Seria na primeira metade da década de 40, ainda no decorrer da 2ª guerra mundial, que o jovem jogador conseguiria subir à equipa principal do Rapid Viena. Atleta com um físico imponente, o defesa impressionaria pelo rigor táctico e habilidade no desarme. Esses seus predicados fariam com que, com alguma naturalidade, conseguisse tornar-se num dos pilares da equipa. Porém, a grande mudança na sua carreira aconteceria depois de uma digressão feita, pelo conjunto austríaco, ao Brasil. Influenciado pelo que tinha visto, o seu treinador decidiria pôr em prática um novo esquema táctico. Com as alterações, abrir-se-ia uma nova função no sector mais recuado e, para ocupar a posição de líbero, Ernst Happel, pela sua inteligência, acabaria por ser o escolhido.
A sua qualidade futebolística e, principalmente, a segurança que dava ao conjunto do Rapid Viena, ajudariam, sem grande surpresa, a iluminar o caminho da equipa austríaca. Curiosamente, só na campanha de 1945/46, a quarta do atleta como sénior, é que os troféus começariam a surgir no seu palmarés. Nessa temporada, a conquista da “dobradinha”, para além de abrir as portas a uma série de novas conquistas, empurraria o defesa em direcção à selecção. Em rigor, seria necessário esperar mais de um ano para que a sua primeira internacionalização acontecesse. A chamada ocorreria em Setembro de 1947 e a partida frente à Hungria marcaria o arranque de uma caminhada que levaria o atleta a cumprir 51 jogos pelo país natal. Nesse cômputo, há que destacar a participação nos Mundial de 1954, onde a Áustria atingiria o 3º lugar, e a presença no certame de 1958.
Apesar de ter dedicado a quase totalidade da carreira ao Rapid Viena, Ernst Happel também haveria de ter uma aventura no estrangeiro. Já numa fase adiantada da vida como jogador, o defesa passaria 2 temporadas em França e ao serviço do Racing Club de Paris. Seria o regresso à sua cidade e ao clube do seu coração, que selaria o fim da sua caminhada como futebolista. Tempo ainda para enriquecer o palmarés que, desse modo, acabaria preenchido por 6 Campeonatos e 1 Taça da Áustria e pela vitória na Taça Mitropa de 1951.
Mas se o seu currículo como jogador foi brilhante, seria o trajecto como treinador que elevaria Ernst Happel à condição de ícone. Depois de deixar os relvados em 1959, o antigo líbero, ainda no Rapid Viena, passaria a dedicar-se à arte do treino. Começaria como adjunto para, em 1962, assumir o primeiro projecto como técnico principal. Ao aceitar o convite do ADO Den Haag, o austríaco encetaria um trajecto, em tudo, brilhante. Tanto na Holanda, como na Bélgica, na Alemanha ou, por fim, no regresso à Áustria, o seu trabalho seria sempre louvado. Claro está que, pelo meio de tantos títulos, houve alguns que ficariam registados como excepcionais. A nível de clubes, não há como contornar as suas passagens pelo Feyenoord e pelo Hamburger SV. No emblema de Roterdão para além da vitória em 2 Campeonatos e 1 Taça, seria pela sua mão que o clube viria, em 1970, a tornar-se na primeira colectividade holandesa a vencer a Taça dos Clubes Campeões Europeus. Já na cidade do norte alemão repetiria o feito e, em 1983, voltaria a erguer o prestigiado troféu.
Também o papel de seleccionador faria parte do seu caminho. À frente da Holanda, Ernst Happel conduziria uma constelação de estrelas ao Mundial de 1978. No torneio disputado na Argentina chegaria à final, mas, mais uma vez, a equipa “laranja” viria a ser derrotada. Frente ao conjunto da casa, o resultado até poderia ter sido diferente. Com o final do jogo à vista, e com o “placard” a mostrar 1-1, Rensenbrink, na cara do golo, conseguiria mandar uma bola à trave. O desafio seguiria para prolongamento e no final, já com a partida desempatada, o 3-1 do marcador ditaria a vitória dos “Alvicelestes”.
Apesar de nestes 2 últimos parágrafos ter abordado aqueles que foram os momentos mais altos da sua carreira enquanto treinador, outros e muitos títulos também fizeram parte do seu longo trajecto. Com uma filosofia de jogo assente numa disponibilidade física inabalável e na pressão contínua sobre os adversários, Ernst Happel, como aqui já foi dito, teve êxito em quase todos os seus projectos. No sentido de fazer maior justiça ao seu brilhantismo, falta então descrever, num apanhado, o resto das suas conquistas. Assim sendo: no ADO Den Haag, venceu a Taça da Holanda de 1967/68; no Feyenoord também ganhou a Taça Intercontinental de 1970; já no Club Brugge, entre 1976 e 1978, celebrou o tricampeonato e a vitória na Taça de 1977; ao passar para o Standard Liège, veio, em 1979, mais 1 Taça; no Hamburger SV, entre 1982 e 1983, conseguiu a dupla conquista da “Bundesliga” e a Taça da Alemanha em 1987; finalmente, pelo FC Tirol, venceu 2 Ligas austríacas entre 1989 e 1990 e a Taça de 1989.
A sua qualidade futebolística e, principalmente, a segurança que dava ao conjunto do Rapid Viena, ajudariam, sem grande surpresa, a iluminar o caminho da equipa austríaca. Curiosamente, só na campanha de 1945/46, a quarta do atleta como sénior, é que os troféus começariam a surgir no seu palmarés. Nessa temporada, a conquista da “dobradinha”, para além de abrir as portas a uma série de novas conquistas, empurraria o defesa em direcção à selecção. Em rigor, seria necessário esperar mais de um ano para que a sua primeira internacionalização acontecesse. A chamada ocorreria em Setembro de 1947 e a partida frente à Hungria marcaria o arranque de uma caminhada que levaria o atleta a cumprir 51 jogos pelo país natal. Nesse cômputo, há que destacar a participação nos Mundial de 1954, onde a Áustria atingiria o 3º lugar, e a presença no certame de 1958.
Apesar de ter dedicado a quase totalidade da carreira ao Rapid Viena, Ernst Happel também haveria de ter uma aventura no estrangeiro. Já numa fase adiantada da vida como jogador, o defesa passaria 2 temporadas em França e ao serviço do Racing Club de Paris. Seria o regresso à sua cidade e ao clube do seu coração, que selaria o fim da sua caminhada como futebolista. Tempo ainda para enriquecer o palmarés que, desse modo, acabaria preenchido por 6 Campeonatos e 1 Taça da Áustria e pela vitória na Taça Mitropa de 1951.
Mas se o seu currículo como jogador foi brilhante, seria o trajecto como treinador que elevaria Ernst Happel à condição de ícone. Depois de deixar os relvados em 1959, o antigo líbero, ainda no Rapid Viena, passaria a dedicar-se à arte do treino. Começaria como adjunto para, em 1962, assumir o primeiro projecto como técnico principal. Ao aceitar o convite do ADO Den Haag, o austríaco encetaria um trajecto, em tudo, brilhante. Tanto na Holanda, como na Bélgica, na Alemanha ou, por fim, no regresso à Áustria, o seu trabalho seria sempre louvado. Claro está que, pelo meio de tantos títulos, houve alguns que ficariam registados como excepcionais. A nível de clubes, não há como contornar as suas passagens pelo Feyenoord e pelo Hamburger SV. No emblema de Roterdão para além da vitória em 2 Campeonatos e 1 Taça, seria pela sua mão que o clube viria, em 1970, a tornar-se na primeira colectividade holandesa a vencer a Taça dos Clubes Campeões Europeus. Já na cidade do norte alemão repetiria o feito e, em 1983, voltaria a erguer o prestigiado troféu.
Também o papel de seleccionador faria parte do seu caminho. À frente da Holanda, Ernst Happel conduziria uma constelação de estrelas ao Mundial de 1978. No torneio disputado na Argentina chegaria à final, mas, mais uma vez, a equipa “laranja” viria a ser derrotada. Frente ao conjunto da casa, o resultado até poderia ter sido diferente. Com o final do jogo à vista, e com o “placard” a mostrar 1-1, Rensenbrink, na cara do golo, conseguiria mandar uma bola à trave. O desafio seguiria para prolongamento e no final, já com a partida desempatada, o 3-1 do marcador ditaria a vitória dos “Alvicelestes”.
Apesar de nestes 2 últimos parágrafos ter abordado aqueles que foram os momentos mais altos da sua carreira enquanto treinador, outros e muitos títulos também fizeram parte do seu longo trajecto. Com uma filosofia de jogo assente numa disponibilidade física inabalável e na pressão contínua sobre os adversários, Ernst Happel, como aqui já foi dito, teve êxito em quase todos os seus projectos. No sentido de fazer maior justiça ao seu brilhantismo, falta então descrever, num apanhado, o resto das suas conquistas. Assim sendo: no ADO Den Haag, venceu a Taça da Holanda de 1967/68; no Feyenoord também ganhou a Taça Intercontinental de 1970; já no Club Brugge, entre 1976 e 1978, celebrou o tricampeonato e a vitória na Taça de 1977; ao passar para o Standard Liège, veio, em 1979, mais 1 Taça; no Hamburger SV, entre 1982 e 1983, conseguiu a dupla conquista da “Bundesliga” e a Taça da Alemanha em 1987; finalmente, pelo FC Tirol, venceu 2 Ligas austríacas entre 1989 e 1990 e a Taça de 1989.
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