Após dar os primeiros passos na colectividade da terra natal, o Minas de São Domingos FC, Alfredo Valadas veria o Luso de Beja a interessar-se pelos seus préstimos. Depois de 3 anos a actuar pela agremiação da cidade capital de distrito, o extremo-esquerdo seria contratado pelo Sporting. Em Lisboa a partir da temporada de 1931/32, a qualidade das suas exibições valer-lhe-ia um lugar de destaque no plantel leonino. Curiosamente, ao contrário do que a posição ocupada em campo poderia dar a entender, o atacante, em termos técnicos, não era excepcionalmente dotado. Porém, ao valer-se de um pontapé forte e preciso e de um entusiasmo ímpar haveria de conquistar adeptos, colegas e adversários.
A importância ganha de “Leão” ao peito, apesar da falta de troféus conquistados, levá-lo-ia à estreia na selecção nacional. Com as cores de Portugal, começaria numa partida frente à Jugoslávia, agendada para o Estádio do Lumiar. Contudo, esse “particular” disputado a 3 de Maio de 1932, não marcaria apenas a primeira de 6 internacionalizações com que coloriria a carreira. Para além da presença em campo, o atacante marcaria o segundo golo do conjunto luso e, desse modo, ajudaria à vitória por 3-2.
Apesar de ser “um sportinguista ferrenho”*, Valadas, por razão de um desentendimento com os responsáveis pelo emblema “verde e branco”, tomaria a decisão de deixar Lisboa para voltar ao Baixo Alentejo – “Os dirigentes prometeram-me um emprego e não cumpriram. Aborreci-me e regressei à terra, onde estive um ano sem jogar para poder ficar livre”*. Na verdade, o interregno não abarcaria a totalidade da época seguinte à da sua partida e na campanha de 1933/34, o atacante ainda representaria o Sport Lisboa e Beja. A curta incursão pela filial benfiquista daria azo, mais uma vez, a uma viagem em direcção à capital, mas, dessa feita, para envergar as cores das “Águias Alfacinhas”.
Com a estreia pelos “Encarnados “ a acontecer na temporada de 1934/35, o avançado ficaria na história do clube e do futebol português como o marcador inaugural do recém-criado Campeonato da I Liga. Para além desse momento inolvidável, Valadas, durante as 10 temporadas ao serviço do Benfica, enriqueceria o palmarés com inúmeros títulos. Nesse sentido, depois de ajudar a vencer 3 edições da referida prova por jornadas, o extremo-canhoto ainda daria o contributo para as vitórias em 2 Campeonatos Nacionais, em 3 Taças de Portugal e em 1 “Regional” de Lisboa.
Muito mais do que os títulos do seu currículo, Valadas destacar-se-ia por ser um líder em campo. Por essa razão, envergaria a braçadeira de capitão entre as campanhas de 1939/40 e a de 1942/43. Tenho também de voltar a sublinhar os golos por si concretizados. Mesmo ao posicionar-se fora daquela que é a área de excelência para concluir lances ofensivos, o atacante, em 264 partidas oficiais pelo Benfica, conseguiria um total de 158 remates certeiros. Se a estes juntarmos os 24 marcados nas 2 temporadas pelo Sporting ou ainda os feitos com as camisolas dos emblemas alentejanos, então é fácil aferir a razão pela qual o extremo figura como um dos grandes nomes do futebol luso.
*retirado do “Almanaque do Benfica – Edição Centenário 1904-2004”, Rui Tovar, Almanaxi Editora (2003)
A importância ganha de “Leão” ao peito, apesar da falta de troféus conquistados, levá-lo-ia à estreia na selecção nacional. Com as cores de Portugal, começaria numa partida frente à Jugoslávia, agendada para o Estádio do Lumiar. Contudo, esse “particular” disputado a 3 de Maio de 1932, não marcaria apenas a primeira de 6 internacionalizações com que coloriria a carreira. Para além da presença em campo, o atacante marcaria o segundo golo do conjunto luso e, desse modo, ajudaria à vitória por 3-2.
Apesar de ser “um sportinguista ferrenho”*, Valadas, por razão de um desentendimento com os responsáveis pelo emblema “verde e branco”, tomaria a decisão de deixar Lisboa para voltar ao Baixo Alentejo – “Os dirigentes prometeram-me um emprego e não cumpriram. Aborreci-me e regressei à terra, onde estive um ano sem jogar para poder ficar livre”*. Na verdade, o interregno não abarcaria a totalidade da época seguinte à da sua partida e na campanha de 1933/34, o atacante ainda representaria o Sport Lisboa e Beja. A curta incursão pela filial benfiquista daria azo, mais uma vez, a uma viagem em direcção à capital, mas, dessa feita, para envergar as cores das “Águias Alfacinhas”.
Com a estreia pelos “Encarnados “ a acontecer na temporada de 1934/35, o avançado ficaria na história do clube e do futebol português como o marcador inaugural do recém-criado Campeonato da I Liga. Para além desse momento inolvidável, Valadas, durante as 10 temporadas ao serviço do Benfica, enriqueceria o palmarés com inúmeros títulos. Nesse sentido, depois de ajudar a vencer 3 edições da referida prova por jornadas, o extremo-canhoto ainda daria o contributo para as vitórias em 2 Campeonatos Nacionais, em 3 Taças de Portugal e em 1 “Regional” de Lisboa.
Muito mais do que os títulos do seu currículo, Valadas destacar-se-ia por ser um líder em campo. Por essa razão, envergaria a braçadeira de capitão entre as campanhas de 1939/40 e a de 1942/43. Tenho também de voltar a sublinhar os golos por si concretizados. Mesmo ao posicionar-se fora daquela que é a área de excelência para concluir lances ofensivos, o atacante, em 264 partidas oficiais pelo Benfica, conseguiria um total de 158 remates certeiros. Se a estes juntarmos os 24 marcados nas 2 temporadas pelo Sporting ou ainda os feitos com as camisolas dos emblemas alentejanos, então é fácil aferir a razão pela qual o extremo figura como um dos grandes nomes do futebol luso.
*retirado do “Almanaque do Benfica – Edição Centenário 1904-2004”, Rui Tovar, Almanaxi Editora (2003)
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