Júnior no Benfica, Ulisses Manuel Nogueira Morais, na altura de subir à equipa principal, veria o inglês John Mortimore a excluí-lo da lista de atletas aptos ingressar no plantel principal. Tapado por Nené e por Vítor Batista, o jovem avançado-centro encetaria assim um périplo de 2 anos primeiro com as cores do União de Montemor, para depois passar a representar o Sporting da Covilhã. De seguida, dando seguimento a uma senda erguida à imagem de um verdadeiro “globetrotter”, suceder-se-iam, com mudanças de cores a cada campanha, mais umas quantas colectividades a militar nas contendas dos escalões inferiores e o Bragança, o Mogadourense, a AD Guarda e o União de Tomar precederiam uma das fases mais estáveis na carreira do jogador.
Após a entrada no plantel de 1983/84 do Benfica e Castelo Branco, onde passaria a trabalhar sob a alçada do “magriço” Jaime Graça, o atacante manter-se-ia por 3 temporadas consecutivas ao serviço da colectividade da Beira Baixa. No entanto, com a última época dessa trindade a ser cumprida após a descida ao 3º escalão, o atleta voltaria a apostar na mudança de clube. Espantosamente, a experiência vivida ao serviço do Ermesinde, sem que abandonasse o 3º degrau do futebol luso, abrir-lhe-ia as portas do tão almejado patamar máximo. Contratado, em 1987/88, por um “O Elvas” orientado inicialmente por Mário Nunes, Ulisses Morais apresentar-se-ia na ronda inicial do Campeonato Nacional, partida disputada frente ao Penafiel, como titular dos “Azuis e Ouro”. Curiosamente, todas as inscrições do avançado-centro nas fichas de jogo dá-lo-iam como membro escolhido para o “onze” inicial. Porém, nem com o treinador já referido, nem posteriormente com Vieira Nunes, o jogador conseguiria ultrapassar a concorrência de Bartolomeu e terminaria a passagem pela agremiação raiana apenas com 3 jogos disputados.
O resto da sua carreira enquanto futebolista, à imagem dos primeiros anos, voltaria a devolvê-lo à errância e aos palcos secundários. Varzim, Peniche, Mirense, Leiria e Marrazes e, por fim, o regresso ao Sporting da Covilhã precederiam o “pendurar das chuteiras”, com o termo das provas agendadas para 1994/95. Todavia, apaixonado pela modalidade, Ulisses Morais manter-se-ia ligado ao “jogo da bola”. Como treinador, numa senda a começar também pelos patamares inferiores, seria a Naval 1º de Maio a dar-lhe a oportunidade de, na campanha de 1995/96, assumir as rédeas de uma equipa sénior. Depois da colectividade sediada na Figueira da Foz, os anos cumpridos nos Dragões Sandinenses e no Machico, transformar-se-iam no trajecto para chegar ao Estoril Praia. Na “Linha de Cascais” a partir de 2001/02, as 2 promoções consecutivas, com a última a dar ao seu currículo o título de campeão da divisão de Honra, abrir-lhe-iam outras perspectivas de carreira. Tal horizonte seria, obviamente, o 1º escalão. Porém, contra todas as expectativas, os “Canarinhos” deixariam de contar com os serviços do técnico e o Gil Vicente passaria a ser o seu novo emblema.
Em Barcelos, Ulisses Morais encetaria uma caminhada que, em definitivo, haveria de confirmá-lo como um treinador de habilidades primodivisionárias. No convívio com os “grandes”, com passagens a levá-lo também ao Marítimo, Naval 1º de Maio, Paços de Ferreira, Académica de Coimbra e Beira-Mar, o técnico somaria ao trajecto um total de 11 temporadas seguidas na 1ª divisão. Em Portugal ainda orientaria o Desportivo de Aves e o Famalicão. Depois viria o desafio lançado da Ásia e a vitória em 2 Taças e 1 Campeonato da Malásia – “(…) de repente, um argentino, o Martin Prest, que fora meu jogador no Marítimo, estava na Malásia a trabalhar com o príncipe (…). Ele disse que precisavam de um treinador para a seleção e fez-me uma exposição da situação. Fui lá para reunir com o príncipe e com ele. O príncipe achou que eu era mal empregue para aquele cargo. Porque eles não são nacionalistas, nem saudosistas, não olham para a seleção e choram como nós quando ouvimos o hino (…). O príncipe disse ao tal argentino para me convencer a ir para o Johor FC porque iam mandar o treinador embora (…)”*.
*retirado da entrevista de Alexandra Simões de Abreu, publicada a 27/03/2022, em https://tribuna.expresso.pt
Após a entrada no plantel de 1983/84 do Benfica e Castelo Branco, onde passaria a trabalhar sob a alçada do “magriço” Jaime Graça, o atacante manter-se-ia por 3 temporadas consecutivas ao serviço da colectividade da Beira Baixa. No entanto, com a última época dessa trindade a ser cumprida após a descida ao 3º escalão, o atleta voltaria a apostar na mudança de clube. Espantosamente, a experiência vivida ao serviço do Ermesinde, sem que abandonasse o 3º degrau do futebol luso, abrir-lhe-ia as portas do tão almejado patamar máximo. Contratado, em 1987/88, por um “O Elvas” orientado inicialmente por Mário Nunes, Ulisses Morais apresentar-se-ia na ronda inicial do Campeonato Nacional, partida disputada frente ao Penafiel, como titular dos “Azuis e Ouro”. Curiosamente, todas as inscrições do avançado-centro nas fichas de jogo dá-lo-iam como membro escolhido para o “onze” inicial. Porém, nem com o treinador já referido, nem posteriormente com Vieira Nunes, o jogador conseguiria ultrapassar a concorrência de Bartolomeu e terminaria a passagem pela agremiação raiana apenas com 3 jogos disputados.
O resto da sua carreira enquanto futebolista, à imagem dos primeiros anos, voltaria a devolvê-lo à errância e aos palcos secundários. Varzim, Peniche, Mirense, Leiria e Marrazes e, por fim, o regresso ao Sporting da Covilhã precederiam o “pendurar das chuteiras”, com o termo das provas agendadas para 1994/95. Todavia, apaixonado pela modalidade, Ulisses Morais manter-se-ia ligado ao “jogo da bola”. Como treinador, numa senda a começar também pelos patamares inferiores, seria a Naval 1º de Maio a dar-lhe a oportunidade de, na campanha de 1995/96, assumir as rédeas de uma equipa sénior. Depois da colectividade sediada na Figueira da Foz, os anos cumpridos nos Dragões Sandinenses e no Machico, transformar-se-iam no trajecto para chegar ao Estoril Praia. Na “Linha de Cascais” a partir de 2001/02, as 2 promoções consecutivas, com a última a dar ao seu currículo o título de campeão da divisão de Honra, abrir-lhe-iam outras perspectivas de carreira. Tal horizonte seria, obviamente, o 1º escalão. Porém, contra todas as expectativas, os “Canarinhos” deixariam de contar com os serviços do técnico e o Gil Vicente passaria a ser o seu novo emblema.
Em Barcelos, Ulisses Morais encetaria uma caminhada que, em definitivo, haveria de confirmá-lo como um treinador de habilidades primodivisionárias. No convívio com os “grandes”, com passagens a levá-lo também ao Marítimo, Naval 1º de Maio, Paços de Ferreira, Académica de Coimbra e Beira-Mar, o técnico somaria ao trajecto um total de 11 temporadas seguidas na 1ª divisão. Em Portugal ainda orientaria o Desportivo de Aves e o Famalicão. Depois viria o desafio lançado da Ásia e a vitória em 2 Taças e 1 Campeonato da Malásia – “(…) de repente, um argentino, o Martin Prest, que fora meu jogador no Marítimo, estava na Malásia a trabalhar com o príncipe (…). Ele disse que precisavam de um treinador para a seleção e fez-me uma exposição da situação. Fui lá para reunir com o príncipe e com ele. O príncipe achou que eu era mal empregue para aquele cargo. Porque eles não são nacionalistas, nem saudosistas, não olham para a seleção e choram como nós quando ouvimos o hino (…). O príncipe disse ao tal argentino para me convencer a ir para o Johor FC porque iam mandar o treinador embora (…)”*.
*retirado da entrevista de Alexandra Simões de Abreu, publicada a 27/03/2022, em https://tribuna.expresso.pt
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