1492 - RICARDO SILVA


Ao terminar a formação no Boavista, seria também nos “Axadrezados” que Ricardo Emídio Ramalho da Silva teria a primeira experiência a trabalhar no escalão sénior. No entanto, na temporada de 1994/95, o jovem defesa-central não veria o treinador Manuel José a conceder-lhe qualquer oportunidade. Tal facto transformar-se-ia na provável causa para uma alteração de rumo. Todavia, é na sua mudança para o plantel de 1995/96 do Esposende, para onde partiria acompanhado de Petit, que reside a grande dúvida que tenho acerca do seu percurso. Terá o jogador integrado a nova equipa na condição de cedido pelas “Panteras”?; terá sido com um contrato a ligá-lo somente ao Esposende?; ou terá partido para a nova aventura após rubricar uma ligação ao FC Porto e na condição de emprestado? Curiosamente, em diferentes fontes, já encontrei essas 3 respostas como donas da verdade!
O que parece ser certo é que, nos anos seguintes, apesar de emprestado, Ricardo Silva já estava contratualmente ligado aos “Dragões”. Nesse sentido, no plantel de 1996/97 do Felgueiras, ainda na divisão de honra, o defesa-central, ao conseguir estabelecer-se como titular, acabaria também a merecer a atenção dos responsáveis técnicos pelos grupos à guarda da Federação Portuguesa de Futebol. A estreia com a “camisola das quinas”, no âmbito dos sub-21, aconteceria a 21 de Janeiro de 1997. Esse embate frente à Dinamarca, sob a alçada da dupla Rui Caçador/Jesualdo Ferreira, levaria o jogador a encetar uma caminhada que, entre o escalão referido e a equipa “B”, terminaria com 9 internacionalizações. Faltar-lhe-ia apenas uma partida pelo conjunto “A”, a qual esteve à beira de acontecer na preparação para o Euro 2004, quando Agostinho Oliveira, a 20 de Novembro de 2002 e frente à Escócia, haveria de sentar o atleta no banco de suplentes.
No que diz respeito à sua carreira clubística, Ricardo Silva estrear-se-ia na 1ª divisão ao serviço do Marítimo. Com a campanha de 1997/98 a correr-lhe de feição, o trabalho realizado com o treinador Augusto Inácio, ainda assim, não mereceria por parte do FC Porto a confiança necessária para que o atleta passasse a vestir de “azul e branco”. Tal só aconteceria na temporada de 1999/00, depois de mais uma brilhante época no escalão máximo, dessa feita ao serviço da União de Leiria. Contudo, a sua entrada no grupo orientado por Fernando Santos não traria ao defesa o destaque esperado e a sua utilização ficaria aquém dos números apresentados anteriormente. Depois de 3 épocas como suplente dos “Dragões”, o jogador, mais uma vez por empréstimo, passaria pelo plantel de 2002/03 do Vitória Sport Clube e, no ano subsequente, pelo Boavista. Seguir-se-ia, já a título definitivo, o vínculo com o Beira-Mar e, em 2005/06, o início de mais uma ligação à colectividade a jogar em casa no Estádio do Bessa.
Depois de 2 anos e meio com os “Axadrezados”, a Ricardo Silva assomar-se-ia a oportunidade de voltar a mudar de rumo. Com a ocasião a surgir do estrangeiro, o defesa-central mudar-se-ia para a Rússia. Porém, a escolha do FC Shinnik, onde, em 2008, encontraria Bruno Basto e onde chegaria a trabalhar sob as ordens de Sergei Yuran, dar-lhe-ia apenas a primeira temporada no escalão máximo. Com a campanha seguinte já efectuada no patamar secundário do país do Leste europeu, tal cenário faria com o jogador regressasse a Portugal, para integrar o Vitória Futebol Clube de 2009/10. As 4 campanhas entre os “grandes”, cumpridas pela agremiação de Setúbal, dar-lhe-iam um total de 16 inscrições feitas na 1ª divisão portuguesa. Tal número antecederia os últimos capítulos da sua carreira, nos quais vestiria a camisola de um Boavista já a militar nos escalões inferiores e, numa época e merecer a sua transição para as funções de treinador, a envergar as cores do Padroense.
Como treinador tem trabalhado, essencialmente, nas equipas de Nuno Capucho, com o seu currículo a mencionar passagens pelo Varzim, Rio Ave e Mafra.

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