1083 - PAULO DUARTE

Com o percurso formativo a cumprir-se com as cores do Boavista, haveria de ser a União de Coimbra a abrir-lhe as portas do patamar sénior. Com o referido passo dado na 2ª divisão de 1987/88, seria nesse mesmo escalão que Paulo Duarte competiria nos anos vindouros. Nesse correr, seguir-se-ia a União de Leiria. Ainda sem alcançar o degrau máximo do futebol português, a primeira passagem do defesa-central pela “Cidade do Lis” permitir-lhe-ia evoluir. O crescimento demonstrado durante essas 3 temporadas aguçariam o apetite de outros emblemas e o resultado saldar-se-ia pela sua transferência para o Salgueiros.
A ida para Paranhos, quando contava 22 anos de idade, encetaria um longo périplo pelo escalão máximo. Durante mais de uma década, com a excepção de uma curta despromoção à divisão de Honra, Paulo Duarte vogaria pelos principais palcos do futebol nacional. As 2 épocas passadas no emblema portuense e outras 2 com as cores do Marítimo transmitiriam a ideia de um jogador com características fiáveis e permitir-lhe-iam alcançar o estatuto de atleta primodivisionário. Com nova mudança para Leiria, o “status” alcançado nas campanhas anteriores torná-lo-iam num dos pilares do plantel e, ao ser uma das figuras mais importantes do emblema leiriense, em muito contribuiria para cimentar a equipa beirã como um conjunto de topo.
Ao conseguir, quase sempre, ser eleito para o “onze” inicial, Paulo Duarte sublinharia o seu peso na estratégia montada pelos diversos treinadores que, durante 9 anos consecutivos, orientariam o jogador na União de Leiria. A regularidade das suas aparições torná-lo-iam num dos ícones de etapas memoráveis. Às participações na Taça Intertoto e na Taça UEFA, juntar-se-iam as temporadas de 2000/01 ou 2002/03, onde o conjunto conseguiria o 5º posto no Campeonato Nacional. Na senda de glórias, há também que fazer referência para a sua presença na final da Taça de Portugal de 2002/03 e na Supertaça Cândido de Oliveira disputada na época seguinte.
O Verão de 2004 marcaria a sua passagem para as funções de técnico. Como adjunto, daria os primeiros passos na União de Leiria. Ainda na agremiação da Beira Litoral, em 2006/07 teria a oportunidade de estrear-se como treinador-principal. Pouco mais tempo estaria em Portugal. Em 2008, depois de, várias vezes, ter recusado o repto lançado por Ousséni Zongo, seu antigo pupilo no emblema leiriense, Paulo Duarte assumiria o comando da selecção do Burkina Faso. Pela nação africana, com diversas passagens, participaria em 3 edições da CAN. Em 2017, no âmbito do referido certame, o antigo defesa conseguiria uma verdadeira proeza e levaria os seus discípulos ao 3º lugar do pódio.
Por entre as experiências na selecção do Burkina Faso, Paulo Duarte acumularia outros trabalhos. O Le Mans, na francesa “Ligue 1”, a selecção do Gabão ou os tunisinos do CS Sfaxien, tornar-se-iam nesses referidos projectos. Já para esta temporada de 2020/21, sem nunca deixar o continente africano, Angola acabaria por revelar-se como o seu destino e o 1º de Agosto no novo desafio do treinador português.

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