Como preferem? Raimundo Barreto, Dino Furacão ou, simplesmente, Dino?
Bem, para pôr justiça numa possível resposta, há que facultar outros dados. Nesse propósito, penso que sem grande surpresa, posso confessar-vos que a primeira opção é um singelo nome de baptismo. Já a última escolha indica-nos o vocábulo pelo qual ficou conhecido em Portugal. Por outro lado, temos ainda um tal fenómeno meteorológico que, mais do que a alcunha ganha no Brasil, haveria de tornar-se na sua imagem dentro de campo… Já escolheram? Enquanto pensam, vou contar-vos a história deste avançado!
Depois de terminar a formação no Bahia, seria o emblema sediado em São Salvador que também daria a oportunidade a Dino para rubricar o primeiro contrato profissional. Mesmo a jogar num dos históricos emblemas do desporto brasileiro, o avançado, passados alguns anos, decidiria mudar-se para um dos maiores centros futebolísticos do país. No Estado de São Paulo começaria por representar o XV de Jaú, para, de seguida, vestir as cores do São Bento. Seria já no conjunto de Sorocaba que o atacante acabaria convocado para a selecção estadual. Com uma evolução positiva, as boas exibições despertariam a atenção dos responsáveis do Santos, que, em 1985, tomariam a decisão de contratar o atleta de 25 anos.
Terminada a experiência no “Peixe”, seguir-se-ia Portugal. Talvez à procura de mais oportunidades para jogar, Dino aceitaria o convite vindo da 2ª divisão lusa. Porém, o desafio lançado pelo Nacional da Madeira e anuído pelo jogador, pouco tempo manteria o avançado longe dos principais escaparates. Após a promoção conseguida no final da temporada de estreia no Funchal, a campanha seguinte, a de 1988/89, entregaria o atacante ao patamar máximo. Ainda com as cores do emblema insular, as suas qualidades levá-lo-iam a destacar-se como um dos melhores intérpretes do nosso Campeonato. Com uma velocidade estonteante, uma boa técnica e uma vontade sagaz, o acréscimo dado por si aos grupos onde estava inserido tornar-se-ia evidente. Nesse sentido, se a colectividade funchalense serviria para confirmar o que no Brasil já era sabido, seria o Beira-Mar que haveria de consagrá-lo como uma verdadeira “estrela”.
A mudança para Aveiro, selada na temporada de 1990/91, coincidiria com um dos mais importantes capítulos da história dos “Aurinegros”. Com Dino a marcar 5 golos durante as eliminatórias, o Beira-Mar, no culminar de uma campanha invejável, chegaria à final da Taça de Portugal. Já no Jamor, o desafio daria pelo nome de FC Porto. Com o treinador Vítor Urbano a eleger o avançado para o “onze” inicial, nem aquele que era um conjunto composto por atletas de muita experiência conseguiria levar de vencida a equipa “Azul e Branca”. O troféu acabaria no museu dos “Dragões”. Ainda assim, nem tudo tinham sido derrotas e as boas exibições do conjunto vouguense serviriam para alicerçar o clube como uma equipa difícil de ultrapassar.
As dificuldades impostas nos embates do Estádio Mário Duarte, dariam jus a uma série de episódios memoráveis. Mais caricata seria ainda a circunstância da história vivida por Dino na sequência de um golo que retiraria às “Águias” a hipótese de conquistar o título de 1992/93 – “Quando voltei para Portugal, no ano seguinte, o avião não foi para o Porto mas para Lisboa. Quando ia apanhar o táxi para ir para Aveiro fui insultado pelo taxista que era benfiquista. Xingou-me, disse-me palavras não muito boas. Pensei que ia ficar em Lisboa, mas lá consegui ir para Aveiro”*.
As últimas temporadas de Dino como futebolista profissional seriam passadas em Portugal. Depois de envergar as camisolas do Vitória de Setúbal e do Desportivo de Chaves, o ano de 1996 marcaria o fim da sua carreira. Depois da “aposentação”, já formado em Educação Física, o antigo avançado fixar-se-ia no Brasil e passaria a dedicar-se ao ensino.
*retirado do artigo de João Tiago Figueiredo, publicado em https://maisfutebol.iol.pt, a 30/04/2015
Bem, para pôr justiça numa possível resposta, há que facultar outros dados. Nesse propósito, penso que sem grande surpresa, posso confessar-vos que a primeira opção é um singelo nome de baptismo. Já a última escolha indica-nos o vocábulo pelo qual ficou conhecido em Portugal. Por outro lado, temos ainda um tal fenómeno meteorológico que, mais do que a alcunha ganha no Brasil, haveria de tornar-se na sua imagem dentro de campo… Já escolheram? Enquanto pensam, vou contar-vos a história deste avançado!
Depois de terminar a formação no Bahia, seria o emblema sediado em São Salvador que também daria a oportunidade a Dino para rubricar o primeiro contrato profissional. Mesmo a jogar num dos históricos emblemas do desporto brasileiro, o avançado, passados alguns anos, decidiria mudar-se para um dos maiores centros futebolísticos do país. No Estado de São Paulo começaria por representar o XV de Jaú, para, de seguida, vestir as cores do São Bento. Seria já no conjunto de Sorocaba que o atacante acabaria convocado para a selecção estadual. Com uma evolução positiva, as boas exibições despertariam a atenção dos responsáveis do Santos, que, em 1985, tomariam a decisão de contratar o atleta de 25 anos.
Terminada a experiência no “Peixe”, seguir-se-ia Portugal. Talvez à procura de mais oportunidades para jogar, Dino aceitaria o convite vindo da 2ª divisão lusa. Porém, o desafio lançado pelo Nacional da Madeira e anuído pelo jogador, pouco tempo manteria o avançado longe dos principais escaparates. Após a promoção conseguida no final da temporada de estreia no Funchal, a campanha seguinte, a de 1988/89, entregaria o atacante ao patamar máximo. Ainda com as cores do emblema insular, as suas qualidades levá-lo-iam a destacar-se como um dos melhores intérpretes do nosso Campeonato. Com uma velocidade estonteante, uma boa técnica e uma vontade sagaz, o acréscimo dado por si aos grupos onde estava inserido tornar-se-ia evidente. Nesse sentido, se a colectividade funchalense serviria para confirmar o que no Brasil já era sabido, seria o Beira-Mar que haveria de consagrá-lo como uma verdadeira “estrela”.
A mudança para Aveiro, selada na temporada de 1990/91, coincidiria com um dos mais importantes capítulos da história dos “Aurinegros”. Com Dino a marcar 5 golos durante as eliminatórias, o Beira-Mar, no culminar de uma campanha invejável, chegaria à final da Taça de Portugal. Já no Jamor, o desafio daria pelo nome de FC Porto. Com o treinador Vítor Urbano a eleger o avançado para o “onze” inicial, nem aquele que era um conjunto composto por atletas de muita experiência conseguiria levar de vencida a equipa “Azul e Branca”. O troféu acabaria no museu dos “Dragões”. Ainda assim, nem tudo tinham sido derrotas e as boas exibições do conjunto vouguense serviriam para alicerçar o clube como uma equipa difícil de ultrapassar.
As dificuldades impostas nos embates do Estádio Mário Duarte, dariam jus a uma série de episódios memoráveis. Mais caricata seria ainda a circunstância da história vivida por Dino na sequência de um golo que retiraria às “Águias” a hipótese de conquistar o título de 1992/93 – “Quando voltei para Portugal, no ano seguinte, o avião não foi para o Porto mas para Lisboa. Quando ia apanhar o táxi para ir para Aveiro fui insultado pelo taxista que era benfiquista. Xingou-me, disse-me palavras não muito boas. Pensei que ia ficar em Lisboa, mas lá consegui ir para Aveiro”*.
As últimas temporadas de Dino como futebolista profissional seriam passadas em Portugal. Depois de envergar as camisolas do Vitória de Setúbal e do Desportivo de Chaves, o ano de 1996 marcaria o fim da sua carreira. Depois da “aposentação”, já formado em Educação Física, o antigo avançado fixar-se-ia no Brasil e passaria a dedicar-se ao ensino.
*retirado do artigo de João Tiago Figueiredo, publicado em https://maisfutebol.iol.pt, a 30/04/2015
Sem comentários:
Enviar um comentário