1590 - MENEZES

Após representar as “escolas” do Vasco da Gama, o Maranhão e o Itabuna, Paulo Roberto Menezes, seria contratado pelo Sporting. Aconselhada a sua aquisição pelo treinador leonino Paulo Emílio, técnico que já conhecia o atleta dos tempos em que ambos frequentavam São Januário, o jovem praticante entraria em Lisboa como reforço para a temporada de 1977/78. Apesar da tenra idade e da pouca experiência enquanto sénior, a verdade é que o defesa-central depressa conquistaria um lugar de destaque no plantel dos “Leões”. Logo na época de chegada a Portugal, mesmo tendo em atenção a concorrência de Manaca, do capitão Laranjeira e de Virgílio, o jogador, dono de uma boa eficácia e com um remate portentoso, conseguiria impor-se como um dos mais utilizados no sector mais recuado. Tal preponderância, chamado já por Rodrigues Dias, levá-lo-ia a jogar a final, tal como a finalíssima, da Taça de Portugal e no Jamor ajudaria os “Verde e Brancos” a erguer o tão almejado troféu.
No que toca a conquistas e momentos inolvidáveis, o tempo passado por Menezes em Alvalade seria generoso. Logo na temporada a seguir à sua entrada no clube, como dono de um lugar no “onze”, o atleta voltaria a marcar presença na derradeira ronda da “Prova Rainha”. Porém, contrariamente à edição anterior, a prestação do defesa seria insuficiente para evitar o triunfo do Boavista. Ainda como titular, tornar-se-ia numa das peças fundamentais das estratégias montadas por Fernando Mendes na vitória do Campeonato Nacional de 1979/80. Daí em diante, o jogador acabaria por perder a importância de anos passados. Nesse sentido, depois de abandonar o lugar no alinhamento inicial, a chegada do inglês Malcolm Allison na temporada de 1981/82 vetá-lo-ia ao quase esquecimento. Ainda assim, conseguiria somar mais números ao palmarés pessoal e mesmo com poucas presenças em campo, teria lugar no rol de vencedores da “dobradinha” alcançada na última campanha referida.
O relevo perdido no Sporting empurrá-lo-ia para outro emblema. Como integrante do plantel do Farense, ajudaria a conquistar o Campeonato Nacional da 2ª divisão de 1982/83. Curiosamente, ao invés de continuar na colectividade algarvia, o defesa-central, que também tinha capacidade para jogar como “trinco”, acabaria por mudar novamente de clube. Mantendo-se na disputa do patamar secundário, a época de 1983/84 apresentá-lo-ia como elemento do Belenenses. Tal como no colectivo do Sotavento, o jogador, de novo em Lisboa, mais uma vez seria uma peça marcante da vitória no segundo escalão e, por consequência, do regresso dos “Azuis” ao convívio com os “grandes”. Aliás, seria ao serviço dos homens do Restelo, conduzido por Jimmy Melia, que, na campanha de 1984/85, viveria a última época de cariz primodivisionário. Daí em diante a sua caminhada competitiva cevar-se-ia nos degraus inferiores. Após o regresso aos “Leões de Faro”, o atleta, por 3 anos, envergaria as cores do Bragança e já no grupo de trabalho de 1989/90 do Macedo de Cavaleiros decidiria ser o tempo certo para “pendurar as chuteiras”.

Sem comentários: