1661 - JOÃO CARDOSO

Produto das “escolas” do Vitória Futebol Clube, Carlos João Guilherme Cardoso, ainda em idade de formação, seria chamado a participar nos trabalhos das jovens equipas à guarda da Federação Portuguesa de Futebol. Integrado no conjunto de juniores, o defesa-central, num alinhamento a contar igualmente com Laranjeira, Gregório Freixo, Edmundo Duarte, João Cardoso, Cacheira, entre outros, faria, a 5 de Dezembro de 1969, a estreia com a “camisola das quinas”. Ainda por Portugal, depois desse “particular” frente à Suíça, o atleta ainda teria a oportunidade de participar noutra peleja pelo conjunto luso e, desse modo, juntaria ao currículo um par de internacionalizações pelos actualmente designados por sub-18.
Alguns meses após as referidas contendas disputadas por Portugal, João Cardoso, chamado por José Maria Pedroto, estrear-se-ia na equipa principal do Vitória Futebol Clube. Porém, nessa campanha de 1970/71, tapado essencialmente por Carlos Cardoso e por José Mendes, o jovem atleta não conseguiria muitas oportunidades para sublinhar o seu real valor. Aliás, o mesmo ocaso verificar-se-ia nas épocas seguintes. Com o intuito de dar mais experiência competitiva ao jogador, a época 1973/74 passá-la-ia ao serviço do também primodivisionário Montijo. Para infelicidade do defesa-central, o regresso ao Estádio do Bonfim, sensivelmente um ano após a saída, nem sempre traria a tão almejada titularidade. Com excepção da época de 1974/75, durante a qual jogaria com alguma regularidade, as temporadas seguintes voltariam a empurrá-lo para a condição de suplente e, por essa razão, em 1977/78 decidiria abraçar outro projecto.
Já como praticante ao serviço do Portimonense, dando jus às suas qualidades, João Cardoso viria, de forma inequívoca, a tornar-se num dos mais utilizados da equipa. Habitualmente chamado ao “onze”, o defesa-central transformar-se-ia numa das grandes figuras do conjunto sediado no Barlavento. Durante as 4 temporadas cumpridas no Algarve, o jogador, com excepção feita à campanha de 1978/79, passaria 3 anos nas disputas primodivisionárias. A assiduidade com que apareceria em campo, frequência transversal aos diversos treinadores, dar-lhe o direito de figurar na lista dos atletas com mais presenças em campo nas disputas da 1ª divisão, pelo listado alvinegro. Tal rol de jornadas findaria com o termo da temporada de 1980/81 e o atleta, consumada a separação consumada, retornaria a uma casa por si bem conhecida.
De novo com a camisola dos “Sadinos”, João Cardoso teria na época de 1981/82, no que ao plano pessoal concerne, um ano bastante positivo. Todavia, inicialmente titular nesse novo ciclo com o listado verde e branco, a campanha seguinte no Bonfim traria ao atleta números significativamente mais baixos. Desse modo, o jogador tomaria a decisão de, mais uma vez, deixar o Vitória Futebol Clube, para dar seguimento à sua caminhada profissional noutras paragens. Seguir-se-iam, longe dos principais palcos do desporto luso e em passagens de apenas 1 ano, o Benfica e Castelo Branco, o Recreio de Águeda, o Olhanense, o Juventude de Évora e, para finalizar um trajecto de praticamente duas décadas, o Comércio e Indústria de 1987/88.

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