1589 - MUNDINHO


Seria como um praticante bem experimentado que Edmundo Paulino Sena, popularizado no “universo da bola” como Mundinho, chegaria à alta-roda do futebol brasileiro. Apresentado pelo Treze como reforço para a temporada de 1977, o vigoroso ponta-de-lança, com 24 anos de idade, faria a estreia no “Brasileirão” ao serviço do emblema sediado em Campina Grande. Mesmo tendo, na referida prova, somado poucas presenças em campo, as suas qualidades desportivas, das quais mereceria maior destaque a disponibilidade física, fariam com que colectividades de outra monta decidissem apostar na sua contratação. Nesse sentido, o próximo emblema a emergir na carreira do atacante seria o Santa Cruz de Recife e não tendo sido capaz de passar, na campanha de 1978, da condição de suplente utilizado, ainda assim despertaria a atenção de uma das grandes referências do contexto competitivo luso.
Agradado com as competências apresentadas, Mundinho aterraria em Portugal por indicação, ao que consta, de Mário Wilson. Atleta do Vitória Sport Clube, o avançado-centro chegaria ao Minho na campanha de 1978/79. Numa época algo atribulada para os “conquistadores”, com a saída do “Velho Capitão” a dar lugar a Daniel Barreto, o jogador conseguiria impor-se como um dos nomes utilizados com boa frequência. No entanto, a sua afirmação como um dos elementos de grande preponderância para o colectivo vimaranense surgiria na temporada seguinte, sob a alçada de Mário Imbelloni e posteriormente a trabalhar com Cassiano Gouveia. Nesse sentido, o ponta-de-lança seria um dos mais chamados ao “onze” e consagrar-se-ia, ao concretizar 16 golos, como o melhor marcador da equipa na edição de 1979/80 do Campeonato Nacional da 1ª divisão.
Depois de uma época verdadeiramente rica em termos de desempenhos pessoais, a terceira temporada de Mundinho pelo Vitória Sport Clube, já a trabalhar com José Maria Pedroto, voltaria a traduzir-se em números mais modestos. Talvez por esse motivo, o jogador decidiria mudar de camisola e para as provas agendadas para 1981/82 viria a apresentar-se como elemento do plantel do Sporting de Braga. Ao serviço dos “Arsenalistas”, numa equipa comandada por Quinito, o ponta-de-lança faria parte do grupo de trabalho que, na época aludida neste parágrafo, chegaria à final da Taça de Portugal. Não marcaria presença no Jamor, de onde os “Guerreiros” sairiam derrotados pelo Sporting. No entanto, seria importante nas rondas a anteceder o derradeiro desafio da “Prova Rainha” e os seus golos ajudariam à caminhada até ao Estádio Nacional.
Ao deixar a “Cidade dos Arcebispos” ao fim de um ano, Mundinho abandonaria de vez o patamar máximo do futebol português. Seguir-se-iam um par de épocas com as cores do Desportivo de Chaves, o Marco, o Ermesinde, o Atei e o GD Selho. Depois surgiria a carreira de treinador em emblemas modestos como o Pinheiro, Valinha, Santiago Candoso, Gémeos ou o Abação. Paralelamente é funcionário da Câmara Municipal de Guimarães e desempenha funções no Arquivo Municipal.

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