1172 - VÍTOR PEREIRA

Ao evoluir favoravelmente nas “escolas” do Grupo Desportivo da CUF, Vítor Pereira, também ele natural do Barreiro, veria o crescimento dos seus desempenhos levá-lo às jovens equipas da Federação Portuguesa de Futebol. Pelos actualmente designados sub-18, conseguiria várias chamadas e a presença em importantes certames. Sob a alçada de Peres Bandeira e ao lado de nomes como Fidalgo, Shéu, Jordão, Rodolfo, Ibraim Silva, entre outros jogadores que viriam a tornar-se famosos no contexto nacional, seria convocado para a Fase Final da edição de 1971 do Torneio Internacional de Juniores da UEFA. Na antiga Checoslováquia, ao participar em 4 das 5 partidas, ajudaria Portugal a chegar à final, durante a qual o conjunto luso claudicaria frente à Inglaterra.
Por altura da competição referida no parágrafo acima, já Vítor Pereira tinha conseguido estrear-se pela equipa principal da CUF. Nessa temporada de 1970/71, com o emblema barreirense a militar na 1ª divisão, o médio, que preferencialmente actuava no lado direito do sector intermediário, começaria logo a dar sinais de fácil adaptação a contextos competitivos mais exigentes. Ainda assim, a sua afirmação inequívoca no plantel sénior, demoraria algum tempo. Após a estreia com o treinador Carlos Silva, seria sob a orientação de Fernando Caiado que o atleta acabaria por tornar mais regular a sua comparência no “onze”. Da época de 1972/73 para a frente, o jogador passaria a ser visto como uma das caras habituais no alinhamento titular. Nesse sentido, daria o contributo para as classificações cimeiras no Campeonato Nacional, participaria na Taça UEFA de 1972/73 e ajudaria a vencer a Taça Intertoto de 1974.
Como um dos elementos a granjear maior destaque no emblema da CUF, e com o seu histórico nos diferentes escalões da selecção também a justificá-lo, a chamada à principal “Equipa da Quinas” acabaria encarada como um merecido prémio. A estreia, pela mão de José Maria Pedroto, aconteceria a 03 de Abril de 1974. Depois desse “particular” frente à Inglaterra, Vítor Pereira apenas participaria em mais uma partida pelo conjunto “A” de Portugal. Por outro lado, o registo do médio nos “esperanças” seria bem mais rico. Num total de 8 partidas disputadas, o atleta participaria em vários contextos competitivos, a exemplo, o Torneio de Toulon. Já a soma, como resultado do percurso trilhado nos vários patamares lusos, torná-lo-ia no elemento da colectividade do Barreiro a conseguir juntar ao currículo o maior número de internacionalizações.
Com a despromoção da CUF no final da temporada de 1975/76, a ligação ao emblema que o tinha formado, acabaria por romper-se. Seguir-se-iam, ainda na 1ª divisão, outras agremiações, com o Boavista a surgir como a primeira. Na cidade do Porto, mesmo não tendo conseguido afirmar-se de forma tão categórica quanto antes, os “Axadrezados” tornar-se-iam num dos clubes de relevo no seu trajecto futebolístico. Depois da presença nas competições europeias, viria a participação no plantel que, na campanha de 1978/79, venceria a Taça de Portugal.
O Sporting de Espinho, onde cumpriria a derradeira época no escalão maior, e a Sanjoanense também coloririam a derradeira fase da carreira do médio. Já o fim viria com o regresso a “casa” e, depois do nome alterado, à Quimigal. Após 2 temporadas na colectividade da sua terra natal, a temporada de 1982/83 transformar-se-ia na última de Vítor Pereira como praticante profissional.

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