1266 - CERDEIRA

Ao dar bons sinais durante o percurso formativo feito nas “escolas” leoninas, Rui Cerdeira acabaria também incluído nos trabalhos a cargo da Federação Portuguesa de Futebol. Chamado a campo pela primeira vez em Março de 1975, a essa internacionalização, conseguida pelos agora denominados sub-16, seguir-se-iam outras convocatórias que, num total de 8 participações com a “camisola das quinas”, levariam o atleta até ao escalão de “esperanças” (sub-21).
Já no Sporting, visto como uma das boas promessas saídas da formação, Cerdeira acabaria incluído na equipa principal, na campanha de 1976/77. Lançado pelo treinador inglês Jimmy Hagan, as épocas seguintes permitiriam ao jovem médio participar um pouco mais nas pelejas colectivas. Ainda assim, face à concorrência de colegas mais tarimbados, casos de Fraguito, Ademar ou Meneses, o atleta nunca seria aferido com notoriedade suficiente para fazer dele um titular. Nesse sentido, após uma temporada de 1979/80 em que conseguiria poucas oportunidades, a sua ligação ao emblema lisboeta terminaria e, com o palmarés pessoal colorido pelas conquistas de 1 Taça de Portugal e 1 Campeonato Nacional, o futebolista prosseguiria a carreira um pouco mais a sul.
No Vitória Futebol Clube a partir da temporada de 1980/81, sempre sem sair da 1ª divisão, Cerdeira, em termos exibicionais, viveria o período mais prolífero da sua caminhada enquanto desportista profissional. Com algumas épocas do mais alto gabarito, o jogador, com a sua passagem de 5 anos pela cidade de Setúbal, conseguiria, de forma indubitável, cimentar-se como uma das boas figuras a disputar as provas nacionais. Mesmo sem metas colectivas de grande destaque, resultado das campanhas tranquilas realizadas durante esse período pelos “Sadinos”, as suas exibições seriam suficientes para acalentá-lo como um praticante de cariz primodivisionário.
O estatuto conquistado durante grande parte do seu trajecto futebolístico dar-lhe-ia a oportunidade de ainda envergar a camisola verde-rubra do Marítimo. No entanto, a sua passagem pela ilha da Madeira resumir-se-ia a pouco mais do que a disputa das provas agendadas para a temporada de 1985/86. Já com a campanha seguinte em andamento, o atleta deixaria o Funchal e, de regresso ao território continental, passaria a integrar o plantel sénior do Cova da Piedade. Essa entrada na equipa sediada na Margem Sul do Rio Tejo, marcaria uma nova fase na carreira do jogador a qual seria cumprida nos patamares secundários.
Seguir-se-iam, num trajecto que terminaria no início da década de 1990, Louletano e Almancilence. Porém, o “pendurar das chuteiras” não significaria o fim da ligação à modalidade. Numa carreira de treinador alimentada pelos escalões inferiores, Cerdeira teria várias experiências , como são o exemplo as suas passagens por Camacha, Coruchense, Oliveira do Hospital, Portosantense ou Desportivo de Beja.

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