1170 - HERMÓGENES

É impossível desassociar a vida desportiva de Hermógenes de uma boa e importante parte da história do Rio Ave. Ao ter entrado para as “escolas” do emblema vila-condense com 14 anos, a subida dos diferentes degraus formativos levariam o defesa a chegar ao conjunto principal, ainda a colectividade militava nas “distritais” da Associação de Futebol do Porto. Com a estreia pelos seniores a acontecer na primeira metade da década de 70, o jogador, ao tornar-se numa figura importante para o evoluir da equipa, acabaria por fixar-se no lado direito do sector mais recuado.
Acompanharia, num crescimento partilhado entre a sua pessoa e o colectivo, as subidas que, na temporada de 1976/77, levariam os rioavistas a conseguir arrecadar o título de campeão da 3ª divisão nacional. Numa senda vitoriosa, a ambição de clube e atletas, com o lateral a comportar-se como um exemplo de combatividade e paixão pelo listado vertical verde e branco, levá-los-ia a nova promoção. Ao partilhar o balneário com nomes como Alberto, Duarte, Samuel, Mário Reis, Quim, entre outros atletas que também acabariam por inscrever a sua identidade nos anais do clube, Hermógenes imortalizar-se-ia como um dos elementos que viria a participar na inédita subida do Rio Ave ao 1º escalão.
Curiosamente, a campanha de 1979/80, a tal da estreia do clube e do jogador no degrau maior do nosso futebol, terminaria, depois de mais de duas décadas de união, com a separação entre Hermógenes e o emblema de Vila do Conde. Seguir-se-iam na sua caminhada competitiva, sempre nos escalões secundários, União de Coimbra, Leça, AD Fafe e Bragança. Finalmente, já na época de 1985/86, dar-se-ia o regresso ao Rio Ave, para ajudar a nova subida ao patamar máximo e, igualmente, para pôr um ponto final na sua carreira enquanto futebolista.
O “pendurar das chuteiras” não significaria para Hermógenes o fim da sua relação com o futebol. Continuaria, ligado ao emblema da caravela, a labutar em prol dos sucessos colectivos. Cumpriria diferentes papéis, dentro dos quais trabalharia no departamento de “scouting”. Também passaria pela função de treinador-adjunto da equipa sénior e, como interino, chegaria a ocupar a posição de técnico-mor da equipa principal.

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