1118 - REINALDO

Vindo da Guiné-Bissau, diz-se que descoberto por “olheiros” com ligações a um emblema da 1ª divisão, Reinaldo acabaria, na temporada de1973/74, a representar os transmontanos do Vila Real. Ao mostrar-se como um avançado-centro possante, combativo e bom no jogo aéreo, depressa começaria a despertar a cobiça de emblemas com uma maior ambição.
Um ano volvido sobre a sua chegada a Portugal, dá-se mais um salto na sua, ainda curta, carreira. Um convite do Famalicão levá-lo-ia a subir da 3º escalão para o 2º patamar do futebol nacional e, com tal mudança, a merecer um destaque mais afincado. Com as cores do emblema minhoto, ainda que com uma temporada de intervalo passada no Régua, as suas qualidades sublinhar-se-iam bem acima da média. Com os golos concretizados a servirem de preciosa ajuda aos objectivos colectivos, a conquista do Campeonato da 2ª divisão de 1977/78 não só representaria a subida do clube ao patamar maior, como destacaria Reinaldo no papel de grande estrela da equipa.
Com a promoção garantida, o ponta-de-lança já não prosseguiria a carreira no regresso do conjunto de Vila Nova de Famalicão ao convívio com os “grandes”. A fama, alimentada pelos remates certeiros e por uma postura guerreira, dar-lhe-ia o ensejo de saltar para um dos mais importantes emblemas de Portugal. Contratado pelo Benfica para a temporada de 1978/79, a sua adaptação correria com uma espantosa espontaneidade. Ao não ficar amedrontado por um cenário competitivo completamente diferente daquele a que estava habituado, a estreia na 1ª divisão correria de feição. Orientado pelo inglês John Mortimore, o atacante rapidamente conquistaria o seu lugar no “onze” dos “Encarnados”. Tendo Nené como parceiro do sector mais ofensivo, Reinaldo concluiria as 2 primeiras campanhas com merecidos louvores. Depois, e com a entrada de Lajos Baróti para o comando técnico, veria a sua preponderância beliscada. Seguir-se-iam algumas lesões e o boato que deixaria marcas na sua vida profissional e pessoal.
Já com 6 internacionalizações pela principal “camisola das quinas” e com 1 Campeonato Nacional e 2 Taças de Portugal a abrilhantarem-lhe o currículo, Reinaldo, dizem que para tentar fugir aos holofotes da imprensa sensacionalista, acabaria por mudar-se para o Boavista. Na colectividade portuense, daria continuidade aos números que já tinha apresentado principalmente durante a primeira metade dos 4 anos passados no Estádio “da Luz”. Em 1984/85 transferir-se-ia para o Sporting de Braga. De volta ao Minho, acabaria por vincar o início da fase descendente da sua caminhada desportiva. Estoril Praia na 2ª divisão e o Varzim na derradeira aparição do atleta no escalão máximo, transformar-se-iam nos passos que, no regresso ao Régua, precederiam o fim da sua vida como futebolista.
Mesmo sem deixar grande marca, Reinaldo também experimentaria as funções de técnico. Após a sua mudança para o Luxemburgo, onde ainda reside, aceitaria o convite dos responsáveis directivos do RM Hamm Benfica, para orientar o conjunto no desenrolar da época de 2006/07.

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