Sucedendo-se à sua partida do Funchal, Estrela da Amadora, onde venceria o Campeonato da Divisão de Honra, Campomaiorense e Estoril Praia seriam as colectividades que acolheriam o centrocampista. Já o que aconteceu depois de 1995 tornar-se-ia numa verdadeira incógnita para a maioria. Depois de deixar o emblema da Linha de Cascais, a única evidência é que, a certa altura, terá regressado ao Brasil.
Os registos mais recentes contam-nos que o antigo médio mantem o seu vínculo com o futebol. Por um lado, e no regresso ao Olaria, muito mais do que a sua presença na formação de “veteranos” do clube, Jairo Francisco seria um dos seus fundadores. Paralelamente, a sua ligação profissional à modalidade apresenta-o, nos dias de hoje, como treinador. O bom trabalho realizado à frente dos sub-20 do Madureira levá-lo-ia, em 2017, aos comandos da equipa principal. Mais recentemente, e dando continuidade ao seu percurso pelas “escolas” de emblemas brasileiros, há também que destacar a sua passagem pela Portuguesa do Rio de Janeiro.

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