1348 - JOÃO LUIZ


Com a carreira sénior a iniciar-se no final da década de 1970, João Luiz chegaria a Portugal já como um atleta com muita experiência. Com os primeiros passos como profissional dados no Funilense, os anos a defender as cores do Independente de Limeira e do Guarani antecederiam a entrada no emblema que acabaria por catapultá-lo no futebol. No Inter de Limeira, onde na temporada de 1986 haveria de vencer o Campeonato Paulista, o jogador cimentar-se-ia como um lateral-direito de uma regularidade espantosa, bastante seguro a defender, sem quaisquer inibições ofensivas e dono de um remate fortíssimo.
Curiosamente, seria à custa das qualidades de outro futebolista que o defesa viajaria para a Europa. A história é muito simples! Com os “observadores” do Sporting a irem para o Brasil no intuito de avaliar um lateral-direito do Bahia, o jogo ao qual assistiriam acabaria por ser frente ao Inter de Limeira. Com a exibição de João Luiz a atingir níveis de excelência, os emissários do emblema lisboeta desviariam a sua atenção para o atleta do “Leão da Paulista”. O final da história já todos conhecem e o jogador natural de Cosmópolis seria apresentado como reforço da colectividade “alfacinha”.
Com a chegada a Lisboa a acontecer a meio da temporada de 1986/87, seria pela mão de Keith Burkinshaw que João Luiz conseguiria estrear-se com o listado verde e branco. Ao conquistar a titularidade ainda com o técnico inglês, também sob a alçada dos treinadores seguintes, excepção feita a Marinho Peres, o jogador haveria de manter-se como um dos nomes mais vezes inscrito no “onze” leonino. Essa preponderância tornar-se-ia essencial para os sucessos colectivos, nomeadamente para o único troféu conquistado durante a passagem do lateral por Portugal. Nessa disputa da Supertaça de 1987/88, em ambas as mãos, o defesa apresentar-se-ia no alinhamento inicial e viria a tornar-se num dos esteios da vitória do Sporting.
Com a ligação aos “Leões” a terminar com o fim da campanha de 1991/92, João Luiz, depois de realizar 150 jogos oficias pelo Sporting, regressaria ao seu país natal. De volta ao Brasil, contratado pelo Palmeiras, a sua passagem pelo Palestra Itália ficaria marcada pela vitória no “Estadual” Paulista de 1993. Seguir-se-iam a ligação ao XV de Piracicaba e a grave lesão no joelho que haveria de pôr um ponto final na sua caminhada desportiva. Após “pendurar as chuteiras”, criaria, com outros dois parceiros de profissão, um projecto de agenciamento de atletas. Posteriormente, ao afastar-se do futebol por largos anos, o antigo defesa passaria a dedicar-se às tarefas de Técnico de Segurança no Trabalho. Porém, a paixão pela “bola” levá-lo-ia a aceitar o convite dos velhos camaradas e a retornar à empresa por si fundada.

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