Desde pequeno que revelaria um grande gosto pelo “jogo da bola”. Ainda em criança, a exibir a alcunha Pinga, o craque do FC Porto, Arsénio Trindade Duarte partilharia as pelejas de rua com Vasques. Um pouco mais velho, mas ainda em idade de formação, experimentaria o Galitos Futebol Clube, onde viria a encontrar-se com Albano. Já numa tentativa de caminhar um pouco mais a sério na modalidade, haveria de treinar-se na CUF. Agradaria ao treinador Raul Jorge, mas para sua infelicidade o conjunto “fabril”, naquele ano, decidiria não montar equipa de juniores. Surgiria então o FC Barreirense e o encetar de uma caminhada que depressa iria pô-lo na primeira categoria do listado alvirrubro.
Estrear-se-ia na equipa principal do FC Barreirense, com apenas 15 anos, numa partida de tributo ao colega Francisco Câmara. Logo na campanha seguinte, em 1942/43, fixar-se de vez nos seniores do conjunto sediado na Margem Sul. Mesmo a disputar a 2ª divisão, o jovem avançado conseguiria revelar-se como um goleador sagaz. Apesar de não ser muito habilidoso, Arsénio destacar-se-ia como um elemento veloz, muito esforçado e, acima de tudo, com uma enorme argúcia no momento de enviar a bola para as redes adversárias. Tamanhas habilidades levá-lo-iam a treinar-se, juntamente com o camarada de balneário Francisco Moreira, no Vitória Futebol Clube. Contudo, nem um, nem o outro, acabariam por ficar nos “Sadinos” e depois da tentativa falhada, e com Moreira já vinculado às “Águias”, chegaria a vez de o avançado-centro convencer os responsáveis do Benfica das suas qualidades.
Agradado com as suas características, Janos Biri anuiria à transferência do atacante. Contratado como reforço para a época de 1943/44, a campanha de entrada de Arsénio nos “Encarnados”, mesmo ao marcar na partida de estreia, não entregaria o jogador à titularidade indiscutível. Tal estatuto conquistá-lo-ia na temporada seguinte. A partir desse momento, a importância do avançado no seio do grupo de trabalho benfiquista cimentar-se-ia como fulcral. Nesse sentido, o atleta tornar-se-ia numa das peças centrais das conquistas colectivas do clube. Ao palmarés pessoal, no decorrer dos 12 anos a envergar a camisola das “Águias”, o ponta-de-lança juntaria a conquista de 10 títulos. Nas 6 Taças de Portugal que ajudaria a vencer, estaria presente em todas as finais e marcaria golos em 4 delas. Há igualmente a arrolar a esta lista, 3 Campeonatos Nacionais e, acima de tudo, o triunfo na Taça Latina de 1949/50.
Seria no primeiro grande feito continental do futebol luso que o avançado viveria um dos momentos mais espantosos da carreira. Com o Girondins de Bordeaux a vencer por 1-0, o aproximar do termo da finalíssima quase que dava o emblema gaulês como o dono do almejado troféu. Então, a 15 segundos do fim do tempo regulamentar, sairia da acção de Arsénio o golo a arrastar a decisão da partida para os diferentes prolongamentos e, principalmente, para o golo de Julinho que, aos 146 minutos de jogo, tombaria a resolução da Taça Latina para o lado do Benfica.
Outra circunstância importante, na sua caminhada enquanto futebolista, seriam as chamadas à selecção nacional. Com a estreia a acontecer no âmbito da Fase de Qualificação para o Campeonato do Mundo de 1950, Arsénio, pela mão de Salvador do Carmo, envergaria, pela primeira vez no trajecto desportivo, a “camisola das quinas”. Poucos dias passados sobre o embate disputado, a 2 de Abril de 1950, em Chamartin, o avançado voltaria a entrar em campo frente à “La Roja” e somaria, num cômputo notoriamente escasso para a sua categoria, a 2 internacionalização alcançada na carreira.
Apesar da importância dos seus desempenhos para os objectivos do Benfica, a profissionalização do futebol das “Águias”, mudança posta em curso com a chegada de Otto Glória, iria alterar a posição do atleta no seio do plantel. Relutante em deixar o emprego que mantinha paralelamente às actividades futebolísticas, Arsénio começaria a ser posto de lado pelo referido técnico brasileiro. Com a saída a posicionar-se como a melhor opção para a carreira do atacante, seria o Lusitano de Évora a primeira agremiação a abordar o jogador. Quase de imediato surgiria a CUF na corrida e a proposta apresentada pelo emblema “fabril” levaria o avançado-centro a representar a colectividade da cidade do Barreiro.
Com a entrada na CUF a acontecer na temporada de 1955/56, Arsénio passaria a trabalhar na alçada de Umberto Buchelli. Ao assumir-se como um dos preferidos do treinador uruguaio, o avançado arrancaria para uma colaboração a estender o seu trajecto primodivisionário por mais 4 campanhas. Pelo meio, outro feito fantástico, com o atleta a posicionar-se como o Melhor Marcador da edição de 1957/58 do Campeonato Nacional da 1ª divisão.
Após 16 anos no patamar máximo, 313 partidas disputadas e 212 golos concretizados na prova de maior relevância no calendário futebolístico português, Arsénio, já em plena veterania, ainda revelaria vontade para prolongar a sua caminhada competitiva. Afastado dos grandes palcos a partir do final de 1958/59, o avançado, nos anos seguintes, representaria o Montijo, o Cova da Piedade e o Monte da Caparica.
Estrear-se-ia na equipa principal do FC Barreirense, com apenas 15 anos, numa partida de tributo ao colega Francisco Câmara. Logo na campanha seguinte, em 1942/43, fixar-se de vez nos seniores do conjunto sediado na Margem Sul. Mesmo a disputar a 2ª divisão, o jovem avançado conseguiria revelar-se como um goleador sagaz. Apesar de não ser muito habilidoso, Arsénio destacar-se-ia como um elemento veloz, muito esforçado e, acima de tudo, com uma enorme argúcia no momento de enviar a bola para as redes adversárias. Tamanhas habilidades levá-lo-iam a treinar-se, juntamente com o camarada de balneário Francisco Moreira, no Vitória Futebol Clube. Contudo, nem um, nem o outro, acabariam por ficar nos “Sadinos” e depois da tentativa falhada, e com Moreira já vinculado às “Águias”, chegaria a vez de o avançado-centro convencer os responsáveis do Benfica das suas qualidades.
Agradado com as suas características, Janos Biri anuiria à transferência do atacante. Contratado como reforço para a época de 1943/44, a campanha de entrada de Arsénio nos “Encarnados”, mesmo ao marcar na partida de estreia, não entregaria o jogador à titularidade indiscutível. Tal estatuto conquistá-lo-ia na temporada seguinte. A partir desse momento, a importância do avançado no seio do grupo de trabalho benfiquista cimentar-se-ia como fulcral. Nesse sentido, o atleta tornar-se-ia numa das peças centrais das conquistas colectivas do clube. Ao palmarés pessoal, no decorrer dos 12 anos a envergar a camisola das “Águias”, o ponta-de-lança juntaria a conquista de 10 títulos. Nas 6 Taças de Portugal que ajudaria a vencer, estaria presente em todas as finais e marcaria golos em 4 delas. Há igualmente a arrolar a esta lista, 3 Campeonatos Nacionais e, acima de tudo, o triunfo na Taça Latina de 1949/50.
Seria no primeiro grande feito continental do futebol luso que o avançado viveria um dos momentos mais espantosos da carreira. Com o Girondins de Bordeaux a vencer por 1-0, o aproximar do termo da finalíssima quase que dava o emblema gaulês como o dono do almejado troféu. Então, a 15 segundos do fim do tempo regulamentar, sairia da acção de Arsénio o golo a arrastar a decisão da partida para os diferentes prolongamentos e, principalmente, para o golo de Julinho que, aos 146 minutos de jogo, tombaria a resolução da Taça Latina para o lado do Benfica.
Outra circunstância importante, na sua caminhada enquanto futebolista, seriam as chamadas à selecção nacional. Com a estreia a acontecer no âmbito da Fase de Qualificação para o Campeonato do Mundo de 1950, Arsénio, pela mão de Salvador do Carmo, envergaria, pela primeira vez no trajecto desportivo, a “camisola das quinas”. Poucos dias passados sobre o embate disputado, a 2 de Abril de 1950, em Chamartin, o avançado voltaria a entrar em campo frente à “La Roja” e somaria, num cômputo notoriamente escasso para a sua categoria, a 2 internacionalização alcançada na carreira.
Apesar da importância dos seus desempenhos para os objectivos do Benfica, a profissionalização do futebol das “Águias”, mudança posta em curso com a chegada de Otto Glória, iria alterar a posição do atleta no seio do plantel. Relutante em deixar o emprego que mantinha paralelamente às actividades futebolísticas, Arsénio começaria a ser posto de lado pelo referido técnico brasileiro. Com a saída a posicionar-se como a melhor opção para a carreira do atacante, seria o Lusitano de Évora a primeira agremiação a abordar o jogador. Quase de imediato surgiria a CUF na corrida e a proposta apresentada pelo emblema “fabril” levaria o avançado-centro a representar a colectividade da cidade do Barreiro.
Com a entrada na CUF a acontecer na temporada de 1955/56, Arsénio passaria a trabalhar na alçada de Umberto Buchelli. Ao assumir-se como um dos preferidos do treinador uruguaio, o avançado arrancaria para uma colaboração a estender o seu trajecto primodivisionário por mais 4 campanhas. Pelo meio, outro feito fantástico, com o atleta a posicionar-se como o Melhor Marcador da edição de 1957/58 do Campeonato Nacional da 1ª divisão.
Após 16 anos no patamar máximo, 313 partidas disputadas e 212 golos concretizados na prova de maior relevância no calendário futebolístico português, Arsénio, já em plena veterania, ainda revelaria vontade para prolongar a sua caminhada competitiva. Afastado dos grandes palcos a partir do final de 1958/59, o avançado, nos anos seguintes, representaria o Montijo, o Cova da Piedade e o Monte da Caparica.

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