1066 - CARRASCO

Mano mais novo do internacional espanhol e estrela do Barcelona, Francisco Carrasco, Juan também haveria de enveredar pela vida de jogador. Apesar de nunca ter conseguido alcançar o brilhantismo da carreira do irmão, a sua caminhada pelo mundo do futebol também haveria de lograr com alguns momentos de bonito destaque.
Ao ocupar posições mais avançadas no terreno de jogo, o seu trajecto começaria a ganhar força nos escalões secundários de Espanha. Nástic de Tarragona, San Fernando e, de uma forma já mais sublinhada, o Alcoyano, dariam ao atacante a possibilidade de jogar com bastante frequência. A robustez ganha durante esses 4 anos passados na 2ª divisão “B”, começaria a dar os seus frutos e, com uma vincada consistência, passaria a chamar a atenção de outros emblemas.
Seria na senda dessa sua evolução positiva, que surgiria um dos nomes com história no futebol de “nuestros hermanos”. O Albacete, a disputar o patamar imediatamente acima, haveria de incluir o avançado nos planos competitivos da temporada de 1985/86. Porém, aquilo que prometia ser um passo em frente na sua carreira, acabaria transformado num pequeno revés. Sem conseguir oportunidades suficientes para justificar a sua continuidade, o emblema sediado na comunidade autónoma de Castilla-La Mancha dispensá-lo-ia. À procura de um novo clube, o atleta acabaria por ver no estrangeiro uma hipótese válida e, nesse sentido, decidir-se-ia por uma aventura em Portugal.
Já do lado de cá da Península, sem ter que viajar muitos quilómetros após a passagem na fronteira, seria no Alto Alentejo que o avançado descobriria um novo ímpeto para a sua caminhada profissional. Muito mais do que um simples ensejo, o seu ingresso n’ “O Elvas” seria a grande oportunidade de Juan Carrasco conseguir disputar um escalão máximo. Na 1ª divisão portuguesa, a temporada de 1986/87, em termos exclusivamente pessoais, nem correria muito mal. Aliás, a sua participação em todas as 30 jornadas do Campeonato Nacional, seria a prova de um bom rendimento. Em sentido oposto, os resultados colectivos acabariam por deixar o conjunto raiano na última posição da tabela classificativa. No entanto, as suas exibições não passariam despercebidas e, sem deixar o nosso país, ao atacante seria lançado um novo desafio.
O referido repto levaria Juan Carrasco, na época de 1987/88, até Vila do Conde. No Rio Ave, tal como já tinha sucedido anteriormente na sua carreira, o avançado revelaria algumas dificuldades para demonstrar a sua qualidade futebolística. Ao não conseguir, de forma inequívoca, conquistar um lugar na equipa, o final da temporada ditaria a sua partida. Regressaria a Espanha e, com essa decisão, passaria a vestir as cores do Mollerussa.
O Marino, emblema de Tenerife, marcaria, no início da década de 90, o fim do seu trajecto como futebolista. Contudo, a sua saída do plano competitivo, não afastaria Juan Carrasco do mundo do desporto. Como a principal cara de uma empresa de agenciamento de atletas, o antigo avançado passaria a dedicar-se à gestão de carreiras e eventos.

Sem comentários: